Zema aponta Bolsonaro como nome mais forte da direita para 2026
Governador mineiro defende reversão da inelegibilidade.
A declaração de Zema ganha relevância no cenário político atual, considerando que o próprio governador mineiro era visto como uma das opções do eleitorado de centro-direita para disputar a presidência. Ao apontar Bolsonaro como o nome mais forte, Zema parece reconhecer a influência ainda significativa do ex-presidente sobre uma parcela expressiva do eleitorado conservador. O governador também defendeu a reversão da inelegibilidade de Bolsonaro, que foi declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em junho do ano passado por abuso de poder político. Atualmente, Bolsonaro está impedido de disputar cargos eletivos até 2030, uma situação que Zema espera ver revertida, afirmando: “Espero que ele vença essa batalha”.
O posicionamento de Zema reflete a complexidade do cenário político brasileiro para as próximas eleições presidenciais. O governador mineiro argumenta que a indefinição sobre a candidatura de Bolsonaro está atrasando a construção de uma alternativa viável à direita, postergando decisões e esforços que já poderiam estar em andamento. Essa situação, segundo Zema, dificulta a união dos partidos de direita, principalmente devido a divergências internas e questões de ego. No entanto, o governador enfatiza a importância de se buscar essa união, mesmo diante dos desafios: “Mas que se tente, pelo menos”, disse Zema, acrescentando que é fundamental que Bolsonaro também venha a apoiar esse movimento de unificação da direita, caso permaneça inelegível.
Apesar de destacar Bolsonaro como o nome mais competitivo da direita, Zema reiterou que sua prioridade nas eleições de 2026 será a sucessão do governo mineiro, onde pretende apoiar o atual vice-governador Matheus Simões (Novo). Essa postura indica que, mesmo reconhecendo a força política de Bolsonaro, Zema mantém seu foco na política estadual. O cenário descrito pelo governador mineiro contrasta com as movimentações de outros líderes políticos, como o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), que já manifestou sua intenção de ser candidato à Presidência da República em 2026. As declarações de Zema, portanto, não apenas reafirmam a centralidade de Bolsonaro no campo da direita brasileira, mas também sinalizam os desafios que os partidos conservadores enfrentarão para definir estratégias e candidaturas competitivas nas próximas eleições presidenciais.
