União Europeia planeja cinco gigafábricas de IA com 100 mil chips

Projeto reforça soberania digital e impulsiona inovação.
A União Europeia revelou recentemente um plano ambicioso para consolidar sua liderança no campo da inteligência artificial (IA), anunciando a criação de cinco gigantescas instalações conhecidas como “gigafábricas de IA”. Cada uma dessas unidades será equipada com cerca de 100 mil chips de última geração, dedicados a tarefas como aprendizado de máquina, análise de dados e desenvolvimento de modelos generativos de IA. Este anúncio faz parte do AI Continent Action Plan, que visa não apenas expandir a infraestrutura tecnológica do bloco, mas também diminuir a dependência em relação a outros pólos de tecnologia, como os Estados Unidos e a China. Com um orçamento inicial de 20 bilhões de euros, essas fábricas prometem ser a base de uma revolução tecnológica na Europa.
Apoio à inovação e ao mercado europeu
O projeto, que já começou a tomar forma com o investimento em 13 data centers menores, reflete um esforço coordenado para criar um mercado europeu de IA robusto e integrado. Atualmente, apenas 13,5% das empresas europeias utilizam tecnologias de IA em seus processos, o que sublinha a importância estratégica desta iniciativa para estimular a adoção dessas ferramentas. A criação das gigafábricas também está alinhada à meta de aumentar a eficiência na computação em nuvem e garantir que tanto grandes corporações quanto startups tenham acesso às novas infraestruturas. A Alemanha desponta como um dos países interessados em sediar parte dessas instalações, que terão impacto significativo na competitividade econômica e na soberania digital do bloco.
Impulsionando talentos e reduzindo dependências
A iniciativa também contempla o fortalecimento da formação de talentos em IA, com bolsas de estudo, programas de requalificação e parcerias destinadas a atrair especialistas internacionais para a União Europeia. Paralelamente, o InvestAI, fundo que mobilizará 200 bilhões de euros, garantirá financiamento adequado para que essas gigafábricas se tornem realidade. A principal vantagem estratégica é reduzir a dependência de provedores de tecnologia estrangeiros, principalmente dos EUA e da Ásia, criando uma cadeia de produção e inovação autossuficiente. Este plano não apenas reforça o papel da União Europeia como potência tecnológica, mas também destaca o compromisso do bloco com a sustentabilidade, ao priorizar o uso eficiente de energia em seus data centers.
Horizontes para a liderança global em inteligência artificial
As gigafábricas de IA da União Europeia são vistas como um elemento-chave para reposicionar o bloco na corrida global pela liderança em tecnologia. Além de construir infraestruturas de ponta, o projeto promove a padronização de protocolos de dados entre os países membros, criando assim um mercado unificado e eficiente. No longo prazo, espera-se que estas fábricas desempenhem um papel central no treinamento e desenvolvimento de modelos avançados de IA que beneficiarão setores críticos como saúde, energia, manufatura e transporte. Enquanto a localização final das instalações ainda está sendo discutida, o impacto das gigafábricas promete transformar a Europa em um verdadeiro polo de inovação tecnológica e digital no cenário mundial.
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