Portal Rádio London

Seu portal de músicas e notícias

Trump ordena investigação sobre suposto encobrimento da saúde de Biden

Compartilhar:

Trump determina investigação sobre alegado encobrimento do estado de saúde de Biden.

Presidente americano acusa conselheiros de ocultarem declínio cognitivo do democrata.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou na quarta-feira, 4 de junho de 2025, uma investigação sobre um suposto encobrimento do declínio da saúde cognitiva de Joe Biden enquanto o democrata ocupava a Casa Branca. De acordo com um memorando oficial enviado pela presidência americana, a investigação visa determinar “se certas pessoas conspiraram para enganar o público sobre o estado mental de Biden e se exerceram de forma inconstitucional as autoridades e responsabilidades do presidente”. Trump classificou a situação como “um dos escândalos mais perigosos e preocupantes da história dos Estados Unidos” e designou o Conselheiro do Presidente, em consulta com a procuradora-geral Pam Bondi e outros departamentos relevantes, para conduzir a investigação. A medida surge como parte de uma campanha mais ampla do atual presidente para desacreditar seu antecessor e levantar dúvidas sobre decretos e ações executivas assinadas durante o governo Biden, questionando se o democrata estava realmente em condições de exercer o cargo durante seu mandato.

A investigação ordenada por Trump também examinará as circunstâncias que cercam a suposta execução de inúmeras ações executivas por Biden em seus últimos anos no cargo, com ênfase no possível uso indevido de um autopen, dispositivo que reproduz a assinatura do presidente sem que ele precise assinar fisicamente os documentos. O memorando da Casa Branca sugere, sem apresentar provas concretas, que assessores de Biden podem ter se aproveitado do democrata através da utilização deste sistema para validar documentos oficiais sem seu conhecimento pleno. Vale ressaltar que o próprio Trump utilizou este sistema para correspondência de rotina durante seu primeiro mandato, e em 2005, o Gabinete do Conselheiro Jurídico do Departamento de Justiça dos EUA afirmou que o sistema de assinatura automática era uma forma legítima de um presidente validar documentos oficiais. A investigação também busca determinar se houve atividades coordenadas para “proteger deliberadamente o público de informações sobre a saúde mental e física” do ex-presidente democrata, bem como sobre eventuais acordos entre os conselheiros de Biden para tomar decisões em seu nome, caso seja confirmado que ele não estava em plenas capacidades cognitivas para exercer suas funções.

A iniciativa de Trump ocorre em um contexto de especulações sobre a saúde de Biden que ganharam força especialmente após o então presidente democrata, aos 81 anos, ter desistido de disputar o segundo mandato após um debate desastroso com Trump, que aumentou significativamente a preocupação pública com sua saúde física e mental. Políticos do Partido Republicano têm citado as poucas aparições públicas de Biden durante seu mandato, além da sua aparente falta de disposição para conceder entrevistas, como evidências de que o democrata não tinha condições de ocupar a Presidência. Recentemente, Trump também fez comentários sobre o diagnóstico de câncer de próstata de Biden, insinuando que o ex-presidente sabia do diagnóstico “agressivo” e teria ocultado a doença. “Estou surpreso que a população não foi informada há muito tempo. Até se chegar a esse escore 9 leva muito tempo”, disse Trump a jornalistas no final de maio, referindo-se ao escore de Gleason, sistema de pontuação usado por médicos para medir a agressividade do câncer. Em resposta às acusações de Trump, Biden reagiu enfaticamente: “Deixem-me ser claro: eu tomei as decisões durante a minha presidência. Tomei as decisões sobre os perdões, as ordens executivas, a legislação e as proclamações. Qualquer sugestão de que não o fiz é ridícula e falsa”.

A investigação ordenada por Trump, que será conduzida pela procuradora-geral dos EUA Pam Bondi e pelo conselheiro da Casa Branca David Warrington, poderá ter implicações significativas para o legado político de Biden e para a validade jurídica de ações executivas tomadas durante seu governo. Caso a investigação conclua que houve de fato um encobrimento da condição de saúde de Biden, isso poderia potencialmente minar a legitimidade de algumas das ações executivas e perdões concedidos pelo democrata, abrindo precedentes preocupantes para o sistema político americano. Biden, por sua vez, entende que esta é apenas uma manobra de distração da administração Trump para esconder “uma legislação desastrosa”, segundo declarações divulgadas após o anúncio da Casa Branca. O caso levanta questões importantes sobre transparência governamental, capacidade de liderança e os processos de tomada de decisão na mais alta esfera do poder nos Estados Unidos, além de aprofundar ainda mais a polarização política no país. Enquanto a investigação se desenvolve, analistas políticos apontam que esta pode ser uma estratégia de Trump para consolidar sua base de apoio e fortalecer narrativas que questionam a legitimidade do governo anterior, criando uma justificativa para reverter políticas implementadas durante a administração Biden.

Impactos na relação entre os dois países e desdobramentos futuros

A tensão entre os atuais e antigos ocupantes da Casa Branca tem potencial para impactar as relações políticas internas nos Estados Unidos e gerar incertezas sobre a continuidade de políticas implementadas durante o governo Biden. Enquanto a investigação avança, especialistas em direito constitucional americano questionam os limites e as implicações legais desta iniciativa, especialmente considerando que muitas das ações executivas de Biden já produziram efeitos concretos na sociedade e na economia americana. O resultado desta investigação poderá estabelecer precedentes importantes sobre a transparência relacionada à saúde dos presidentes e seus impactos na governabilidade, tema que ganha ainda mais relevância considerando o avançado perfil etário dos recentes ocupantes do cargo mais importante dos Estados Unidos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *