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Trump limita tarifa recíproca e bolsas dos EUA sobem

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Trump limita tarifa recíproca e bolsas dos EUA sobem, e dólar avança pelo mundo.

Redução de tarifas recíprocas estabelece pausa estratégica.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (09 de abril de 2025) uma medida que pode alterar os rumos do comércio internacional. Com efeito imediato, ele limitou as tarifas recíprocas a 10% por um período de 90 dias. De acordo com Trump, essa decisão representa uma tentativa de apaziguar as tensões comerciais com dezenas de países aliados, que têm sido penalizados por barreiras tarifárias norte-americanas. Por outro lado, a China, maior potência exportadora do mundo, foi alvo de uma retaliação intensificada: as taxas sobre produtos chineses foram elevadas para 125%. Trump justificou a medida como uma resposta ao que considera “desrespeito” da China às regras de mercado internacionais, prometendo que os dias de exploração dos Estados Unidos por Pequim estão contados.

Os principais índices acionários do mundo subiam, com o índice S&P 500 em alta superior a 6%, o dólar se valorizava em relação ao iene e a outras moedas após o anúncio de Trump, enquanto os rendimentos dos Treasuries reduziam os ganhos depois que um leilão de notas do Treasury de referência de dez anos teve forte demanda.

Muitos investidores têm se preocupado com o fato de que as tarifas abrangentes de Trump podem ser severas o suficientes para desencadear uma recessão.

Em Wall Street, O Dow Jones subia 5,42%, para 39.687,46 pontos. O S&P 500 ganhava 6,41%, para 5.302,13 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq avançava 8,07%, para 16.519,45 pontos.

O índice MSCI global de ações subia 4,53%, para 776,65 pontos.

Na renda fixa, o rendimento do Treasury de referência de dez anos avançava 12,2 pontos-base, para 4,382%, de 4,26% na terça-feira.

No mercado de câmbio, o dólar subia 0,64% em relação ao iene, para 147,22 ienes.

Tensões comerciais recrudescem e impactam relações globais

A decisão de Trump ocorre em meio a uma escalada nas tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China, refletindo-se diretamente nos mercados globais. Especialistas apontam que a estratégia de Trump visa pressionar Pequim a retomar as negociações comerciais que há meses se encontram em impasse. Por outro lado, a redução das tarifas recíprocas para outros países é vista como uma tentativa de minimizar o isolamento comercial dos Estados Unidos, enquanto amplia seu poder de barganha. A mudança nas taxas recíprocas foi parcialmente bem recebida por aliados tradicionais, mas a elevação drástica das tarifas para produtos chineses gerou reações mistas. Observadores internacionais alertam que a política agressiva pode levar a represálias por parte de Pequim e aprofundar ainda mais a já delicada guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

Impactos econômicos e desdobramentos na arena internacional

A política tarifária de Trump não afeta apenas a China. Países ao redor do mundo observam atentamente os desdobramentos, temendo que disputas comerciais ampliadas possam desestabilizar ainda mais o fluxo de comércio global. Além disso, os mercados financeiros têm reagido com volatilidade desde o anúncio das novas taxas. O índice S&P 500, por exemplo, apresentou queda significativa, enquanto o mercado de títulos registrou alta nos rendimentos, indicando a crescente insegurança dos investidores. Ao mesmo tempo, representantes de países como Japão, Coreia do Sul e Índia demonstraram interesse em renegociar termos comerciais com os Estados Unidos, evitando, assim, serem envolvidos em disputas tarifárias semelhantes. No entanto, a posição de firmeza de Trump sugere que a atual estratégia não será facilmente revertida.

Perspectivas de futuro para o comércio global

Com a duração limitada das tarifas recíprocas reduzidas e a tensão com a China em níveis alarmantes, o futuro do comércio internacional permanece incerto. Enquanto Trump afirma buscar um equilíbrio justo para os Estados Unidos, especialistas alertam para os riscos de uma recessão global caso o conflito tarifário com a China se intensifique. Nos próximos 90 dias, a comunidade internacional acompanhará de perto o impacto dessa suspensão temporária e os possíveis avanços nas negociações com Pequim. Além disso, novas tarifas sobre outros setores, como tecnologia e bens de consumo, já foram insinuadas pela gestão Trump, indicando que esta pode ser apenas a primeira de uma série de medidas destinadas a redefinir o papel dos Estados Unidos no comércio global.

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