Trump e Putin discutirão cessar-fogo na Ucrânia em ligação na terça-feira

Trump e Putin negociam paz na Ucrânia com possível divisão de ativos.
Líderes discutirão cessar-fogo e repartição de terras e usinas.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que terá uma conversa telefônica com o líder russo, Vladimir Putin, terça-feira (18) para discutir o fim da guerra na Ucrânia. Trump revelou que os dois abordarão a possibilidade de “dividir certos ativos”, mencionando especificamente “terras” e “usinas de energia”. A ligação ocorre em um momento crucial, com as forças russas avançando para retomar o controle da província de Kursk. Trump propôs recentemente um cessar-fogo de 30 dias, que foi aceito por Kiev, mas ainda não recebeu uma resposta clara de Moscou. O anúncio da conversa entre os líderes aumenta as expectativas de um possível avanço nas negociações para encerrar o conflito que se arrasta há mais de três anos na região.
A iminente conversa entre Trump e Putin é resultado de intensas atividades diplomáticas realizadas nos últimos dias. O enviado especial de Trump para questões internacionais, Steve Witkoff, teve um encontro de várias horas com Putin na semana passada, descrevendo a reunião como “positiva” e afirmando que ambos os lados “diminuíram as diferenças entre eles”. Paralelamente, o secretário de Estado americano, Marco Rubio, e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, mantiveram contato telefônico no sábado para discutir os “próximos passos” nas negociações. Essas movimentações diplomáticas ocorrem em um contexto de crescente pressão internacional por um acordo que ponha fim ao conflito na Ucrânia, com líderes mundiais manifestando preocupação com a escalada da violência e seus impactos humanitários e geopolíticos na região.
A proposta de cessar-fogo e a possível divisão de ativos entre Rússia e Ucrânia têm gerado reações diversas no cenário internacional. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou a criação de uma “delegação” para negociar “uma paz justa” com a Rússia, mas também alertou que Moscou pode estar buscando “uma posição mais forte no campo de batalha antes do cessar-fogo”. Líderes europeus, como o presidente francês Emmanuel Macron e o primeiro-ministro britânico Keir Starmer, demonstraram disposição para enviar tropas à Ucrânia como parte de uma força de paz, proposta que foi rejeitada pela Rússia. Enquanto isso, os combates continuam, com Kiev relatando a derrubada de 130 drones russos em 14 regiões ucranianas, e Moscou anunciando a evacuação de civis de territórios recuperados em Kursk. A complexidade das negociações é evidenciada pela necessidade de abordar questões como o status das tropas ucranianas em territórios ocupados e o reconhecimento de áreas tomadas pela Rússia.
A conversa entre Trump e Putin marca um momento decisivo nas negociações para a paz na Ucrânia. O resultado desse diálogo poderá definir os rumos do conflito e moldar o futuro das relações entre Rússia, Ucrânia e o Ocidente. A possibilidade de uma divisão de ativos, incluindo terras e infraestrutura energética, levanta questões sobre a soberania territorial e os interesses econômicos em jogo. Analistas internacionais apontam que o sucesso dessas negociações dependerá da capacidade dos líderes em encontrar um equilíbrio entre as demandas russas de segurança e o desejo ucraniano de manter sua integridade territorial. O desfecho dessa conversa poderá não apenas influenciar o futuro imediato da região, mas também redefinir as dinâmicas geopolíticas no leste europeu e as relações entre as grandes potências mundiais nos próximos anos.
Impactos e perspectivas das negociações de paz
As negociações entre Trump e Putin sobre o cessar-fogo na Ucrânia têm o potencial de alterar significativamente o equilíbrio de poder na região. O resultado dessa conversa será acompanhado de perto por líderes mundiais e poderá influenciar as estratégias diplomáticas e militares de diversos países. A comunidade internacional aguarda com expectativa os desdobramentos desse diálogo, que pode representar um passo importante para a estabilização do leste europeu e a normalização das relações entre Rússia e Ocidente. No entanto, os desafios para alcançar uma paz duradoura permanecem substanciais, exigindo compromissos significativos de todas as partes envolvidas e um esforço conjunto da comunidade internacional para garantir a implementação e o cumprimento de qualquer acordo alcançado.