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Trump critica retaliação da China e alerta para guerra comercial: “Jogou errado”

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China ‘entrou em pânico’ com guerra comercial, diz Trump.

Conflito tarifário entre EUA e China intensifica tensões globais

Em um cenário de crescente tensão comercial, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou publicamente a decisão da China de impor tarifas retaliatórias sobre produtos americanos. A medida, que foi anunciada pelo governo chinês nesta sexta-feira, inclui taxas de 34% sobre diversas mercadorias importadas dos EUA e integra uma lista de restrições que atingem pelo menos 11 empresas americanas. Segundo Trump, a China “jogou errado” ao adotar tal abordagem, classificando a decisão como um ato de desespero que poderá agravar ainda mais os conflitos econômicos entre as duas maiores economias do mundo.

“China se equivocou, entrou em pânico. A única coisa que não podem se permitir”, escreveu Trump em sua rede Truth Social nesta sexta-feira.

A retaliação chinesa foi uma resposta direta às ações previamente anunciadas pelos Estados Unidos, que implementaram tarifas adicionais sobre os produtos chineses em uma tentativa de conter as práticas comerciais que o governo americano considera desleais. Além disso, Trump incentivou os investidores a aproveitarem o momento para “ficar mais ricos do que nunca”, reforçando sua política de priorizar interesses econômicos domésticos. As declarações provocaram uma reação imediata no mercado, com impactos nos índices financeiros internacionais.

Análise dos desdobramentos e possíveis consequências

A decisão da China de impor tarifas retaliatórias reflete um endurecimento nas negociações comerciais com os Estados Unidos. Pequim acusou Washington de minar os princípios do comércio internacional e pediu a retirada das tarifas como condição para a retomada do diálogo. Especialistas preveem que tal cenário pode resultar em uma nova guerra comercial, situação que preocupa organizações internacionais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e outros atores econômicos globais. A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, alertou para os riscos significativos que as sanções bilaterais representam à economia mundial, já fragilizada por uma recuperação lenta em outros setores.

De acordo com analistas econômicos, a reação chinesa também é vista como uma estratégia para consolidar uma posição de força nas mesas de negociação futuras. No entanto, ao incluir empresas americanas em uma lista de entidades não confiáveis, a China enviou sinais claros sobre sua disposição de aumentar as tensões caso as condições do comércio internacional não sejam respeitadas. Por outro lado, o governo americano, por meio de declarações de seus representantes, assegurou que está pronto para responder de forma ainda mais severa a qualquer movimentação retaliatória, aumentando as incertezas para os parceiros comerciais globais.

Após retaliação da China, Trump diz que sua política não mudará

Enquanto as bolsas em todo o mundo despencam com a intensificação da guerra de tarifas após a retaliação da China, o presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (4) que sua política “nunca mudará”.

“Para os muitos investidores que estão chegando aos EUA e investindo grandes quantidades de dinheiro, minhas políticas nunca mudarão. Este é um ótimo momento para ficar rico, mais rico do que nunca!!!”, escreveu Trump, em uma rede social.

Perspectivas para relações econômicas e futuras estratégias

À medida que a guerra comercial entre os EUA e a China se intensifica, as previsões para o futuro dessas relações permanecem incertas. Enquanto Trump promete medidas ainda mais rígidas para proteger os interesses comerciais dos Estados Unidos, especialistas destacam a necessidade de diálogo para evitar que as tarifas e sanções escalem para níveis que possam causar danos irreparáveis à economia global. Nesse contexto, instituições multilaterais têm pressionado ambas as partes a reconsiderarem suas posturas e buscarem soluções pacíficas e colaborativas.

No entanto, o atual cenário não sugere uma resolução a curto prazo. Com a inclusão de questões sensíveis como a soberania de Taiwan e a disputa tecnológica, as relações entre os dois países parecem cada vez mais complexas. Além disso, o impacto dessas medidas poderá ser sentido em diversas cadeias produtivas globais, desde a agricultura até a tecnologia. Observadores políticos e econômicos continuam atentos aos próximos passos de ambos os governos, enquanto o comércio internacional enfrenta um de seus períodos mais desafiadores em décadas.

Juros e inflação

Enquanto isso, o presidente do Banco Central dos EUA (Fed), Jerome Powell, alertou que as tarifas de Trump podem aumentar a inflação e reduzir o crescimento econômico.

“Embora a incerteza permaneça elevada, agora está ficando claro que os aumentos de tarifas serão significativamente maiores do que o esperado. O mesmo provavelmente será verdade para os efeitos econômicos, que incluirão maior inflação e crescimento mais lento”, comentou Powell.

Por outro lado, o presidente Trump desafiou o presidente do Fed a cortar os juros básicos da economia do país.

“Este seria um momento perfeito para o presidente do Fed, Jerome Powell, cortar as taxas de juros. Ele está sempre ‘atrasado’, mas agora ele pode mudar sua imagem, e rapidamente. Corte as taxas de juros, Jerome, e pare de brincar de política!”, escreveu Trump também nesta sexta em uma rede social.