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Trump ameaça Rússia com sanções e tarifas para forçar acordo de paz

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Presidente americano muda tom e pressiona Moscou.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, surpreendeu ao anunciar que está considerando impor sanções econômicas e tarifas em larga escala contra a Rússia, com o objetivo de forçar um acordo de paz na Ucrânia. A declaração foi feita na sexta-feira (7) através de sua rede social Truth Social, poucos dias após Trump ter cortado o apoio militar e de inteligência à Ucrânia. O republicano afirmou que as medidas seriam mantidas “até que um cessar-fogo e um acordo final de paz sejam alcançados”. A mudança de tom ocorre em um momento delicado das relações entre Washington e Kiev, marcado por desentendimentos recentes entre Trump e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky durante encontro na Casa Branca.

A ameaça de novas sanções contra Moscou representa uma guinada na postura de Trump, que vinha se aproximando do presidente russo Vladimir Putin e se afastando dos aliados europeus. Nas últimas semanas, o líder americano havia sinalizado uma política mais conciliatória em relação à Rússia, chegando a suspender o compartilhamento de imagens de satélite com a Ucrânia, um recurso crucial para as forças de Kiev monitorarem os movimentos das tropas russas. O anúncio de possíveis retaliações econômicas ocorre em um contexto de intensificação dos ataques russos contra infraestruturas ucranianas, com Kiev relatando um bombardeio massivo de mísseis e drones na madrugada de sexta-feira.

A declaração de Trump gerou reações imediatas no cenário internacional. O presidente ucraniano Zelensky reiterou seus apelos por uma trégua nos ataques aéreos, afirmando que “os primeiros passos para estabelecer uma paz real deveriam ser forçar a única fonte desta guerra, ou seja, a Rússia, a pôr fim a tais ataques”. Já o Kremlin, por meio de seu porta-voz, criticou a postura americana, classificando-a como uma forma de “chantagem”. Na Europa, líderes demonstraram preocupação com a instabilidade da política externa dos EUA. O presidente francês Emmanuel Macron chegou a sugerir a extensão do guarda-chuva nuclear francês a aliados europeus, em um movimento interpretado como busca por maior autonomia estratégica do continente em relação a Washington.

O futuro das relações entre Estados Unidos, Rússia e Ucrânia permanece incerto diante das recentes declarações de Trump. Analistas apontam que a ameaça de novas sanções pode ser uma tentativa do presidente americano de recuperar a iniciativa diplomática após o fiasco do encontro com Zelensky. No entanto, a eficácia dessa estratégia é questionada, considerando o histórico de aproximação entre Trump e Putin. Nos próximos dias, representantes ucranianos e americanos devem se reunir na Arábia Saudita para discutir os termos de um possível acordo de paz, em um encontro que promete ser decisivo para os rumos do conflito. Enquanto isso, a União Europeia anunciou um plano bilionário para reforçar suas capacidades de defesa, sinalizando uma possível redução da dependência militar em relação aos Estados Unidos.

Impactos geopolíticos da nova postura americana

A mudança de posicionamento de Trump em relação à Rússia pode ter consequências significativas para o equilíbrio de poder global. Resta saber se as ameaças de sanções se concretizarão e qual será a resposta de Moscou diante dessa nova pressão americana. O desenrolar dos eventos nas próximas semanas será crucial para determinar os rumos da guerra na Ucrânia e das relações internacionais no leste europeu.