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Throning ganha popularidade entre jovens da Geração Z

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Throning se torna fenômeno entre jovens em busca de status social.

Nova tendência de relacionamento prioriza influência sobre conexão emocional.

Uma nova tendência de relacionamento denominada “throning” vem ganhando força entre os jovens da Geração Z, nascidos entre 1997 e 2012. O termo, derivado da palavra inglesa “throne” (trono), refere-se à prática de buscar parceiros não por conexão emocional, mas pelo potencial de elevar o status social. Este fenômeno, embora não seja inteiramente novo, ganhou destaque recentemente nas redes sociais, especialmente entre usuários do TikTok. O throning ocorre quando uma pessoa escolhe se relacionar com outra visando principalmente os benefícios sociais que essa associação pode trazer, como aumento de popularidade, acesso a círculos sociais exclusivos ou maior visibilidade nas mídias digitais.

Diferentemente dos relacionamentos por interesse financeiro já conhecidos, o throning foca mais no ego e na reputação social do que necessariamente em questões monetárias. Pesquisas recentes indicam que uma parcela significativa de usuários de aplicativos de namoro busca parceiros considerados “25% mais desejáveis” que eles próprios, sugerindo uma tendência de buscar relacionamentos que possam inflar o ego e causar inveja nos outros. Este comportamento reflete uma mudança nas dinâmicas sociais, especialmente entre os nativos digitais, que cresceram imersos em um mundo onde a validação online e o status nas redes sociais muitas vezes superam as interações presenciais em importância.

O impacto do throning nas relações interpessoais é significativo e preocupante. Dados divulgados por aplicativos de encontros revelam que 27% dos jovens da Geração Z já se sentiram usados devido a essa prática, percebendo que seus parceiros os viam como uma espécie de trampolim social. Especialistas em relacionamentos alertam que essa tendência pode levar a conexões superficiais e insatisfatórias para ambas as partes envolvidas. A busca por validação social através de relacionamentos estratégicos expõe um lado obscuro da convivência entre os nativos digitais, frequentemente pressionados a atender padrões inalcançáveis de sucesso e validação online. Muitos jovens relatam sentimentos de descartabilidade, invisibilidade e exaustão emocional após experiências com o throning, evidenciando os efeitos negativos dessa prática na saúde mental e na autoestima dos envolvidos.

A popularização do throning levanta questões importantes sobre os valores e prioridades da Geração Z no contexto dos relacionamentos amorosos. Enquanto alguns veem essa tendência como uma adaptação natural às demandas da era digital, outros a consideram um sintoma preocupante de uma sociedade cada vez mais superficial e orientada para a imagem. O desafio para os jovens e educadores é encontrar um equilíbrio entre a navegação bem-sucedida no mundo digital e a manutenção de conexões genuínas e emocionalmente satisfatórias. À medida que o throning ganha mais atenção, cresce também a necessidade de discussões abertas sobre ética nos relacionamentos, autenticidade e o valor das conexões humanas genuínas em um mundo cada vez mais dominado pelas aparências e métricas de popularidade online.

Reflexões sobre o futuro dos relacionamentos na era digital

O fenômeno do throning serve como um alerta para a necessidade de reavaliar as prioridades nos relacionamentos modernos. À medida que a sociedade evolui e as interações digitais se tornam cada vez mais predominantes, é crucial que os jovens sejam educados sobre a importância de construir conexões autênticas e mutuamente benéficas. O desafio para as próximas gerações será navegar com sucesso no mundo digital sem perder de vista o valor intrínseco das relações humanas genuínas, baseadas em respeito mútuo, empatia e afeto verdadeiro.