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Suspeita de envenenar família com bolo no RS morre na prisão

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Deise Moura dos Anjos faleceu após passar mal na penitenciária.

A suspeita de envenenar familiares com um bolo contendo arsênio no Rio Grande do Sul, Deise Moura dos Anjos, faleceu na manhã desta quinta-feira na Penitenciária Estadual Feminina de Torres. De acordo com informações da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), Deise passou mal durante a madrugada e foi levada ao hospital, mas não resistiu. A causa da morte ainda não foi divulgada oficialmente e será investigada. Deise estava presa desde o início de janeiro, acusada de matar três pessoas da mesma família com um bolo envenenado durante uma confraternização natalina em Torres, no litoral norte gaúcho. O caso chocou a população local e ganhou repercussão nacional pela crueldade do crime.

Deise Moura dos Anjos, de 51 anos, era suspeita de ter envenenado seis pessoas da família do marido, sendo que três delas morreram após consumir um bolo contaminado com arsênio na véspera do Natal de 2024. As vítimas fatais foram as irmãs Neuza Denize Silva dos Anjos, de 65 anos, e Maida Berenice Flores da Silva, de 59, além da filha de Neuza, Tatiana Denize Silva dos Anjos, de 47 anos. Outras três pessoas ficaram hospitalizadas, incluindo a sogra de Deise, Zeli Terezinha Silva dos Anjos, de 61 anos, que preparou o bolo levado à confraternização familiar. As investigações apontaram que o veneno foi colocado na farinha utilizada no preparo do doce. A polícia descobriu que Deise havia comprado arsênio pela internet nos meses anteriores ao crime.

O caso ganhou novos contornos quando a polícia revelou que o sogro de Deise, Paulo Luiz dos Anjos, falecido em setembro de 2024, também havia sido envenenado com arsênio. A exumação do corpo comprovou a presença da substância tóxica. As autoridades acreditam que Deise tenha misturado o veneno ao leite em pó consumido pelo sogro. As investigações apontaram ainda que a suspeita teria tentado envenenar a sogra novamente enquanto esta estava internada na UTI após o episódio do bolo, levando um pastel ao hospital. A motivação dos crimes estaria ligada a desentendimentos familiares de longa data, incluindo uma dívida antiga e disputas por atenção. A polícia chegou a classificar Deise como uma “assassina em série” devido ao padrão de envenenamentos.

A morte de Deise Moura dos Anjos na prisão encerra de forma trágica um dos casos criminais mais impactantes da história recente do Rio Grande do Sul. As circunstâncias de seu falecimento serão investigadas para determinar se houve alguma irregularidade no atendimento prestado ou se a causa foi natural. O caso levanta questionamentos sobre a segurança nos presídios e o acompanhamento de saúde dos detentos. Para os familiares das vítimas, a morte da suspeita pode representar um obstáculo a mais na busca por respostas e justiça. As autoridades deverão prosseguir com as investigações para esclarecer todos os detalhes dos crimes atribuídos a Deise, mesmo após seu falecimento, visando oferecer um desfecho para esse caso que abalou profundamente uma família e chocou todo o país.

Investigações prosseguirão para esclarecer todos os detalhes do caso

Apesar da morte da principal suspeita, as autoridades afirmaram que as investigações sobre o caso do bolo envenenado e os demais crimes atribuídos a Deise Moura dos Anjos continuarão. O objetivo é esclarecer completamente as circunstâncias dos envenenamentos e verificar se houve participação ou conhecimento de outras pessoas. A polícia também buscará determinar se existem outras vítimas ainda não identificadas. O desfecho trágico desse caso reforça a importância de políticas de prevenção à violência doméstica e familiar, além de destacar a necessidade de maior atenção à saúde mental no âmbito das relações familiares.