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Supermercados defendem modelo flexível para atrair jovens

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Supermercados buscam flexibilidade para aumentar admissões.

Setor aposta em contratos por hora para atrair nova geração.

Representantes do setor supermercadista brasileiro levantaram, na segunda-feira (12), uma discussão sobre a necessidade de adotar o contrato de trabalho por hora como alternativa eficaz para contornar o desafio de aumentar o número de admissões e atender à crescente demanda por flexibilidade dos jovens trabalhadores. O debate foi realizado em meio ao cenário pós-pandemia, no qual as mudanças nas expectativas do mercado de trabalho se intensificaram, especialmente entre a faixa etária mais jovem. Os supermercadistas argumentam que, diante da atual escassez de mão de obra e do novo perfil profissional dos brasileiros, os contratos flexíveis seriam fundamentais não apenas para suprir vagas, mas também para alinhar os interesses das empresas às novas aspirações de liberdade e autonomia dos jovens. Segundo os representantes do setor, a tendência é que esse modelo proporcione benefícios mútuos: aumento da empregabilidade e redução do turnover, ao mesmo tempo em que garante maior satisfação e eficiência operacional. A defesa por esse formato ocorre no momento em que redes de supermercados enfrentam dificuldades para preencher postos, motivadas por uma rejeição ao modelo tradicional de trabalho fixo e rígido que predominou durante décadas. Assim, a proposta surge como resposta imediata a um quadro de mudanças profundas na relação entre empregadores e empregados, que buscam novas formas de colaboração e equilíbrio.

O contexto para a adoção do contrato de trabalho por hora tem raízes na transformação do mercado de trabalho brasileiro, especialmente após a reforma trabalhista de 2017, que instituiu a modalidade do trabalho intermitente. A legislação atual já permite esse tipo de contratação, mas o setor supermercadista reivindica a ampliação desta prática a fim de torná-la mais atrativa e acessível tanto para empresas quanto para jovens profissionais. O movimento se intensificou nas últimas semanas diante de relatos consistentes de dificuldades em encontrar candidatos dispostos a cumprir jornadas tradicionais em tempo integral, o que levou líderes do segmento a promoverem discussões nacionais e procurar apoio junto a entidades representativas. Em depoimentos recentes, executivos enfatizaram que o jovem trabalhador atual prioriza a flexibilidade e a possibilidade de conciliar outras atividades, como estudos ou projetos pessoais. A proposta dos supermercadistas, portanto, visa atender a essa necessidade, apostando em modelos adaptáveis que envolvam escalas reduzidas, maior autonomia e remuneração proporcional ao tempo efetivamente trabalhado. O debate também incorpora elementos de inovação na gestão de pessoas, sinalizando uma ruptura com paradigmas do passado e estimulando o surgimento de iniciativas capazes de acompanhar o ritmo acelerado das mudanças sociais.

A defesa pela ampliação dos contratos por hora vem gerando repercussões dentro e fora do setor supermercadista, influenciando sindicatos, entidades empresariais e especialistas em relações de trabalho. Enquanto alguns apontam riscos de precarização das relações trabalhistas, a maioria dos representantes do setor destaca que a proposta pode ser um divisor de águas na inclusão produtiva de jovens, especialmente em meio ao alto índice de desemprego nesta faixa etária. Análises recentes mostram que o trabalho por hora tem potencial para reequilibrar a oferta e a demanda por empregos, reduzindo custos operacionais e aumentando a produtividade das empresas, sem comprometer a segurança jurídica dos trabalhadores. Essa modalidade é vista ainda como uma resposta alinhada às tendências globais, nos quais o trabalho flexível já é uma realidade consolidada em mercados mais competitivos. A expectativa é que, com a implementação mais ampla desse modelo, redes de supermercados possam ampliar significativamente o quadro de funcionários, diversificar os perfis profissionais e estimular a inovação nos processos internos. Paralelamente, discute-se a necessidade de aprimorar os mecanismos de fiscalização e garantir condições dignas para os contratados, evitando distorções e assegurando benefícios mínimos, como determina a legislação vigente.

Futuro do trabalho flexível no setor supermercadista

O avanço do debate sobre contratos de trabalho por hora tende a transformar o cenário das relações laborais no varejo supermercadista brasileiro nos próximos anos. Especialistas apontam que a consolidação deste modelo pode se traduzir em um aumento expressivo das oportunidades de emprego, especialmente para jovens que buscam conciliar diferentes atividades sem abrir mão do ingresso no mercado formal. As perspectivas são de que, ao adotar a flexibilidade como pilar da nova dinâmica de trabalho, supermercados poderão não apenas suprir a escassez de mão de obra, mas também contribuir para a formação de uma força de trabalho mais qualificada, dinâmica e adaptada às necessidades contemporâneas do setor. O desafio, segundo lideranças empresariais, será equilibrar a adoção de novas práticas com a manutenção de padrões mínimos de proteção trabalhista, evitando retrocessos e assegurando o respeito aos direitos fundamentais dos empregados. Assim, a discussão sobre o contrato por hora deve permanecer no centro da agenda econômica e social do país, acompanhando as transformações do mundo do trabalho e sinalizando caminhos para um futuro mais inclusivo e compatível com as demandas do século XXI.

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