Sergio Moro revela gastos bilionários de Lula e Janja em viagens

Moro denuncia gastos exorbitantes de Lula e Janja com viagens oficiais.
Despesas bilionárias em deslocamentos presidenciais.
O ex-ministro da Justiça e senador Sergio Moro trouxe à tona informações alarmantes sobre os gastos do governo Lula com viagens oficiais, incluindo as despesas da primeira-dama Janja. Segundo dados apresentados por Moro, o gasto anual com diárias e passagens atingiu patamares recordes nos últimos 10 anos, superando a marca de R$ 1 bilhão. O senador destacou que esse montante representa um aumento significativo em comparação com gestões anteriores, levantando questionamentos sobre a necessidade e a eficiência desses deslocamentos. As informações foram divulgadas por Moro em suas redes sociais, gerando repercussão imediata nos meios políticos e na opinião pública.
A análise detalhada dos gastos revelou que não apenas o presidente Lula, mas também sua esposa Janja, têm realizado viagens frequentes, tanto nacionais quanto internacionais, com comitivas extensas. Um dos pontos mais criticados por Moro foi o tamanho das delegações que acompanham o casal presidencial, muitas vezes incluindo dezenas de assessores e funcionários. O ex-ministro argumentou que essas práticas contrastam com o discurso de austeridade e responsabilidade fiscal propagado pelo governo, especialmente em um momento em que o país enfrenta desafios econômicos significativos. Além disso, Moro questionou a transparência na divulgação desses gastos, alegando dificuldades em obter informações detalhadas sobre as despesas individuais de membros da comitiva presidencial.
Entre os exemplos citados por Moro, destaca-se uma viagem recente de Lula e Janja a Nova York, que teria custado aos cofres públicos mais de R$ 1 milhão apenas em diárias e passagens para uma comitiva de 15 pessoas. O senador também mencionou viagens internacionais da primeira-dama sem a presença do presidente, questionando a necessidade e o custo-benefício dessas missões. Outro ponto levantado foi o uso frequente de aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) para deslocamentos que, segundo Moro, poderiam ser realizados por meios mais econômicos. O ex-ministro argumentou que essa prática não apenas onera os cofres públicos, mas também desvia recursos que poderiam ser utilizados em áreas prioritárias como saúde, educação e segurança pública.
As revelações de Moro provocaram reações diversas no cenário político brasileiro. Enquanto aliados do governo defendem que as viagens presidenciais são essenciais para a diplomacia e para a promoção dos interesses nacionais no exterior, a oposição intensificou as críticas, exigindo maior transparência e controle sobre os gastos públicos. Alguns parlamentares já anunciaram a intenção de convocar membros do governo para prestar esclarecimentos no Congresso Nacional. O debate sobre o tema promete se estender nos próximos dias, com possíveis desdobramentos na relação entre os poderes Executivo e Legislativo. Enquanto isso, a sociedade brasileira aguarda por explicações mais detalhadas do governo sobre a necessidade e o retorno efetivo desses investimentos em viagens oficiais.
Rosângela Moro protocola projeto de lei que mira gastos de Janja; entenda
A deputada federal Rosângela Moro (União Brasil-SP) protocolou no dia 29 de Janeiro, uma proposta que enquadra cônjuges de chefes do Poder Executivo no rol de autoridades sujeitas à Lei de Acesso a Informação (LAI). Se aprovada, a medida impactaria a transparência dos dados sobre a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, que não exerce cargo oficial no governo federal, mas atuou como representante do Brasil em eventos como as Olimpíadas de Paris e a Cúpula do G-20.
A proposta de Rosângela define como informação “de interesse público” os dados relativos ao “exercício de atividades representativas” por parte de cônjuges da Presidência, de governos estaduais (ou do Distrito Federal) e de prefeituras.
Se aprovada, a proposta não tornaria “de interesse público” quaisquer informações sobre Janja, mas somente os dados sobre as situações em que a primeira-dama esteve em uma função “representativa” do País, tal como em julho de 2024, quando esteve em Paris, na França, para representar o governo brasileiro na abertura das Olimpíadas, ou durante a Cúpula do G-20, quando participou de conferências paralelas ao evento e organizou o “Janjapaloosa”, com até R$ 83,45 milhões de patrocínio de empresas estatais.
Impacto das revelações no cenário político
As informações divulgadas por Sergio Moro sobre os gastos de Lula e Janja com viagens oficiais têm potencial para influenciar o debate político nos próximos meses. A questão da transparência e da eficiência nos gastos públicos deverá ganhar ainda mais relevância, possivelmente levando a ajustes na política de viagens do governo federal. Resta saber como o Palácio do Planalto responderá às críticas e se haverá mudanças significativas na forma como as missões oficiais são conduzidas e financiadas daqui em diante.