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Rússia rejeita proposta de cessar-fogo temporário na Ucrânia

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Rússia não tem interesse em cessar-fogo temporário com a Ucrânia, diz conselheiro de Putin.

Assessor de Putin critica trégua sugerida pelos EUA

O principal assessor de política externa do presidente russo Vladimir Putin, Yuri Ushakov, declarou na quinta-feira (13) que a Rússia se opõe à proposta de cessar-fogo temporário na Ucrânia feita pelos Estados Unidos. Em entrevista à televisão estatal russa, Ushakov afirmou que a ideia de uma trégua de 30 dias serviria apenas para dar um “alívio temporário” às forças ucranianas, sem trazer benefícios concretos para a Rússia. A declaração do assessor russo ocorre em um momento de intensas negociações diplomáticas envolvendo Washington, Kiev e Moscou, na tentativa de encontrar uma saída para o conflito que já dura três anos.

Segundo Ushakov, a posição russa é de que qualquer acordo de cessar-fogo deve levar a uma “paz duradoura” e eliminar as “causas profundas” da crise na Ucrânia. O assessor argumentou que uma pausa temporária nos combates permitiria apenas que as tropas ucranianas se reagrupassem e se reabastecessem, para depois retomarem as hostilidades. A fala de Ushakov indica que o Kremlin vê com desconfiança a proposta americana, temendo que ela possa favorecer militarmente a Ucrânia sem oferecer garantias concretas aos interesses russos no longo prazo.

A rejeição russa à ideia de um cessar-fogo temporário representa um revés para os esforços diplomáticos liderados pelos Estados Unidos. Nos últimos dias, autoridades americanas vinham negociando intensamente com Kiev e Moscou para tentar viabilizar uma trégua que pudesse abrir caminho para negociações de paz mais amplas. O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky chegou a sinalizar apoio à proposta de cessar-fogo de 30 dias, afirmando que seu país estava “pronto” para implementá-la. No entanto, a posição intransigente da Rússia coloca em xeque a viabilidade do plano.

A recusa russa em aceitar um cessar-fogo temporário indica que o conflito na Ucrânia deve se prolongar, com graves consequências humanitárias e geopolíticas. Analistas avaliam que Putin parece determinado a manter a pressão militar sobre Kiev, apostando que os avanços recentes das forças russas no campo de batalha podem lhe dar vantagem em eventuais negociações futuras. Para os Estados Unidos e aliados ocidentais, o desafio agora é encontrar novas formas de pressionar Moscou a aceitar uma solução diplomática, sem que isso leve a uma perigosa escalada do conflito. O impasse atual sugere que a guerra na Ucrânia continuará sendo um dos principais focos de tensão nas relações internacionais no futuro próximo.

Perspectivas sombrias para a paz na Ucrânia

Com a rejeição russa à proposta de cessar-fogo, as perspectivas para uma solução negociada do conflito na Ucrânia tornam-se ainda mais incertas. A comunidade internacional agora terá que redobrar os esforços diplomáticos para evitar uma nova escalada da violência e buscar alternativas que possam ser aceitáveis para ambos os lados. Enquanto isso, a população civil ucraniana continua pagando o preço mais alto dessa guerra prolongada, com milhares de vítimas e uma grave crise humanitária que se arrasta há três anos sem perspectivas de alívio no curto prazo.