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Rumble e Trump Media movem nova ação contra Moraes nos EUA

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Empresas buscam impedir cumprimento de decisões no Brasil.

A plataforma de vídeos Rumble e a Trump Media & Technology Group entraram com uma nova ação judicial nos Estados Unidos contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro. O processo, protocolado sábado, 22 de fevereiro de 2025, visa obter uma medida cautelar urgente para evitar que as empresas sejam obrigadas a cumprir determinações do magistrado em território brasileiro. As companhias alegam que as decisões de Moraes, que incluem o bloqueio da plataforma no Brasil e a imposição de multa diária de R$ 50 mil, ameaçam causar “danos irreparáveis” caso não haja intervenção imediata da Justiça norte-americana.

O caso tem origem nas ordens emitidas por Moraes que impactaram diretamente as operações do Rumble no Brasil. Além do bloqueio da plataforma e da multa, o ministro do STF exigiu que a empresa designasse um representante legal no país. As determinações estão relacionadas ao bloqueio de contas de usuários no Rumble, incluindo a do jornalista Allan dos Santos, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro e considerado foragido pela Justiça brasileira. Moraes já havia ordenado anteriormente a prisão de Santos, que atualmente reside nos Estados Unidos. O ministro também determinou a interrupção de repasses financeiros ao influenciador, medidas que já haviam sido aplicadas a outras redes sociais como YouTube, Facebook, Twitter e Instagram.

Na ação judicial, Rumble e Trump Media acusam o ministro Alexandre de Moraes de ignorar os canais legais apropriados e de “deliberadamente contornar a supervisão do governo dos EUA”. As empresas argumentam que as decisões do magistrado brasileiro violam a liberdade de expressão garantida pela Primeira Emenda da Constituição norte-americana, além de potencialmente erodir a confiança dos usuários e criar desafios adicionais para as operações da plataforma. Este não é o primeiro movimento legal das companhias contra Moraes. Em 19 de fevereiro, elas já haviam iniciado um processo semelhante, alegando censura por parte do ministro brasileiro. A escalada do conflito jurídico entre as empresas de tecnologia e o Poder Judiciário brasileiro evidencia a complexidade das questões envolvendo jurisdição e regulação de conteúdo online em um contexto global.

O desenrolar deste caso promete ter implicações significativas para as relações entre empresas de tecnologia estrangeiras e o sistema judiciário brasileiro, bem como para o debate sobre os limites da jurisdição nacional em questões de regulação da internet. A decisão da Justiça norte-americana sobre a medida cautelar solicitada por Rumble e Trump Media será crucial para determinar o futuro das operações dessas plataformas no Brasil e poderá estabelecer precedentes importantes para casos similares envolvendo outras empresas de tecnologia. Enquanto isso, o embate jurídico reacende discussões sobre soberania digital, liberdade de expressão e os desafios de aplicar leis nacionais a empresas que operam globalmente na era da internet.

Impactos e desdobramentos do conflito jurídico internacional

O desfecho desta disputa legal entre Rumble, Trump Media e o ministro Alexandre de Moraes poderá ter repercussões significativas não apenas para as partes diretamente envolvidas, mas também para o cenário mais amplo das relações internacionais no âmbito digital. A decisão da Justiça dos Estados Unidos sobre o caso será observada atentamente por governos, empresas de tecnologia e especialistas em direito internacional, pois poderá estabelecer precedentes importantes sobre a extensão da jurisdição nacional em questões envolvendo plataformas digitais globais. Independentemente do resultado, o caso já destaca a crescente necessidade de cooperação internacional e de marcos regulatórios mais claros para lidar com os desafios impostos pela natureza transfronteiriça da internet e das redes sociais.