Roberto Campos Neto assume posições estratégicas no cenário econômico mundial
Ex-presidente do Banco Central receberá novas funções internacionais.
O ex-presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, acaba de conquistar posições de grande relevância no cenário econômico internacional. Conforme anunciado na sexta-feira, 16 de maio de 2025, Campos Neto passará a integrar o Conselho de Curadores do Fórum Econômico Mundial, onde representará a América Latina. A notícia, inicialmente divulgada pela Folha de S.Paulo e posteriormente confirmada pelo próprio Campos Neto, marca um novo capítulo na carreira do economista após sua saída do comando do Banco Central. Além desta posição de destaque em Davos, o ex-presidente do BC também assumirá o cargo de senior fellow no Milken Institute, um prestigiado think-tank americano com sede na Califórnia. Estas nomeações ocorrem em paralelo ao seu futuro cargo como diretor global de Políticas Públicas e vice-chairman do Nubank, funções que assumirá a partir de julho deste ano, consolidando sua atuação em múltiplas frentes estratégicas do setor financeiro global e ampliando sua influência nos debates sobre a economia mundial, com particular ênfase nas questões relacionadas à América Latina.
A nomeação de Campos Neto para o Conselho de Curadores do Fórum Econômico Mundial representa uma significativa ascensão no cenário econômico internacional, colocando-o ao lado de figuras proeminentes como Kristalina Georgieva, diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), e Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu. O conselho do qual fará parte é responsável por estabelecer estratégias fundamentais para a organização, incluindo a definição de temas a serem discutidos nos encontros anuais em Davos, a coleta de informações para apresentar possíveis soluções para problemas globais, o desenvolvimento de projetos específicos e a promoção da cooperação internacional. No caso específico de Campos Neto, sua função deverá concentrar-se nos países da América Latina, região que enfrentou nos últimos anos desafios econômicos complexos e que busca caminhos para uma recuperação sustentável após diversas crises. Sua primeira participação oficial já está marcada para agosto deste ano, quando ocorrerá uma reunião presencial em Genebra, na Suíça, onde terá a oportunidade de apresentar perspectivas sobre a economia latino-americana e contribuir para o direcionamento estratégico do Fórum nos próximos anos.
Paralelamente à sua atuação no Fórum Econômico Mundial, Campos Neto também assume uma posição de destaque como senior fellow no Milken Institute, organização que produz pesquisas, promove eventos e propõe soluções voltadas ao desenvolvimento econômico sustentável e à melhoria da qualidade de vida em diferentes países. O economista já participou de uma primeira reunião introdutória na instituição e deverá estar presente em dois encontros programados para o segundo semestre de 2025. Esta posição no think-tank americano permitirá que Campos Neto contribua com sua experiência no campo da política monetária e da regulação financeira, áreas em que construiu sua reputação durante seu mandato à frente do Banco Central do Brasil. A dupla atuação internacional se soma à sua futura posição no Nubank, onde será vice-presidente e chefe global de políticas públicas, além de membro não independente do conselho de administração da Nu Holdings. Esta composição de funções estratégicas coloca o ex-presidente do BC em uma posição privilegiada para influenciar debates sobre regulação financeira, inclusão bancária e transformação digital do sistema financeiro, temas nos quais acumulou experiência significativa durante sua gestão no Banco Central, especialmente com a implementação do Pix e outras iniciativas de modernização do sistema financeiro brasileiro.
A trajetória de Campos Neto após sua saída do Banco Central demonstra como sua experiência e conhecimento técnico são valorizados por instituições econômicas de relevância global. Sua nomeação para o Conselho do Fórum Econômico Mundial representa um reconhecimento do papel do Brasil e da própria atuação do economista no cenário financeiro internacional, podendo abrir espaço para maior influência latino-americana nas discussões econômicas globais. Da mesma forma, sua participação no Milken Institute permitirá que contribua para pesquisas e análises sobre temas cruciais para o desenvolvimento econômico global, com potencial impacto nas políticas públicas e estratégias de mercado. Estas novas funções, somadas ao seu futuro cargo no Nubank, sinalizam um novo momento na carreira de Campos Neto, que poderá aplicar sua experiência em política monetária e regulação financeira em ambientes diversos, transitando entre o setor público internacional, o ambiente acadêmico e o setor privado. Especialistas avaliam que esta multiplicidade de papéis poderá beneficiar o debate econômico no Brasil e na América Latina, trazendo novas perspectivas e conexões com as principais tendências globais em economia e finanças para os próximos anos.
Perspectivas para a atuação do economista nos cenários nacional e internacional
As nomeações de Roberto Campos Neto para posições de destaque internacional chegam em um momento estratégico para a economia brasileira e latino-americana. Com sua experiência à frente do Banco Central durante um período de significativas transformações no sistema financeiro brasileiro, o economista leva consigo conhecimentos valiosos que poderão influenciar debates globais sobre inclusão financeira, regulação bancária e transformação digital. A presença de um brasileiro representando a América Latina no Conselho de Curadores do Fórum Econômico Mundial pode significar uma maior atenção às questões econômicas regionais nos próximos encontros de Davos, enquanto sua atuação simultânea no Milken Institute e no Nubank promete estabelecer pontes entre diferentes setores e visões sobre o futuro da economia global. Os próximos meses serão decisivos para observar como Campos Neto equilibrará estas múltiplas responsabilidades e qual será seu real impacto na formulação de políticas econômicas e na percepção internacional sobre o Brasil e a América Latina no cenário financeiro mundial.
