Produção de bicicletas elétricas dispara e cresce quase 47% em 2024
Setor de bicicletas elétricas se destaca em meio à queda na produção convencional.
O aumento expressivo na produção de bicicletas elétricas é um reflexo direto da crescente demanda por alternativas de transporte mais sustentáveis e eficientes nas cidades brasileiras. Este fenômeno não se limita apenas ao aspecto ambiental, mas também responde a necessidades práticas de mobilidade urbana, como a busca por meios de transporte que combinem agilidade e menor esforço físico. As bicicletas elétricas, que atualmente representam 4,9% do total de unidades fabricadas em todas as categorias de bicicletas, quase dobraram sua participação em comparação com os 2,6% registrados em 2023. Este avanço significativo indica uma mudança de paradigma no setor de mobilidade, com consumidores cada vez mais dispostos a adotar tecnologias que ofereçam maior conforto e eficiência em seus deslocamentos diários. Além disso, o crescimento deste segmento tem impulsionado investimentos em infraestrutura e tecnologia, contribuindo para o desenvolvimento de toda a cadeia produtiva relacionada às bicicletas elétricas.
Enquanto o setor de bicicletas elétricas floresce, a produção de bicicletas convencionais enfrenta desafios. A queda de 24,1% na fabricação de modelos tradicionais até novembro de 2024 em comparação com o mesmo período do ano anterior revela uma transformação significativa no mercado. Em novembro de 2024, foram produzidas apenas 29.451 bicicletas convencionais, uma redução de 17,2% em relação ao mesmo mês de 2023 e 13,4% em comparação a outubro de 2024. Apesar desses números, a Abraciclo afirma que o desempenho está alinhado com as projeções para o ano, sugerindo uma adaptação planejada do setor às novas tendências de mercado. A distribuição da produção por tipos de bicicletas também revela insights interessantes: as mountain bikes (MTB) lideraram com 191.716 unidades, representando 56,1% do total, seguidas pelos modelos urbano/lazer com 67.055 unidades (19,6%) e as bicicletas infantojuvenis com 54.699 unidades (16%). Geograficamente, a região Sudeste concentrou a maior parte da produção, com 182.904 unidades (53,6% do total), seguida pelo Nordeste, Sul, Norte e Centro-Oeste, refletindo a dinâmica econômica e as preferências regionais no país.
O cenário atual do mercado de bicicletas no Brasil aponta para uma clara tendência de eletrificação e modernização do setor. O crescimento expressivo na produção de bicicletas elétricas, contrastando com a queda na fabricação de modelos convencionais, sinaliza uma transformação profunda nas preferências dos consumidores e nas estratégias das empresas. Esta mudança não apenas reflete uma evolução tecnológica, mas também um alinhamento com as crescentes preocupações ambientais e a busca por soluções de mobilidade mais eficientes nas cidades brasileiras. À medida que o mercado se adapta a essa nova realidade, é provável que vejamos um aumento nos investimentos em infraestrutura cicloviária, desenvolvimento de novas tecnologias e políticas públicas de incentivo ao uso de bicicletas elétricas. O futuro do setor parece promissor, com potencial para impactar positivamente a mobilidade urbana, a qualidade de vida nas cidades e a indústria nacional, consolidando as bicicletas elétricas como um componente fundamental na transformação da mobilidade no Brasil.
Perspectivas para o mercado de bicicletas elétricas no Brasil
O expressivo crescimento na produção de bicicletas elétricas em 2024 aponta para um futuro promissor deste segmento no Brasil. Com a crescente conscientização sobre mobilidade sustentável e a busca por alternativas eficientes de transporte urbano, espera-se que a demanda por bicicletas elétricas continue em ascensão nos próximos anos. Este cenário favorável deve impulsionar ainda mais investimentos em pesquisa e desenvolvimento, resultando em modelos mais avançados e acessíveis ao consumidor brasileiro. Paralelamente, é provável que vejamos um aumento na infraestrutura cicloviária nas grandes cidades, bem como políticas públicas de incentivo ao uso desse meio de transporte. A indústria nacional de bicicletas elétricas tem potencial para se tornar um importante polo de inovação e geração de empregos, contribuindo significativamente para a economia e para a transformação da mobilidade urbana no país.
