PGR revela plano de assassinato contra Lula e autoridades

PGR denuncia plano de assassinato contra Lula, Alckmin e Moraes.
Procuradoria revela detalhes de operação criminosa.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou uma denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) revelando um plano denominado “Punhal Verde e Amarelo”, que visava o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Segundo o documento assinado pelo procurador-geral Paulo Gonet, o plano foi arquitetado e levado ao conhecimento do então presidente Jair Bolsonaro, que teria anuído à proposta. A denúncia, divulgada na noite de terça-feira (18), classifica a operação como “aterradora” e o plano de ataque às instituições como “sinistro”, visando à “derrocada do sistema de funcionamento dos Poderes e da ordem democrática”.
O documento da PGR detalha que o planejamento continha “minuciosas atividades, requintadas nas suas virtualidades perniciosas”. A organização criminosa tinha como alvo principal o Supremo Tribunal Federal, que deveria ser “neutralizado”. O plano previa o uso de armas bélicas contra o ministro Alexandre de Moraes e a morte por envenenamento do presidente Lula. A denúncia aponta que o monitoramento das vítimas já estava em curso, com evidências de que o histórico de conexões do militar Hélio Ferreira Lima indicava sua presença nas regiões de antenas próximas ao Hotel Meliá, em Brasília, local de hospedagem de Lula após ser eleito, entre 25 e 26 de novembro de 2022.
A investigação da PGR revela uma complexa rede de atividades criminosas que iam além do monitoramento das autoridades. A denúncia menciona a atuação de Wladimir Matos Soares, agente da Polícia Federal, na disponibilização de informações sobre a equipe de segurança de Lula. Segundo a PGR, o policial enviou datas e locais de onde Lula estava à equipe do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em novembro do ano passado, a Polícia Federal prendeu cinco militares suspeitos de organizarem esse plano de assassinatos, incluindo o general Mário Fernandes, ex-ministro interino da Secretaria-Geral da Presidência de Bolsonaro. A operação criminosa demonstra um nível alarmante de infiltração em instituições de segurança e uma ameaça direta à democracia brasileira.
A revelação deste plano de assassinato representa um marco significativo na história política recente do Brasil, expondo a fragilidade das instituições democráticas e a necessidade urgente de reforçar os mecanismos de proteção aos líderes políticos e autoridades judiciárias. A denúncia da PGR abre caminho para uma investigação aprofundada que pode levar a desdobramentos jurídicos e políticos de grande impacto. As autoridades agora enfrentam o desafio de garantir a segurança dos alvos mencionados no plano, ao mesmo tempo em que buscam responsabilizar todos os envolvidos na trama. O caso certamente continuará a ser acompanhado de perto pela sociedade brasileira, enquanto se aguarda o posicionamento oficial dos acusados e o desenrolar das investigações no âmbito do Supremo Tribunal Federal.