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Papa Leão XIV defende liberdade de imprensa e pede libertação de jornalistas presos

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Pontífice faz apelo durante encontro com jornalistas no Vaticano.

O Papa Leão XIV, em seu primeiro encontro oficial com a imprensa internacional nesta segunda-feira, 12 de maio de 2025, fez um apelo contundente pela libertação de jornalistas presos ao redor do mundo e defendeu veementemente a liberdade de expressão. Durante a audiência realizada no Salão Paulo VI, que reuniu aproximadamente 3 mil jornalistas que cobriram sua recente eleição e a morte de seu antecessor, o Papa Francisco, o pontífice destacou a importância da comunicação responsável e livre de ódio. “A maneira como nos comunicamos é de fundamental importância: precisamos dizer ‘não’ à guerra de palavras e imagens, precisamos rejeitar o paradigma da guerra”, afirmou Leão XIV em seu discurso, demonstrando continuidade com mensagens centrais do pontificado anterior. O novo líder da Igreja Católica iniciou sua fala com leveza e humor, conquistando a atenção da plateia presente, mas logo adentrou temas sérios relacionados à responsabilidade jornalística e à defesa da verdade. De acordo com dados mencionados pelo pontífice, o Comitê para a Proteção dos Jornalistas registrou 361 profissionais da imprensa presos até o final do ano passado, uma situação que, segundo suas palavras, “desafia a consciência das nações e da comunidade internacional”.

O discurso do Papa Leão XIV aos jornalistas representa sua primeira aparição pública significativa desde sua eleição histórica em 8 de maio, quando se tornou o primeiro pontífice nascido nos Estados Unidos a liderar a Igreja Católica. Anteriormente conhecido como Cardeal Robert Prevost, o novo Papa construiu grande parte de sua carreira como missionário no Peru, sendo ainda uma figura relativamente desconhecida para o público global. Durante o encontro, Leão XIV expressou gratidão aos profissionais de mídia pelo “serviço à verdade” que prestam à sociedade, reiterando a solidariedade da Igreja aos jornalistas que se encontram encarcerados por buscarem relatar fatos verídicos. “O sofrimento desses jornalistas presos desafia a consciência das nações e da comunidade internacional, conclamando todos nós a salvaguardar o precioso dom da liberdade de expressão e de imprensa”, enfatizou o pontífice em um momento especialmente emotivo de seu pronunciamento. A audiência, que marcou o primeiro contato formal do novo Papa com um grande grupo de pessoas no Vaticano desde sua eleição, foi recebida com entusiasmo pelos presentes, que o aplaudiram calorosamente tanto na entrada quanto ao final de sua fala. Demonstrando domínio de múltiplos idiomas, característica valorizada no papel global do papado, Leão XIV conduziu a maior parte de seu discurso em italiano, mas iniciou sua intervenção com uma descontraída piada em inglês, sua língua materna, sobre os aplausos recebidos.

O apelo do Papa em favor da libertação de jornalistas presos e sua defesa da liberdade de imprensa ocorre em um contexto global de crescentes desafios à liberdade de expressão e perseguição a profissionais da comunicação. Em seu discurso, Leão XIV abordou também os desafios contemporâneos do jornalismo, incluindo a necessidade de responsabilidade no uso da inteligência artificial no trabalho jornalístico, pedindo aos profissionais que garantam que essas novas tecnologias “possam ser usadas para o bem de todos, para que possam beneficiar toda a humanidade”. O pontífice destacou a importância de um jornalismo livre de ódio, estereótipos e preconceitos, enfatizando que a comunicação deve servir como ponte entre pessoas e culturas, e não como instrumento de divisão. “Precisamos dizer ‘não’ à guerra de palavras e imagens”, afirmou, numa clara referência à polarização que caracteriza o debate público atual em muitos países. Esta mensagem encontra eco em preocupações anteriormente expressas pelo Papa Francisco sobre o papel da mídia na sociedade contemporânea, sinalizando uma continuidade na postura da Santa Sé em relação aos meios de comunicação. A ênfase na libertação de jornalistas presos e na defesa da liberdade de expressão sugere que o novo pontificado poderá manter um forte engajamento em questões relativas a direitos humanos fundamentais, especialmente aqueles relacionados à liberdade de pensamento e expressão, elementos considerados essenciais para a dignidade humana na doutrina social católica.

Continuidade e inovação marcam início do pontificado

A abordagem de Leão XIV em seu encontro com os jornalistas evidencia tanto elementos de continuidade quanto sinais de possíveis inovações em seu pontificado. Ao enfatizar temas caros ao seu antecessor, como a defesa da verdade e a rejeição da cultura do ódio, o novo Papa demonstra intenção de manter linhas centrais do magistério recente da Igreja. Simultaneamente, sua menção específica às questões relacionadas à inteligência artificial e às novas tecnologias de comunicação sugere uma disposição para enfrentar desafios contemporâneos que ganham crescente relevância na sociedade global. O estilo comunicativo do pontífice, mesclando momentos de seriedade com toques de humor, como evidenciado por sua piada inicial sobre os aplausos – “Dizem que quando batem palmas no início, não importa muito. Se vocês ainda estiverem acordados no final e ainda quiserem aplaudir, muito obrigado” – revela uma personalidade acessível que poderá facilitar sua conexão com diferentes públicos. A recepção calorosa por parte dos jornalistas presentes indica um início promissor para o relacionamento entre o novo Papa e a imprensa internacional, elemento crucial para a disseminação de suas mensagens. Os próximos meses serão determinantes para estabelecer as prioridades e o tom definitivo deste pontificado histórico, o primeiro liderado por um norte-americano, em um momento de complexos desafios globais que demandarão posicionamentos claros da liderança católica sobre temas que vão desde conflitos internacionais até crises humanitárias, passando por questões ambientais e sociais que têm ocupado lugar central na atuação recente do Vaticano.

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