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Padilha anuncia parcerias com hospitais privados para acelerar tratamento de câncer no SUS

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Padilha anuncia parcerias com hospitais privados para acelerar tratamento de câncer no SUS.

Governo Federal busca integração com setor privado para garantir cumprimento de prazos legais.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou na terça-feira, 29 de abril de 2025, que o Governo Federal está desenvolvendo um novo modelo de gestão que prevê parcerias estratégicas com o setor privado para acelerar o atendimento médico especializado no Sistema Único de Saúde (SUS). Durante reunião realizada no Palácio do Planalto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro apresentou propostas para garantir que pacientes com câncer tenham acesso ao diagnóstico em até 30 dias e início do tratamento em no máximo 60 dias, conforme determina a legislação vigente. “Um dos principais compromissos do presidente Lula é garantir que a população brasileira tenha acesso ao atendimento médico especializado no tempo certo, especialmente em casos graves como o câncer. Para cumprir essa meta, estamos trabalhando em um redesenho estratégico das parcerias com o setor privado, com o objetivo de ampliar a oferta de serviços e reduzir o tempo de espera no Sistema Único de Saúde”, destacou Padilha após a reunião. A iniciativa visa enfrentar o represamento de cirurgias, exames e diagnósticos que se acumularam durante a pandemia e hoje pressionam o sistema público de saúde, especialmente nos casos oncológicos que demandam intervenção rápida e especializada.

A proposta do Ministério da Saúde prevê a integração de hospitais privados, ambulatórios e operadoras de planos de saúde ao sistema público para dar vazão à demanda represada. Um estudo inédito realizado em parceria com a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo revelou que grande parte dos profissionais especialistas está concentrada na rede privada, muitas vezes em instituições que não prestam atendimento pelo SUS e que possuem estrutura ociosa. “Queremos aproveitar essa capacidade instalada para garantir que os pacientes do SUS sejam atendidos no tempo certo”, explicou o ministro. Segundo Padilha, a Lei 12.732/12 estabelece que o diagnóstico de câncer deve ser realizado em até 30 dias e o início do tratamento em até 60 dias após a inclusão da doença no prontuário do paciente, seja por meio de cirurgia, quimioterapia ou radioterapia, conforme a prescrição médica. No entanto, o cumprimento desses prazos tem sido um desafio para a rede pública, especialmente após o período pandêmico que resultou em adiamento de diversos procedimentos médicos. Esta nova iniciativa busca mudar essa realidade, integrando mais profissionais e serviços do setor privado ao atendimento público para garantir que o cidadão receba o cuidado necessário no tempo adequado e com qualidade.

Entre as ações previstas pelo Ministério da Saúde está também o reforço da rede pública com novos equipamentos de radioterapia, que serão distribuídos em unidades do SUS em todo o país ainda este ano. A ampliação da oferta de tratamentos oncológicos é considerada prioritária pelo governo, que pretende ainda estabelecer parcerias com centros de referência como o Hospital AC Camargo, em São Paulo, uma das maiores instituições de oncologia do Brasil. O objetivo é integrar essas estruturas ao SUS, contribuindo para o diagnóstico precoce e para a condução de casos complexos de câncer. Outro ponto destacado pelo ministro é a implementação do Programa Mais Acesso a Especialistas, lançado no ano passado, que visa reduzir o tempo de espera por cirurgias, exames e tratamentos no SUS por meio do fortalecimento do SUS Digital, ampliando os atendimentos remotos quando apropriado. “A integração com o setor privado será essencial para dar conta dessa demanda acumulada e garantir tratamento com qualidade e no tempo adequado”, ressaltou Padilha. Durante a reunião, o presidente Lula autorizou o Ministério da Saúde, em conjunto com a Casa Civil e outros ministérios, a avançar na construção de propostas concretas, demonstrando que a melhoria do acesso a tratamentos especializados é uma prioridade do governo federal.

A expectativa do governo é que a regulamentação das novas parcerias se efetive até o final de 2025, com resultados práticos começando a ser percebidos ainda este ano. “Já estamos acelerando tudo o que estava planejado. O foco é começar a sentir os efeitos dessas mudanças ainda este ano”, afirmou o ministro. Para viabilizar essas parcerias, o Ministério da Saúde está realizando estudos técnicos e econômicos que permitam identificar as melhores formas de cooperação entre os setores público e privado, garantindo a eficiência na aplicação dos recursos e o benefício efetivo para a população. De acordo com Padilha, o modelo em desenvolvimento busca aproveitar o que há de melhor nos dois setores: a capilaridade e o compromisso com a universalidade do SUS, e a agilidade e capacidade tecnológica da rede privada. “Queremos mudar essa realidade. Isso significa integrar mais esses profissionais e serviços ao atendimento público. O importante é garantir que o cidadão receba o cuidado de que precisa, no tempo certo e com qualidade. Essa é a nossa obsessão e vamos seguir trabalhando firmemente para alcançar esse objetivo”, completou o ministro. A iniciativa representa um esforço significativo do governo federal para enfrentar um dos maiores desafios do sistema de saúde brasileiro: garantir o acesso oportuno a diagnósticos e tratamentos especializados, especialmente para doenças graves como o câncer, cujo prognóstico é diretamente influenciado pela rapidez do início do tratamento.

Medidas buscam reduzir filas e melhorar prognóstico de pacientes oncológicos

Com a implementação das novas parcerias entre o SUS e o setor privado, o governo espera não apenas cumprir os prazos legais estabelecidos para diagnóstico e tratamento de câncer, mas também criar um modelo de gestão que possa ser aplicado a outras especialidades médicas com alta demanda no sistema público. O ministro Alexandre Padilha destacou que “esta é uma mudança estrutural na forma como o SUS se relaciona com o setor privado, sempre mantendo os princípios de universalidade, equidade e integralidade que são a base do nosso sistema de saúde”. A expectativa é que, com a redução do tempo de espera para diagnóstico e início do tratamento, haja uma melhoria significativa no prognóstico dos pacientes oncológicos atendidos pelo SUS, contribuindo para a redução da mortalidade por câncer no Brasil e para o aumento da qualidade de vida dos pacientes. “Estamos montando essas iniciativas e esperamos anunciá-las em breve, honrando o compromisso do presidente Lula com a saúde da população brasileira”, ressaltou o ministro, reafirmando o compromisso do governo federal com a melhoria contínua do Sistema Único de Saúde e com o bem-estar dos cidadãos brasileiros.

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