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María Corina Machado Oferece Garantias a Maduro para Deixar o Poder na Venezuela, mas Presidente Recusa Negociação

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Na Venezuela, a situação política continua em um impasse crítico após as eleições presidenciais realizadas em 28 de julho. A oposição, liderada por María Corina Machado, insiste que o candidato oposicionista Edmundo González Urrutia venceu as eleições com uma margem significativa, contrariando o resultado oficial anunciado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que declarou a vitória do atual presidente, Nicolás Maduro, com 52% dos votos.

A oposição argumenta que o CNE, acusado de ser alinhado com o governo de Maduro, não apresentou as atas eleitorais para comprovar o resultado, alegando que o sistema foi hackeado. Por outro lado, a oposição afirma ter acesso a cópias digitalizadas de mais de 80% das atas, as quais indicam que Edmundo González Urrutia venceu com 67% dos votos. Uma contagem independente das atas feita pela Associated Press também apontou a vitória do candidato oposicionista por uma diferença de 500 mil votos.

María Corina Machado tem sido vocal sobre a necessidade de uma transição negociada de poder, oferecendo “garantias, salvo-conduto e incentivos” para que Maduro deixe o cargo. Além disso, o presidente do Panamá, José Raúl Mulino, ofereceu asilo político a Maduro e sua família, buscando facilitar uma saída pacífica do presidente.

A crise política se insere em um contexto de profunda crise econômica e social no país. A Venezuela tem enfrentado anos de hiperinflação, desvalorização da moeda e deterioração da capacidade produtiva, especialmente na agricultura e na produção de petróleo. Embora haja sinais de estabilização econômica recente, com inflação mensal e anual em declínio, a situação ainda é precária, com cerca de 1 a 1,5 milhão de pessoas necessitando de ajuda.

A comunidade internacional tem desempenhado um papel significativo na pressão por uma resolução pacífica e democrática. Governos de países como Colômbia e Brasil propuseram a realização de novas eleições, mas a oposição venezuelana rejeita essa ideia, argumentando que o povo já votou e que novas eleições seriam uma falta de respeito ao resultado já obtido. Os Estados Unidos, por sua vez, anunciaram novas sanções contra funcionários alinhados com Maduro, intensificando a pressão para que ele aceite os resultados das eleições.

A situação de Maduro se torna cada vez mais insustentável à medida que as pressões internacionais e nacionais aumentam. A oposição venezuelana está mobilizada para evitar que Maduro tome posse para um novo mandato em 10 de janeiro, e há expectativas de que os governos internacionais adotem uma abordagem mais firme para resolver a crise.

María Corina Machado, a líder política de 57 anos declarou à BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC, que o chavismo nunca esteve tão debilitado quanto agora. Ela pede a Maduro que não permaneça no poder pela força. “Ele sabe que não tem como permanecer no poder, exceto pelo uso da violência, o que é insustentável”, defende ela, em entrevista concedida por teleconferência.

María Corina Machado, vencedora das eleições primárias da oposição, foi o braço direito e companheira de campanha de González Urrutia. Ela o apoiou como candidato único, depois que o governo venezuelano a impediu de concorrer à presidência.

Agora, ela volta a convocar os venezuelanos a sair às ruas em 9 de janeiro, em um momento de grande tensão. Para ela, “Maduro não irá sair sozinho, é preciso fazê-lo sair com a força de um povo que nunca se rende”.

 Conclusão

Diante do complexo cenário político e econômico da Venezuela, é crucial que se busque uma solução que respeite a soberania do povo e promova a estabilidade democrática. Uma transição negociada, com garantias para todas as partes envolvidas, pode ser o caminho mais viável para evitar mais sofrimento para a população. Além disso, é essencial que se promova uma abordagem econômica libertária, incentivando a iniciativa privada e a redução da intervenção estatal, para reconstruir a economia venezuelana e restaurar a confiança dos investidores. A comunidade internacional deve apoiar esses esforços, garantindo que a transição seja pacífica e que os direitos humanos sejam respeitados. Com respeito aos costumes e valores tradicionais, é fundamental que qualquer solução adotada seja baseada na justiça, na transparência e no respeito às instituições democráticas.