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Lula minimiza queda de popularidade: “Nunca levei pesquisa a sério”

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Presidente comenta resultados de recente pesquisa Datafolha.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reagiu à queda de popularidade registrada na última pesquisa Datafolha, afirmando que nunca levou pesquisas a sério. Em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, Lula comentou os resultados que apontaram uma redução na aprovação de seu governo, passando de 35% para 24%. O petista demonstrou tranquilidade diante dos números e ressaltou que sua prioridade é trabalhar para melhorar a vida da população brasileira. “Eu nunca levei pesquisa a sério. O que eu levo a sério é o trabalho que eu tenho que fazer todo dia quando acordo”, declarou o presidente.A pesquisa Datafolha, divulgada na semana passada, revelou uma queda significativa na avaliação positiva do governo Lula, atingindo o patamar mais baixo desde o início de seu terceiro mandato. Além da redução na aprovação, o levantamento mostrou um aumento na reprovação, que subiu de 34% para 41%. Esses resultados acenderam um alerta no Palácio do Planalto e entre aliados do governo, que buscam entender os motivos da queda e traçar estratégias para reverter o cenário. Analistas políticos apontam que fatores como a alta da inflação, especialmente nos preços dos alimentos, e a percepção de lentidão na implementação de programas sociais podem estar influenciando a avaliação negativa da população.

“Eu nunca levei definitivamente a sério qualquer pesquisa, em qualquer momento. Pesquisa serve para estudar, saber se tem que mudar de comportamento, isso que eu faço. Tenho mandato até 31 de dezembro de 2026 e quero entregar o país que prometi na campanha eleitoral. 2025 é o ano da colheita”, resumiu o presidente.

Perguntado sobre uma possível reforma ministerial, o chefe do Executivo disse que “essas palavras não existem na minha boca”.

“Mudar ou não mudar o governo pertence muito intimamente ao presidente da república. Eu estou contento com o meu governo, acho que todo mundo cumpriu o que tinha para fazer. E, ao longo do tempo, pode ser no meio do ano ou depois, eu posso trocar”, disse o presidente. “Eu mudo quando quiser, da mesma forma que coloquei quem eu queria, eu tiro quem eu quiser”, acrescentou.

“A economia vai continuar crescendo, a inflação vai continuar controlada, o povo vai ganhar mais, trabalhar mais e quando chegar a época da eleição, o povo vai exercer seu direito democrático de votar em quem quiser”, finalizou Lula.

Apesar da postura aparentemente despreocupada de Lula, membros do governo e do Partido dos Trabalhadores (PT) já discutem medidas para melhorar a percepção pública sobre a administração federal. Entre as propostas em análise estão a intensificação da comunicação das ações governamentais, o lançamento de novos programas sociais e a aceleração de obras de infraestrutura com potencial de gerar empregos. Além disso, há um esforço para ampliar o diálogo com setores da sociedade que demonstram insatisfação, como a classe média e o empresariado. O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, ressaltou a importância de mostrar à população os avanços alcançados pelo governo, destacando conquistas nas áreas econômica e social.Enquanto o governo busca estratégias para reverter a queda de popularidade, a oposição intensifica as críticas à administração Lula. Parlamentares da oposição argumentam que os resultados da pesquisa refletem o descontentamento da população com promessas não cumpridas e com a condução da economia. O cenário político tende a se acirrar nos próximos meses, com debates sobre reformas importantes, como a tributária, e a proximidade das eleições municipais de 2024. Nesse contexto, a capacidade do governo Lula de apresentar resultados concretos e melhorar a percepção da população sobre sua gestão será crucial para a manutenção da governabilidade e para as perspectivas eleitorais do PT e seus aliados nos próximos pleitos.

Desafios e perspectivas para o governo federal

A reação do presidente Lula à queda de popularidade evidencia os desafios que seu governo enfrenta para manter o apoio popular e avançar com sua agenda política. Nos próximos meses, será fundamental para a administração federal demonstrar capacidade de entrega em áreas prioritárias como economia, geração de empregos e programas sociais. A evolução dos indicadores econômicos e sociais, bem como a habilidade do governo em comunicar suas realizações, serão determinantes para a recuperação da popularidade presidencial e para o sucesso das políticas públicas em implementação.