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Lobo-terrível revive após avanço científico

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Cientistas recriam espécie extinta há 10 mil anos.

Um marco impressionante na biotecnologia foi alcançado com a recriação do lobo-terrível, espécie extinta há mais de 10 mil anos. Cientistas da empresa Colossal Biosciences aplicaram técnicas avançadas de edição genética usando DNA fóssil extraído de restos preservados em um dente de 13 mil anos e um crânio de 72 mil anos. A equipe conseguiu inserir características genéticas exclusivas do animal extinto em lobos-cinzentos, produzindo três filhotes batizados de Romulus, Remus e Khaleesi. Os animais, maiores e mais robustos que os lobos-cinzentos contemporâneos, foram gerados em um centro de preservação nos Estados Unidos e são considerados um marco na ciência de desextinção. Entretanto, o avanço abre debates éticos e científicos sobre os impactos e limitações desse processo.

Impactos e debates sobre a desextinção

Embora o feito tenha sido amplamente celebrado, a experiência de trazer o lobo-terrível de volta ao mundo levantou questionamentos. Especialistas argumentam que a recriação não representa uma verdadeira ressurreição da espécie, mas sim a criação de híbridos geneticamente alterados. A técnica utilizou a tecnologia CRISPR-Cas9 para modificar genes de lobos-cinzentos e introduzir características do lobo-terrível, mas limites tecnológicos impedem a recriação integral do DNA original. Cientistas como Corey Bradshaw destacam que essas práticas podem exagerar os resultados obtidos, já que o processo depende de adaptações que fogem ao genoma original. Apesar disso, o projeto reforça o potencial da biotecnologia em auxiliar na preservação e compreensão da biodiversidade.

Perspectivas para a ciência e a biodiversidade

A desextinção do lobo-terrível representa avanços significativos na genética e na preservação ambiental, mas também levanta dilemas éticos. O uso de cães como mães de aluguel e o impacto ecológico da introdução de espécies extintas são tópicos de preocupação. No entanto, a Colossal Biosciences argumenta que os conhecimentos adquiridos podem ser aplicados a espécies ameaçadas, como o lobo-vermelho e elefantes resistentes às mudanças climáticas. A empresa, que também trabalha para trazer de volta espécies como o mamute-lanoso e o tigre-da-Tasmânia, aposta que tais iniciativas podem ajudar a mitigar a perda da biodiversidade global. Com mais de 130 cientistas em sua equipe, a Colossal promete revolucionar a ciência de conservação e enfrentar os desafios ambientais do futuro.

O futuro da desextinção na biotecnologia

O feito da Colossal Biosciences, embora controverso, simboliza um avanço sem precedentes no campo da genética. A recriação de espécies extintas, como o lobo-terrível, abre caminhos para novas descobertas que podem redefinir a relação da humanidade com o meio ambiente. No entanto, é essencial avaliar os riscos e benefícios dessas práticas para minimizar efeitos adversos sobre os ecossistemas atuais. Cientistas continuam a monitorar os filhotes recriados para entender as implicações biológicas e comportamentais do experimento. À medida que novas tecnologias emergem, a humanidade se aproxima de um futuro em que a desextinção pode oferecer soluções concretas para preservar a biodiversidade e corrigir erros históricos que levaram à extinção de tantas espécies.

“Para a Colossal, a desextinção não se trata apenas de criar um organismo que se assemelhe a uma espécie extinta. Trata-se de unir a biodiversidade do passado com as inovações do presente, em um esforço para criar um futuro mais sustentável”, afirma a empresa em seu site.