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Lady Gaga reúne multidão e impulsiona economia carioca

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De ‘look picanha’ a quiosque VIP: como show de Lady Gaga movimenta economia no RJ.

Megashow gratuito transforma Copacabana em palco global.

No dia 3 de maio, a praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, tornou-se o epicentro de um dos maiores eventos musicais do ano, atraindo a atenção do mundo inteiro. A apresentação gratuita de Lady Gaga, marcada por uma superprodução inédita na orla carioca, reuniu aproximadamente 1,6 milhão de pessoas, segundo dados divulgados pela prefeitura do Rio. O evento foi planejado com uma estrutura grandiosa, capaz de transformar uma faixa de areia tradicionalmente movimentada em um verdadeiro palco internacional. O impacto imediato foi percebido tanto pela multidão formada por cariocas quanto pelos milhares de turistas nacionais e estrangeiros que chegaram à cidade especialmente para a ocasião. O show, realizado durante um feriado prolongado, proporcionou ainda mais tempo de permanência dos visitantes na capital fluminense, ampliando consideravelmente o movimento em hotéis, bares, restaurantes e comércios locais. Promovido pelo município em parceria com o setor privado, o evento buscou não só oferecer entretenimento gratuito de qualidade, mas também aquecer setores estratégicos da economia local.

O contexto que envolveu o show de Lady Gaga em Copacabana revela a dimensão do planejamento e da aposta do poder público em grandes eventos como motores da economia carioca. A escolha pelo mês de maio, considerado de baixa temporada para o turismo no Rio, foi estratégica, potencializando a taxa de ocupação hoteleira e fomentando o setor de serviços. De acordo com um estudo feito pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e pela Riotur, a expectativa era de um impacto de R$ 600 milhões na economia local, valor superior aos R$ 469,4 milhões gerados pelo show de Madonna no mesmo local em 2024. O levantamento aponta que turistas estrangeiros representaram cerca de 80% dos visitantes de fora, com permanência média de quatro dias e gasto diário de mais de R$ 590. Os turistas nacionais também contribuíram significativamente, enquanto os cariocas, embora gastem menos por dia, participaram em peso do evento. Além disso, a montagem do palco gerou cerca de quatro mil empregos temporários, promovendo geração de renda e ocupação em um momento importante para o comércio da capital fluminense.

A realização do megashow trouxe ainda reflexos imediatos para diferentes setores da cidade. A demanda por hospedagem disparou, com hotéis atingindo taxas de ocupação superiores a 70%, e estabelecimentos comerciais registraram aumento expressivo em vendas e serviços. A movimentação intensa contribuiu para aquecer ainda mais o PIB carioca, superando as expectativas do setor de turismo local e consolidando a imagem do Rio como destino privilegiado para grandes eventos internacionais. Empresários e especialistas observam que, embora o impacto econômico seja claramente positivo, ainda há espaço para aprimorar a transparência sobre o destino dos recursos arrecadados e potencializar o legado dessas iniciativas. A prefeitura, por sua vez, já estuda tornar o evento uma tradição anual, promovendo sempre em maio um grande show gratuito na praia de Copacabana, de maneira a estimular a economia local em períodos historicamente menos movimentados e projetar a cidade internacionalmente.

O sucesso do show de Lady Gaga em Copacabana evidencia o potencial transformador de eventos culturais de grande porte para o Rio de Janeiro. A multidão reunida, aliada à movimentação econômica expressiva e ao destaque midiático global, reforça que investir em programações desse tipo pode ser uma alternativa eficaz para dinamizar a economia local, aumentar a geração de emprego e consolidar a cidade como referência internacional em turismo e cultura. Para os próximos anos, a promessa da prefeitura é de garantir pelo menos um grande espetáculo anual no mês de maio, trazendo oportunidades para moradores, empresários e turistas. A expectativa é que a experiência bem-sucedida sirva de modelo para outros centros urbanos, mostrando como cultura e entretenimento podem caminhar lado a lado com desenvolvimento econômico e ampliação de oportunidades para toda a população do Rio.

Look picanha

Em pleno feriado do dia do trabalhador, uma longa fila com dezenas de pessoas contrastava com as portas de lojas fechadas no centro do Rio de Janeiro.

Com uma maioria de jovens, o grupo aguardou durante horas em pé para conseguir entrar no único estabelecimento aberto nas redondezas. Na porta, o letreiro neon chamava a atenção para o produto em destaque: “Picanha da Gaga”.

O local não é um açougue, nem vende comida, mas promete saciar os fãs da cantora sedentos por um look especial para ir ao show em Copacabana.

Depois de passar duas horas na fila, o professor Elias Nunes segurava orgulhoso, dentro da loja, uma das últimas unidades disponíveis para venda de uma blusa com estampa de carne.

Estava disposto a pagar cerca de R$ 150 pelo conjunto de roupa e boné com a mesma estampa para usar na noite do evento, apesar de ser vegetariano.

Siluana, a dona da loja, contou que fez uma montagem gráfica com várias imagens de carne para criar uma estampa semelhante ao icônico vestido.

“Nós não acreditávamos que ia ser esse sucesso todo, mas vimos a necessidade do mercado porque todo mundo oferece as mesmas coisas e os fãs querem ter produtos exclusivos. São peças que eles querem guardar como lembrança”, contou Siluana.

Até a véspera do show, Siluana contabilizava mais de mil peças vendidas com a estampa de carne, faturamento que diz compensar o ano todo de venda com os produtos infantis, agora restritos a apenas um corredor da loja.

Cercadinho VIP

Numa rápida caminhada pelo calçadão da praia de Copacabana é possível comprovar a disparada de preços pelo efeito Lady Gaga.

Os quiosques da orla estão cobrando ingressos para a entrada noite do show. São áreas conhecidas como “cercadinhos VIP”.

O Quiosque Palace é o mais próximo da frente do palco. E o mais caro. Um funcionário informou que o ingresso custa R$ 3 mil para ter acesso à área VIP, que vai ser cercada, mas sem direito a reserva de mesa e nem garantia de cadeira disponível.

Para isso, aconselha chegar cedo para garantir um lugar, mesmo com o preço alto do ingresso, anunciado como o segundo lote de vendas. O valor inclui banheiro privativo, comida e bebida liberadas.

O anúncio lista que serão servidos “salgadinhos diversos, frios, filé com fritas e espetinhos”.

Enquanto isso, basta caminhar alguns metros para conseguir um preço melhor. A 10 metros de distância, mais afastado do palco, o ingresso para acesso à área VIP custa R$ 2.500 no Quiosque Cabana. E se afastando mais um pouco, a 50 metros de distância, o valor cai para R$ 1.700 no Quiosque Nacho.

Para quem quer economizar ainda mais, o preço do ingresso despenca no Quiosque Finn, situado atrás do palco. Custa R$ 100 a reserva de uma mesa.

Rio aposta no calendário cultural para crescer ainda mais

O êxito do show de Lady Gaga representa mais do que a realização de um grande espetáculo musical em Copacabana. Ele consolida a estratégia de utilizar eventos culturais como agentes de transformação econômica para o Rio de Janeiro, especialmente em meses de sazonalidade reduzida no turismo. Com o engajamento massivo de público, o incremento das receitas no comércio e a movimentação de diferentes setores de serviços, o evento mostrou que o investimento em cultura e entretenimento gera retorno rápido e direto. O planejamento para os próximos anos prevê a realização de novos shows de porte semelhante, mantendo o Rio de Janeiro na rota dos principais eventos internacionais e fortalecendo sua imagem mundialmente. A expectativa é que o sucesso de 2025 não só gere impactos positivos imediatos, como contribua para a construção de um legado de crescimento sustentável, evidenciando o potencial da cidade em transformar oportunidades culturais em desenvolvimento econômico abrangente.

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