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Isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil será compensada com taxação dos mais ricos

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Medida deve beneficiar 36 milhões de contribuintes.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou uma mudança significativa na tributação do Imposto de Renda no Brasil. A partir de 2026, pessoas que ganham até R$ 5 mil mensais ficarão isentas do pagamento deste imposto. Esta medida, que era uma das principais promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deve beneficiar cerca de 36 milhões de contribuintes, representando 78,2% dos 46 milhões de contribuintes do país. O impacto fiscal estimado é de R$ 35 bilhões por ano aos cofres públicos. Para compensar essa perda de arrecadação, o governo planeja aumentar a taxação sobre os contribuintes de renda mais alta, especificamente aqueles que recebem mais de R$ 50 mil por mês.

A implementação desta nova política fiscal marca uma mudança significativa na estrutura tributária do país. Atualmente, a isenção do Imposto de Renda é aplicada apenas para quem recebe até R$ 2.824 por mês. Com a nova regra, esse limite será elevado para R$ 5.000, ampliando consideravelmente o número de brasileiros que não precisarão pagar este imposto. Esta medida visa aliviar a carga tributária sobre a classe média e os trabalhadores de menor renda, permitindo que uma parcela maior da população tenha mais recursos disponíveis para consumo e investimento. O anúncio foi feito em meio a um pacote mais amplo de ajustes no Orçamento federal, demonstrando a intenção do governo de realizar uma reforma fiscal abrangente.

Para compensar a perda de arrecadação decorrente da ampliação da faixa de isenção, o governo planeja implementar uma taxação progressiva sobre as rendas mais altas. Segundo Haddad, a alíquota efetiva será aumentada para quem ganha mais de R$ 50 mil por mês, considerando todas as fontes de renda, incluindo lucros e dividendos que atualmente são isentos. O ministro explicou que será aplicada uma alíquota de 10% sobre a renda total anual para esses contribuintes de alta renda. Por exemplo, uma pessoa com renda anual de R$ 600 mil deverá pagar R$ 60 mil de Imposto de Renda. Se o valor pago for menor, como R$ 35 mil, o contribuinte deverá complementar a diferença. Esta medida visa criar um sistema tributário mais equitativo, onde aqueles com maior capacidade contributiva assumem uma parcela maior da carga fiscal.

A implementação desta nova política fiscal representa um desafio significativo para o governo, que precisará navegar por complexidades legislativas e possíveis resistências políticas. O projeto de lei que trata da isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil está pronto e deve ser encaminhado em breve para a Câmara dos Deputados. No entanto, a discussão e a votação provavelmente ficarão para o ano de 2025, com a medida entrando em vigor apenas em 2026. Este cronograma permite um período de adaptação e discussão pública sobre as mudanças propostas. Além disso, o governo terá que garantir que a nova estrutura tributária seja implementada de forma eficiente e justa, evitando brechas que possam ser exploradas para evasão fiscal. O sucesso desta reforma tributária será crucial para o equilíbrio das contas públicas e para a percepção da equidade fiscal no país.

Impactos e perspectivas da nova política fiscal

A nova política de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais, combinada com a maior taxação dos mais ricos, representa uma mudança significativa na estrutura tributária brasileira. Essa medida tem o potencial de reduzir a desigualdade de renda no país, ao mesmo tempo em que busca manter a arrecadação necessária para o funcionamento do Estado. No entanto, sua implementação e os resultados efetivos serão acompanhados de perto por economistas, políticos e pela sociedade em geral nos próximos anos, à medida que o Brasil busca equilibrar justiça fiscal com crescimento econômico.