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Inflação impacta compras: 58% dos brasileiros compram menos alimentos

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Metade dos brasileiros diz ter reduzido o café após alta de preços, segundo Datafolha.

Redução de compras por inflação atinge maioria dos brasileiros.

A inflação continua a ser um dos maiores desafios enfrentados pelas famílias brasileiras, resultando em mudanças drásticas nos hábitos de consumo. De acordo com uma pesquisa recente do Instituto Datafolha, 58% da população relatou ter reduzido a quantidade de alimentos adquiridos ao longo dos últimos meses. O levantamento, realizado entre os dias 1 e 3 de abril de 2025, entrevistou 3.054 brasileiros em 172 municípios e revelou como as famílias estão modificando seu dia a dia diante do aumento dos preços. A maioria relatou medidas como escolher marcas de produtos mais baratas ou até mesmo reduzir o consumo de itens básicos, como café. A situação se agrava com 25% dos entrevistados afirmando não ter alimentos suficientes em casa.

Impactos econômicos e mudanças de hábito

A pesquisa também destacou que 80% dos brasileiros adotaram estratégias para minimizar o impacto da inflação. Entre as medidas mais comuns estão a redução de gastos com energia elétrica, água e gás, mencionada por 50% dos entrevistados, enquanto 47% afirmaram estar buscando fontes extras de renda. Além disso, 36% declararam diminuir a compra de medicamentos, evidenciando como a pressão econômica tem influenciado áreas essenciais do cotidiano. A alta dos preços de alimentos, como o café, que subiu 77,8% nos últimos 12 meses, intensifica as dificuldades enfrentadas por grande parte da população. A pesquisa também revelou diferenças nas percepções dos setores sociais, com apoiadores de diferentes correntes políticas avaliando a responsabilidade do governo federal de forma variada.

Análises sobre responsabilidade e ações governamentais

De acordo com o levantamento, mais da metade da população atribui grande responsabilidade ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelos aumentos recentes nos preços dos alimentos. O estudo também apontou que outros fatores, como a crise climática e os conflitos internacionais, têm influenciado a inflação, mas a percepção de culpa varia entre os diferentes segmentos sociais e faixas de renda. Enquanto 55% dos brasileiros de renda mais baixa também responsabilizam os produtores rurais, este percentual é reduzido entre os que recebem salários mais elevados. Em resposta, o governo federal tem implementado medidas, como a isenção de impostos de importação em produtos específicos, mas os efeitos práticos destas ações ainda não foram amplamente sentidos.

Perspectivas e desafios futuros

À medida que a inflação continua a pressionar a economia familiar, muitas questões permanecem sem resposta. Enquanto as políticas públicas buscam mitigar os efeitos da alta de preços, especialistas sugerem que soluções de longo prazo, incluindo ajustes na política fiscal e incentivos ao aumento da produção alimentícia, podem ser necessários para conter a crise. O impacto da inflação não se restringe apenas ao consumo, mas também molda as perspectivas econômicas e sociais do país. O cenário desafia tanto o governo quanto a população a buscar alternativas sustentáveis para enfrentar esta crise, especialmente diante da crescente pressão sobre as famílias de baixa renda. Embora algumas medidas tenham sido tomadas, o caminho para uma recuperação ainda parece repleto de obstáculos.

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