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Hugo Motta cobra responsabilidade fiscal do governo em meio à alta da inflação

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Hugo Motta alerta para descontrole dos gastos públicos e pede apoio a Haddad.

Deputado cobra responsabilidade fiscal em meio à alta da inflação.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, fez um alerta contundente sobre a necessidade de maior responsabilidade fiscal por parte do governo federal, em meio ao cenário de alta da inflação no país. Durante pronunciamento realizado na quarta-feira (12) em Brasília, Motta enfatizou que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, precisa de mais apoio interno do que externo para implementar sua agenda econômica. O deputado destacou a importância de se adotar medidas concretas para conter o avanço dos gastos públicos e equilibrar as contas, ressaltando que a situação atual das finanças públicas impacta diretamente indicadores como inflação, taxa de juros e câmbio. Motta argumentou que, sem um controle efetivo das despesas, o governo enfrentará dificuldades crescentes para manter a estabilidade econômica e cumprir suas metas fiscais.

O posicionamento do presidente da Câmara ocorre em um momento delicado para a economia brasileira, com a divulgação recente de dados que apontam para uma aceleração da inflação. De acordo com o IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou em fevereiro a maior alta para o mês em 22 anos, acumulando aumento de 5,6% nos últimos 12 meses. Esse cenário tem pressionado o Banco Central a manter a taxa básica de juros em patamares elevados, o que por sua vez dificulta a retomada do crescimento econômico. Motta enfatizou que o controle da inflação passa necessariamente por uma política fiscal mais austera, com redução do déficit público e contenção do crescimento da dívida. O deputado argumentou que, sem essas medidas, o país corre o risco de entrar em um ciclo vicioso de alta de preços e estagnação econômica.

Ao cobrar maior responsabilidade fiscal do governo, Hugo Motta também destacou a importância de se fortalecer o papel do Ministério da Fazenda na condução da política econômica. O deputado afirmou que Fernando Haddad tem demonstrado comprometimento com o ajuste das contas públicas, mas enfrenta resistências dentro do próprio governo para implementar medidas mais duras de contenção de gastos. Motta argumentou que é fundamental que o presidente Lula e sua equipe deem respaldo integral às propostas de Haddad, priorizando o equilíbrio fiscal como pilar central da estratégia econômica. O presidente da Câmara ressaltou que o Congresso está disposto a colaborar com a agenda de reformas necessárias para melhorar o ambiente de negócios e atrair investimentos, mas que isso depende de uma sinalização clara do Executivo sobre seu compromisso com a responsabilidade fiscal.

As declarações de Hugo Motta repercutiram rapidamente nos meios políticos e econômicos, sendo interpretadas como um recado direto ao Palácio do Planalto sobre a necessidade de ajustes na condução da política econômica. Analistas avaliam que o posicionamento do presidente da Câmara reflete uma preocupação crescente do mercado e de parte do Congresso com o rumo das contas públicas, em um cenário de pressões por aumento de gastos sociais e investimentos em infraestrutura. A expectativa é de que o governo apresente nos próximos dias medidas concretas para demonstrar seu compromisso com o controle fiscal, incluindo possíveis cortes de despesas e revisão de programas. O desafio será conciliar a necessidade de ajuste com as promessas de campanha e as demandas da base aliada, em um equilíbrio delicado que terá impactos diretos sobre a trajetória da inflação e as perspectivas de crescimento econômico para os próximos anos.

Perspectivas para o cenário econômico e fiscal

O debate sobre a responsabilidade fiscal promete ganhar ainda mais relevância nos próximos meses, à medida que o governo se aproxima da apresentação do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2026. A forma como o Executivo irá equilibrar suas metas fiscais com as demandas por investimentos e programas sociais será um termômetro importante para avaliar seu compromisso com o controle das contas públicas. Hugo Motta e outros líderes do Congresso já sinalizaram que estarão atentos a esse processo, prontos para cobrar medidas efetivas de contenção de gastos e melhoria da qualidade do gasto público. O desafio para o governo será encontrar um caminho que permita conciliar responsabilidade fiscal com as necessidades de desenvolvimento econômico e social do país, em um cenário global ainda marcado por incertezas.