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Haddad isenta Galípolo e aponta herança como causa dos juros altos

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Haddad isenta Galípolo e aponta herança como causa dos juros altos.

Ministro da Fazenda defende o presidente do Banco Central.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se pronunciou em defesa de Gabriel Galípolo, atual presidente do Banco Central, ao afirmar que ele não é responsável pela recente alta da taxa de juros no Brasil. Em uma coletiva de imprensa realizada no dia 20 de março de 2025, Haddad destacou que a situação financeira crítica é resultado de uma herança deixada pela gestão anterior, sob a liderança de Roberto Campos Neto. De acordo com o ministro, as dificuldades herdadas exigem que a política monetária seja administrada com cautela, evitando mudanças drásticas que poderiam provocar novas instabilidades econômicas. A alta da taxa básica de juros, definida em 14,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom), foi considerada uma medida necessária para lidar com os desafios inflacionários que o país enfrenta.

“Penso que esse aumento estava contratado pela última reunião do Copom do ano passado. Ainda sob a presidência do antigo presidente do BC, nomeado pelo Bolsonaro, você ‘contratou’ três aumentos bastante pesados na Selic, na última reunião do ano passado”, disse Haddad.

A dinâmica da política monetária e seus desafios

Haddad explicou que a decisão do Copom, que resultou no aumento da Selic, estava prevista, uma vez que os altos índices de juros já haviam sido indiretamente acordados em reuniões anteriores. Ele comentou que, apesar de ser uma obrigação do Banco Central, a nova gestão deve lidar com as consequências das decisões tomadas anteriormente, e que é fundamental que haja um planejamento estratégico para evitar choques que possam prejudicar a recuperação econômica. O ministro ressaltou a importância da colaboração entre o governo e o Banco Central para garantir o controle da inflação, citando que a continuidade na implementação de políticas direcionadas é crucial para estabilizar a economia brasileira.

“Você não pode na presidência do BC dar um cavalo de pau depois que assumiu, é uma coisa muito delicada. Novo presidente e diretores têm uma herança a administrar, assim como eu tinha uma herança a administrar depois de Paulo Guedes”, disse Haddad.

Impactos da alta da taxa Selic e a visão do mercado

A recente elevação da taxa de juros tem gerado um clima de apreensão no mercado financeiro, que observa a atuação do ministro da Fazenda com uma combinação de expectativa e crítica. Haddad, em seu discurso, procurou transmitir otimismo, expressando confiança de que a equipe do Banco Central está preparada para enfrentar os desafios e alcançar as metas inflacionárias. No entanto, pesquisas indicam que a percepção do mercado sobre seu desempenho não é das melhores, com uma maioria expressando desaprovação em relação às suas ações. Essa situação evidencia a dificuldade do governo em equilibrar medidas que atendam as necessidades de estabilidade econômica e a pressão por crescimento, refletindo um contexto em que a confiança do investidor é cada vez mais essencial para o desenvolvimento do país.

“Os técnicos do BC são qualificados, vão fazer e buscar o melhor pelo país. Mas têm um trabalho a fazer, o Executivo também tem trabalho a fazer, marco fiscal a cumprir. Vamos esse ano cumprir os nossos compromissos de meta. E o BC tem a meta de inflação também, assim como eu tenho a meta fiscal a cumprir. São metas sempre exigentes, mas que temos de buscar”, pontuou o ministro.

Perspectivas futuras e compromisso com a economia

Em conclusão, o papel de Haddad e Galípolo será fundamental para conduzir a economia brasileira rumo a uma recuperação sustentável. Com os desafios impostos pela alta dos juros e pela inflação, a colaboração mútua entre o governo e o Banco Central será um dos pilares para restabelecer a confiança dos investidores e promover um crescimento saudável. O compromisso do governo em agir de maneira cautelosa e planejada, assim como a disposição do Banco Central em seguir a direção estabelecida, são sinais positivos para o futuro econômico do Brasil. Assim, será necessário que ambas as partes se mantenham alinhadas nas suas metas, de forma a garantir um ambiente econômico estável e propício ao crescimento.