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Haddad fala sobre a dificuldade de vencer a polarização

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Haddad comenta desafios econômicos.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou em março que não era possível “corrigir 7 anos de má administração em 2 anos”, referindo-se aos governos anteriores de Michel Temer e Jair Bolsonaro, e destacando os esforços do atual governo para reverter o cenário econômico herdado. Entre as ações, destacou a isenção de impostos federais sobre os itens da cesta básica e a aprovação de uma emenda constitucional que, a partir de 2027, impedirá os governos estaduais de tributarem esses produtos essenciais.

O ministro da Fazenda reiterou que essas medidas, combinadas com a política de valorização do salário mínimo, visam proteger o poder de compra da população, especialmente dos mais vulneráveis, diante dos desafios econômicos enfrentados pelo país.Ao concluir suas observações, Haddad reafirmou o compromisso do governo em buscar soluções de longo prazo para os problemas econômicos do Brasil.

O ministro enfatizou a necessidade de paciência e persistência na implementação de políticas econômicas sustentáveis, reconhecendo que a recuperação completa da economia brasileira é um processo que demandará tempo e esforço contínuo. Haddad manifestou otimismo quanto ao futuro, destacando o potencial do país para superar os desafios atuais e retomar uma trajetória de crescimento econômico inclusivo e sustentável.

Ministro fala sobre dificuldade de vencer ‘má polarização’

Durante a cerimônia de celebração dos 60 anos do Banco Central do Brasil (BC), realizada nesta quarta-feira (2), Haddad ressaltou que o BC vive um novo momento, após passar “por uma transição complexa e inédita” e enfatizou a relevância de uma visão institucional que ajude a superar a polarização política negativa e construir um projeto de país sustentável e democrático.

Segundo ele, a boa polarização ocorre quando há um debate democrático saudável, enquanto a má polarização impede a formulação de uma agenda de Estado. “A má polarização é quando a tensão entre os polos impede uma agenda de Estado, quando você não consegue construir um projeto de país, que numa democracia vai passar por alternância de poder”, afirmou.

De acordo com o ministro, a responsabilidade de quem está na vida pública é garantir que a passagem de um governo para o outro não coloque a perder o que é essencial para o projeto nacional. “Aquilo que é essencial da continuidade do Brasil enquanto nação, das perspectivas de emancipação do país em termos políticos, em termos econômicos, em termos sociais e, hoje, em termos ambientais”, pontuou.

“Ao comentar a transição entre Roberto Campos Neto e Gabriel Galípolo na chefia do Banco Central, feita “de muita boa vontade”, segundo ele, Haddad alertou: “Se não tivermos uma visão institucional do país, dificilmente nós vamos vencer a má polarização política”.

“O que nós queremos é que exista uma pluralidade de vozes no campo político, e que o cidadão ouvindo as várias percepções do mundo, arbitre em torno dessas questões”, defendeu o titular da Fazenda.

De acordo com ele, a responsabilidade de quem está na vida pública é “zelar” que as passagens de um governo para o outro “não venha colocar a perder aquilo que é essencial para o projeto nacional, daquilo que é essencial da continuidade do Brasil”.

Além disso, Haddad citou que o “dia de hoje é muito particular” para o mundo. Essa fala pode ser lida como uma referência indireta às novas medidas protecionistas dos Estados Unidos, anunciadas pelo presidente Trump.

“Tenho certeza que vamos continuar produzindo os melhores resultados. Não é fácil o momento que estamos vivendo. É um desafio global muito interessante, todo mundo muito apreensivo. O dia de hoje é muito particular, que o mundo está vivendo, outros virão com essa mesma intensidade, mas quanto mais tivermos clareza”, completou ele.