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Fraga propõe congelar salário mínimo por seis anos

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Economista prevê benefícios econômicos com congelamento.

Durante a Brazil Conference, realizada na Universidade de Harvard e no MIT, nos Estados Unidos, o economista Armínio Fraga propôs o congelamento do salário mínimo por seis anos em termos reais como medida para conter a crise previdenciária no Brasil. A declaração foi feita no sábado, 12 de abril de 2025, e gerou repercussões imediatas. Segundo Fraga, ex-presidente do Banco Central, a medida seria crucial para reduzir os crescentes gastos públicos com previdência, que ele descreveu como assustadores. O economista destacou que, devido ao envelhecimento da população e às regras previdenciárias atuais, medidas drásticas são necessárias para equilibrar as contas públicas e evitar uma deterioração ainda maior do sistema fiscal.

Contexto e justificativas da proposta

O argumento de Armínio Fraga para o congelamento é fundamentado no impacto do salário mínimo sobre os custos da previdência e da folha de pagamentos públicas. De acordo com o economista, cerca de 80% dos gastos primários do governo estão concentrados em previdência e salários de servidores públicos, o que coloca o Brasil em uma posição financeira extremamente difícil. Além disso, Fraga destacou que a política atual de reajustes anuais acima da inflação não é sustentável para a economia brasileira. Ele defendeu a necessidade de uma reforma ampla e radical no setor público como forma de reorganizar as prioridades de gastos e estabelecer uma base mais sólida para o crescimento econômico do país.

Impactos e críticas à proposta

A sugestão de congelamento do salário mínimo gerou críticas de diversos setores da sociedade, especialmente entre políticos e economistas que apontam o efeito negativo que tal medida teria para os trabalhadores mais pobres. Muitos argumentam que o salário mínimo é uma referência essencial não apenas para remunerações, mas também para benefícios sociais como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Segundo analistas, a proposta de Fraga demonstra uma desconexão com a realidade de milhões de brasileiros que enfrentam o aumento do custo de vida e a precarização do mercado de trabalho. Críticos também afirmam que medidas alternativas, como a revisão das políticas tributárias para as classes mais altas, poderiam aliviar as contas públicas sem prejudicar os trabalhadores de baixa renda.

Perspectivas futuras e conclusões

Apesar da controvérsia, Fraga sustenta que o congelamento do salário mínimo em termos reais é um passo necessário para a sustentabilidade fiscal do Brasil. Ele defende que, além dessa medida, o país precisa implementar reformas estruturais no setor público, incluindo uma reorganização dos gastos e uma redução do peso das aposentadorias nas contas do governo. Enquanto o debate continua, especialistas ressaltam que qualquer solução deve equilibrar os interesses fiscais com a proteção ao poder de compra da população mais vulnerável. A discussão sobre a proposta de Fraga promete ser um tema central nas próximas semanas, com desdobramentos significativos para a política econômica brasileira e seu impacto social.

 




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