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Exportações de ovos do Brasil para os EUA crescem mais de 800% nos primeiros quatro meses de 2025

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Surto de gripe aviária nos Estados Unidos impulsiona demanda por produtos brasileiros.

O Brasil registrou um aumento extraordinário nas exportações de ovos para os Estados Unidos entre janeiro e abril de 2025, com um crescimento impressionante de 816% em comparação com o mesmo período do ano anterior. De acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) na segunda-feira (12), os embarques totalizaram 5.569 toneladas nos primeiros quatro meses deste ano, enquanto no mesmo intervalo de 2024 foram exportadas apenas 608 toneladas para o mercado norte-americano. Este crescimento exponencial está diretamente relacionado ao surto de gripe aviária que afetou severamente a produção avícola nos Estados Unidos, dizimando milhares de aves e provocando um significativo aumento no preço dos ovos no mercado interno americano. A situação favorável para as exportações brasileiras se consolidou especialmente a partir de 2 de fevereiro deste ano, quando as autoridades norte-americanas ampliaram a permissão de importação, passando a adquirir ovos brasileiros também para consumo humano, e não apenas para fabricação de produtos para animais de estimação, como ocorria anteriormente. O Brasil se beneficia de sua condição sanitária privilegiada, uma vez que não apresenta registros da doença em granjas comerciais, o que tem fortalecido sua posição como fornecedor confiável no mercado internacional.

O expressivo crescimento nas exportações de ovos para os Estados Unidos contribuiu significativamente para o desempenho geral do setor no Brasil. Considerando todos os mercados internacionais, as exportações brasileiras de ovos, incluindo produtos in natura e processados, totalizaram 13 mil toneladas entre janeiro e abril de 2025, representando um aumento de 133,8% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Em termos de receita, os embarques geraram US$ 28,3 milhões neste quadrimestre, um crescimento impressionante de 152,6% em relação aos US$ 11,2 milhões registrados no mesmo intervalo de 2024. Somente em abril, o Brasil exportou 4,3 mil toneladas de ovos, volume 271% superior ao registrado no mesmo mês do ano passado, quando foram embarcadas 1,17 mil toneladas. A receita obtida apenas em abril alcançou US$ 10,57 milhões, representando um aumento de 252,9% em comparação aos US$ 2,99 milhões registrados no mesmo período de 2024. Além dos Estados Unidos, que lideraram as compras em abril com 2,8 mil toneladas, outros importantes destinos das exportações brasileiras de ovos incluem Japão, México e Chile, consolidando a diversificação dos mercados atendidos pelo Brasil neste segmento.

A mudança nas regras de importação dos Estados Unidos, permitindo a compra de ovos brasileiros para consumo humano a partir de fevereiro deste ano, representou um marco importante para o setor avícola nacional. Antes dessa alteração, os ovos brasileiros eram destinados exclusivamente para uso industrial na fabricação de produtos para animais de estimação no mercado norte-americano, o que limitava significativamente o volume comercializado. A nova configuração do mercado, impulsionada pela crise sanitária nos Estados Unidos, abriu oportunidades sem precedentes para os produtores brasileiros, que têm conseguido atender à crescente demanda com produtos de qualidade reconhecida internacionalmente. O Brasil tem se destacado no cenário global pela ausência de casos de gripe aviária em estabelecimentos comerciais, resultado de um rigoroso sistema de vigilância sanitária e de medidas preventivas implementadas pelo setor produtivo em parceria com órgãos governamentais. Esta condição privilegiada tem fortalecido a confiança dos compradores internacionais nos produtos avícolas brasileiros, não apenas em relação aos ovos, mas também em outros segmentos da cadeia produtiva. A capacidade de resposta rápida do setor produtivo brasileiro frente ao aumento da demanda internacional demonstra a maturidade e o potencial da avicultura nacional para conquistar e consolidar novos mercados.

As perspectivas para o setor de exportação de ovos do Brasil permanecem extremamente positivas para os próximos meses, com a expectativa de manutenção ou até mesmo ampliação dos volumes comercializados, especialmente enquanto persistirem os problemas sanitários nos Estados Unidos. A continuidade do surto de gripe aviária no território norte-americano, com seus impactos sobre a produção local e os preços internos, deve sustentar a forte demanda por ovos brasileiros, criando um cenário favorável para os exportadores nacionais. Analistas do setor avaliam que esta janela de oportunidade pode contribuir para uma reestruturação permanente dos fluxos comerciais, possibilitando que o Brasil estabeleça uma presença mais sólida e duradoura no mercado norte-americano, mesmo após a eventual normalização da situação sanitária. O desafio para o setor produtivo brasileiro será manter os elevados padrões de qualidade e biossegurança que têm garantido o status sanitário privilegiado do país, enquanto amplia sua capacidade produtiva para atender à crescente demanda internacional. Além disso, a diversificação dos mercados de destino, com o fortalecimento da presença brasileira em países como Japão, México e Chile, representa uma estratégia importante para reduzir a dependência de mercados específicos e garantir a sustentabilidade do crescimento das exportações no longo prazo. A experiência acumulada neste período de expansão acelerada poderá contribuir significativamente para o amadurecimento do setor exportador de ovos do Brasil, consolidando sua posição como um dos principais fornecedores globais deste importante produto proteico.

Impacto econômico e perspectivas para o setor avícola brasileiro

O expressivo aumento nas exportações de ovos para os Estados Unidos não apenas gera impactos positivos imediatos na balança comercial brasileira, mas também fortalece toda a cadeia produtiva do setor avícola nacional. Com a crescente demanda internacional e a valorização do produto brasileiro nos mercados globais, espera-se que os produtores nacionais continuem investindo em tecnologia, biossegurança e ampliação da capacidade produtiva, consolidando o Brasil como um fornecedor confiável e competitivo no cenário mundial. A manutenção do status sanitário privilegiado do país será fundamental para assegurar a continuidade deste ciclo virtuoso de crescimento, reforçando a importância das políticas de vigilância e controle sanitário implementadas pelo setor público em parceria com a iniciativa privada.

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