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Eduardo Bolsonaro intimado pela PF após críticas a delegado

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Deputado relata intimação e promete ação judicial.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) divulgou um vídeo nesta segunda-feira (10/02) relatando ter sido intimado pela Polícia Federal devido a declarações feitas contra o delegado Fabio Alvarez Shor. O parlamentar, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou que a intimação ocorreu em razão de ter chamado o delegado de “cachorrinha” e “putinha” do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Eduardo Bolsonaro, que disse estar embarcando para os Estados Unidos no momento da intimação, classificou a atitude da PF como uma “afronta” aos demais congressistas e prometeu buscar a procuradoria da Câmara para sua defesa.

O episódio se insere em um contexto de crescente tensão entre apoiadores do ex-presidente Bolsonaro e autoridades responsáveis por investigações que miram o antigo governo. O delegado Fabio Alvarez Shor ganhou notoriedade por conduzir inquéritos que envolvem Jair Bolsonaro, incluindo a investigação sobre as chamadas milícias digitais. Esta atuação o tornou alvo de críticas por parte de políticos alinhados ao ex-presidente. Recentemente, Shor foi promovido a chefe da Divisão de Investigações e Operações de Contrainteligência da Polícia Federal, o que intensificou os ataques verbais por parte de seus opositores políticos.

Em sua reação à intimação, Eduardo Bolsonaro não se limitou a criticar a ação da Polícia Federal, mas também fez ameaças diretas ao delegado Shor. O deputado declarou estar preparando um estudo para entrar com uma ação por abuso de autoridade contra o delegado em sua pessoa física. “Vocês utilizam da covardia do estado para me prejudicar no meu CPF porque dou trabalho a vocês, ao regime ditatorial brasileiro, a essa ‘juristocracia'”, afirmou o parlamentar no vídeo. Eduardo Bolsonaro também mencionou sua condição de licenciado da Polícia Federal, insinuando que poderia retornar à corporação caso não seja reeleito, em uma aparente tentativa de intimidação.

O caso levanta questões sobre os limites da imunidade parlamentar e da liberdade de expressão, especialmente quando se trata de críticas a autoridades públicas. Enquanto alguns defendem que as declarações de Eduardo Bolsonaro estão protegidas por sua prerrogativa como deputado federal, outros argumentam que há limites para o discurso político, especialmente quando envolve ameaças ou difamação. A repercussão deste episódio promete alimentar debates sobre a relação entre os poderes e o papel da Polícia Federal em investigações que envolvem figuras políticas proeminentes. À medida que o caso se desenrola, é provável que surjam novos desdobramentos jurídicos e políticos, potencialmente impactando o cenário político nacional.

Implicações para o cenário político e jurídico

A controvérsia envolvendo Eduardo Bolsonaro e a Polícia Federal evidencia as tensões persistentes no cenário político brasileiro. O episódio pode ter repercussões significativas, não apenas para o deputado em questão, mas também para as relações entre o Legislativo e as instituições de investigação e controle. A forma como este caso será conduzido pelas autoridades competentes e a resposta do Congresso Nacional serão cruciais para determinar os precedentes futuros em situações semelhantes, podendo influenciar o equilíbrio entre os poderes e a extensão da imunidade parlamentar no país.