Dia da Cegonha Reborn é oficializado no Rio de Janeiro

Dia da Cegonha Reborn oficializa reconhecimento às artesãs de bonecas realistas no Rio.
Homenagem consolida espaço das artesãs de bebês reborn.
A Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou, na última quarta-feira, 7 de maio de 2025, o projeto de lei que institui o Dia da Cegonha Reborn no calendário oficial da cidade, uma iniciativa que presta homenagem direta às artesãs responsáveis pela criação dos bebês reborn, bonecas realistas que simulam recém-nascidos com um impressionante nível de detalhe. O projeto, de autoria do vereador Vitor Hugo (MDB), propõe que a data seja celebrada anualmente em 4 de setembro, visando reconhecer a importância sociocultural e emocional das profissionais conhecidas como “cegonhas”. A proposta passou em segunda votação e aguarda agora a sanção do prefeito Eduardo Paes (PSD). O reconhecimento surge em um contexto de crescente popularidade dessas bonecas, que além de conquistarem colecionadores, também desempenham papel relevante em terapias envolvidas no tratamento de lutos e traumas. Segundo a justificativa do projeto, as crianças reborn não são apenas peças de coleção, mas verdadeiras ferramentas de apoio psicológico, sendo adotadas por mães e pais enlutados em momentos delicados de recomposição emocional. A aprovação do projeto marca um avanço no reconhecimento do trabalho artesanal, destacando o valor social dessas mulheres que transformam arte em conforto e acolhimento para inúmeras famílias cariocas.
No movimento que levou à aprovação do Dia da Cegonha Reborn, destaca-se a mobilização organizada das artesãs e entusiastas do universo reborn, especialmente após um encontro realizado em 2022 na Estrada do Portela, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Foi a partir desse evento que o grupo “Cegonha Reborn” se consolidou, reunindo profissionais e apoiadores que passaram a lutar por maior reconhecimento e visibilidade das atividades criativas relacionadas à confecção dos bonecos hiper-realistas. O vereador Vitor Hugo defendeu que o nascimento de um bebê, seja ele biológico ou reborn, é um marco importante para muitas mulheres, e que o trabalho dessas artesãs merece ser valorizado pelo seu impacto emocional e cultural. O texto do projeto ressalta ainda o uso dessas bonecas como instrumentos terapêuticos, adotados por psicólogos em processos de recomposição emocional, especialmente em casos de luto parental. Outro aspecto abordado é o fenômeno global das bonecas reborn, que vêm ganhando espaço não só como objetos de coleção, mas também como parte de uma nova cultura afetiva e artística.
Impacto cultural e terapêutico das bonecas realistas no cotidiano carioca
O efeito das bonecas reborn na sociedade vai além do simples entretenimento ou do caráter decorativo. Dados recentes de pesquisas de tendência revelam que o interesse por bebês reborn atingiu níveis recordes de busca nos últimos meses, consolidando o produto como verdadeiro fenômeno cultural e emocional no Brasil e no mundo. As redes sociais desempenham papel fundamental nesse processo, com relatos de usuários que apontam o conforto emocional e a sensação de acolhimento proporcionados pela adoção dessas bonecas hiper-realistas. O projeto de lei aprovado na Câmara do Rio reconhece o trabalho minucioso das artesãs, que costuram, pintam e montam cada boneca a partir de fotografias ou descrições detalhadas, com o objetivo de entregar um produto que simula com precisão as feições e expressões de um bebê real. Além do aspecto artesanal, a utilização dos bebês reborn em contextos terapêuticos tem sido validada por profissionais de saúde mental, especialmente em situações de perda gestacional ou neonatal, servindo como apoio para o restabelecimento psicológico de mães e pais em processo de luto. O reconhecimento público desse trabalho, oficializado no calendário municipal, representa não apenas uma vitória para as artesãs, mas também para todos que encontram nessas criações uma forma de ressignificar sentimentos e superar desafios emocionais.
O mercado de bonecas reborn no Brasil segue aquecido, com muitas artesãs locais apostando no trabalho manual e na personalização para conquistar clientes que buscam bonecos cada vez mais realistas. O apelo terapêutico e afetivo aliado ao contexto de pandemia e distanciamento social impulsionou ainda mais o interesse por esse tipo de produto, levando a uma ampliação significativa do público consumidor e do número de profissionais dedicados à arte reborn. Os encontros e feiras dedicados ao tema aumentaram a integração entre artesãs e colecionadores, promovendo troca de experiências e incentivo à profissionalização do segmento. Em paralelo, o reconhecimento legislativo impulsiona a percepção positiva diante do público leigo, desmistificando ideias preconcebidas e evidenciando a relevância das cegonhas como agentes transformadoras de histórias de vida.
Reconhecimento abre portas para novas perspectivas ao universo reborn
A aprovação do Dia da Cegonha Reborn no calendário oficial do Rio de Janeiro representa um marco simbólico que pode inspirar outras cidades e estados brasileiros a valorizarem o trabalho artesanal das mulheres envolvidas na confecção dos bebês reborn. Ao colocar em destaque a contribuição cultural, artística e terapêutica dessas profissionais, a nova data cria um espaço para debates sobre saúde mental, criatividade, maternidade alternativa e o papel do artesanato contemporâneo. Espera-se que, a partir desse reconhecimento, haja maior adesão e visibilidade tanto para as artesãs quanto para todos aqueles que buscam apoio emocional nos bonecos realistas. Perspectivas futuras incluem o fortalecimento de redes de apoio, incentivo à formação especializada e, principalmente, o respeito cada vez maior à diversidade de práticas que promovem bem-estar e acolhimento na sociedade. O universo reborn, antes marginalizado ou visto apenas como hobby, ganha status de movimento cultural relevante, capaz de construir pontes afetivas e transformar vidas através da arte e sensibilidade de suas criadoras.
O passo dado pela Câmara do Rio tende a estimular iniciativas semelhantes em outras partes do país, facilitando o surgimento de políticas públicas e eventos voltados para o fortalecimento do segmento reborn. Com a nova data, espera-se que escolas, instituições de saúde, espaços culturais e a própria mídia passem a discutir com mais profundidade os benefícios terapêuticos e sociais dos bonecos realistas, multiplicando exemplos de superação e acolhimento. O reconhecimento oficializa o papel dessas artesãs e amplia o horizonte para parcerias, formação de novos grupos organizados e produção de conhecimento sobre o tema. A sociedade carioca passa a contar, a partir de agora, com uma data que simboliza não só a valorização do fazer artesanal, mas também o respeito à pluralidade de afetos e práticas maternas que compõem o cotidiano urbano, dando visibilidade a histórias de amor, resiliência e criatividade.
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