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Deputado aciona MPF contra cantor Oruam por divulgar apostas irregulares

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Kim Kataguiri denuncia promoção de sites de apostas não autorizados.

O deputado federal Kim Kataguiri (União-SP) protocolou uma representação no Ministério Público Federal (MPF) contra o cantor Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam, por divulgar sites de apostas irregulares. A denúncia, apresentada na terça-feira (11), reúne evidências de publicações do artista nas redes sociais promovendo as plataformas “Festa7” e “Xiyou”, que operam sem autorização do Ministério da Fazenda. Kataguiri solicita ao MPF que tome medidas judiciais para responsabilizar o cantor e encaminhe o caso à Polícia Federal e Receita Federal para investigação de possíveis crimes como lavagem de dinheiro e sonegação fiscal, tanto por parte de Oruam quanto das empresas de apostas envolvidas.

A ação do parlamentar surge em um contexto de crescente preocupação com a proliferação de sites de apostas não regulamentados no Brasil. Oruam, filho de Marcinho VP, apontado como líder de uma organização criminosa no Rio de Janeiro e preso desde 1996, ganhou notoriedade no cenário do trap nacional em 2021. A denúncia contra o cantor levanta questões sobre a responsabilidade de figuras públicas na promoção de atividades potencialmente ilegais. Kataguiri argumenta que a publicidade de empresas sem autorização, impulsionada por pessoas famosas, agrava a concorrência desleal em relação às operadoras que seguem as normas e aumenta o risco aos consumidores devido à falta de fiscalização.

O caso ganha ainda mais relevância considerando o recente “projeto Anti-Oruam” protocolado por Kataguiri na Câmara dos Deputados. Esta proposta legislativa visa proibir a apologia ao crime organizado e ao consumo de drogas em shows e eventos contratados pelo Governo Federal. A iniciativa, que aguarda definição do presidente da Câmara para começar a tramitar, recebeu este nome após a vereadora de São Paulo, Amanda Vettorazzo, apresentar um projeto similar na Câmara Municipal em janeiro. A polêmica em torno de Oruam se intensifica com estas ações, levantando debates sobre liberdade de expressão artística, responsabilidade social de influenciadores e os limites da regulamentação no setor de entretenimento e apostas online.

A denúncia ao MPF e o projeto de lei refletem uma tendência crescente de escrutínio sobre as atividades de artistas e influenciadores digitais, especialmente aqueles com grande alcance entre o público jovem. O caso de Oruam coloca em evidência a complexa relação entre a indústria do entretenimento, o mercado de apostas online e a legislação brasileira. À medida que o debate se desenrola, é provável que vejamos desdobramentos significativos tanto no âmbito legal quanto no cenário cultural do país. A forma como as autoridades lidarão com esta denúncia poderá estabelecer precedentes importantes para futuras regulamentações no setor de apostas online e na responsabilização de figuras públicas por suas ações promocionais.

Impactos da denúncia no cenário artístico e regulatório

A denúncia contra Oruam e as subsequentes ações legislativas propostas por Kim Kataguiri têm o potencial de gerar mudanças significativas no cenário artístico e regulatório brasileiro. O desfecho deste caso poderá influenciar não apenas a carreira do cantor, mas também estabelecer novos parâmetros para a atuação de artistas e influenciadores digitais em relação à promoção de produtos e serviços online. Além disso, o episódio pode acelerar discussões sobre a regulamentação do mercado de apostas no Brasil, pressionando por uma legislação mais clara e rigorosa que proteja os consumidores e garanta a operação legal das empresas do setor.