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Defesa de Bolsonaro contesta depoimento de Cid no STF

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Defesa de Bolsonaro desafia versão de Cid em depoimento no STF.

Advogado aponta contradições e reforça apoio à defesa.

O advogado Celso Vilardi, responsável pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, adotou postura firme durante o interrogatório de Mauro Cid no Supremo Tribunal Federal (STF) em 10 de junho de 2025. Vilardi afirmou publicamente que Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, apresentou um depoimento repleto de contradições e com “memória absolutamente seletiva”, pontuando que o militar recorda alguns fatos enquanto convenientemente esquece outros. Segundo o advogado, o depoimento de Cid à Polícia Federal incluiu informações sobre encontros com empresários no Palácio do Planalto que, de acordo com a defesa, nunca ocorreram. Celso Vilardi detalhou que “a reunião com empresários nunca aconteceu” e enfatizou que Cid estaria “construindo uma narrativa” descolada da realidade dos fatos envolvendo Bolsonaro. O advogado, ao rebater pontos do depoimento, destacou que o ex-presidente jamais ultrapassou as linhas constitucionais, e que as alegações de Cid, por apresentarem inconsistências, acabam por fortalecer ainda mais os argumentos da defesa. Essas afirmações sustentam a estratégia de descredibilizar o depoente e proteger Bolsonaro das acusações que vêm sendo dirigidas ao ex-presidente na Suprema Corte.

Estratégia de defesa busca afastar Bolsonaro de acusações

O depoimento de Mauro Cid no STF se tornou um dos principais pontos de discussão da semana, especialmente pelo papel central que atribuiu a Jair Bolsonaro em reuniões e decisões tomadas nos meses finais de 2022. Entretanto, a defesa do ex-presidente vem reiterando que Cid não apresentou provas materiais que sustentem suas alegações, e sim declarações fundamentadas em relatos sem comprovação factual. Durante o interrogatório, Vilardi buscou detalhar perguntas sobre supostos encontros, mensagens de áudio e outros elementos citados por Cid, questionando a veracidade e a existência desses episódios. Um dos pontos mais ressaltados pela defesa foi a ausência de qualquer registro de reunião entre Bolsonaro e empresários no Palácio do Planalto, sugerindo clara tentativa de vincular o ex-presidente a decisões e articulações que não ocorreram. O contexto reforça a linha adotada pela equipe jurídica de Bolsonaro, de que há uma tentativa de construir uma narrativa desfavorável baseada em depoimentos contraditórios, e não em evidências diretas. Esses elementos demonstram a importância dada à estratégia jurídica para reforçar o discurso de que Bolsonaro atuou dentro dos limites constitucionais e que declarações desconexas não podem sustentar acusações graves.

Impacto das contradições e repercussão do depoimento

O depoimento de Mauro Cid causou intenso debate no meio jurídico e político, não apenas pela quantidade de informações apresentadas, mas também pelo modo como os advogados de defesa de Jair Bolsonaro reagiram. As supostas contradições apontadas por Celso Vilardi vêm sendo utilizadas para questionar a credibilidade de Cid e sugerir que seu papel como delator pode estar influenciando suas declarações. O áudio apresentado pela defesa, no qual Cid afirma que Bolsonaro teria “desistido de qualquer ação mais contundente” após o resultado das eleições de 2022, é citado como evidência de que o ex-presidente manteve postura moderada e sem intenções de extrapolar a legalidade. O advogado insiste que trechos do depoimento de Cid acabam ajudando a tese da defesa, já que confirmam que Bolsonaro não incentivou ações fora da Constituição. Na arena pública, o episódio intensificou discussões sobre o uso de delações premiadas e o peso de depoimentos em investigações sensíveis no âmbito federal. O foco se mantém nos efeitos jurídicos dessas contradições e na forma como elas moldam a percepção social e política do caso.

Perspectivas da defesa e próximos passos no processo

Com as declarações recentes e a exposição das supostas falhas no depoimento de Mauro Cid, a defesa de Jair Bolsonaro busca consolidar uma narrativa de inconsistências nas investigações e fortalecer o argumento de que o ex-presidente não pode ser responsabilizado sem provas sólidas. Advogados consideram que a instabilidade do relato de Cid será peça-chave para futuras movimentações judiciais, pretendendo utilizar as contradições não apenas para contestar as acusações, mas também para pedir a reavaliação da credibilidade do colaborador. A expectativa é de que as inconsistências apontadas sirvam para desacreditar novas tentativas de vincular Bolsonaro a decisões e supostos encontros não comprovados. O ambiente político segue atento ao desenrolar do processo, que deve ganhar novos capítulos à medida que mais informações surgirem e outros envolvidos também sejam ouvidos pela Justiça.

Para acompanhar a cobertura completa dos desdobramentos desse caso, acesse a seção Justiça do Portal Rádio London.

Ex-Comandante da Marinha Nega Apoio a Golpe em Depoimento ao STF

O ex-comandante da Marinha, Almir Garnier Santos, afirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF) na terça-feira que não colocou tropas à disposição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para um golpe de Estado, conforme delação do ex-ajudante de ordens Mauro Cid. Em depoimento ao ministro Alexandre de Moraes, Garnier negou ter apoiado propostas golpistas durante reunião em 7 de dezembro de 2022, com Bolsonaro, o então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, e os chefes do Exército e da Marinha.

“Não houve deliberações, e o presidente não abriu a palavra. Ele expressou preocupações e análises, sem indicar intenção clara de agir”, declarou Garnier, sugerindo que Bolsonaro estava preocupado com a segurança pública após protestos pós-eleições, como bloqueios de rodovias e manifestações em frente a quarteis.

Na reunião, Bolsonaro apresentou um documento questionando a condução do processo eleitoral, alegando interferências do STF e do TSE contra sua campanha. Contrariando Garnier, os ex-comandantes do Exército, Freire Gomes, e da Aeronáutica, Baptista Júnior, afirmaram que o almirante foi o único chefe militar a se colocar à disposição do ex-presidente para ações golpistas, embora não na reunião de 7 de dezembro.

Freire Gomes relatou que Garnier expressou apoio em outro encontro, enquanto Baptista Júnior descreveu o almirante como “passivo” em discussões, mas confirmou que ele ofereceu tropas da Marinha a Bolsonaro. A Procuradoria-Geral da República (PGR) reforça a denúncia, apontando Garnier como único comandante favorável ao golpe, com depoimentos de Freire Gomes e Baptista Júnior destacando sua postura, enquanto aliados de Bolsonaro o elogiavam como “patriota”.

Garnier, comandante da Marinha em 2021 e 2022, foi alvo de busca e apreensão em fevereiro de 2024, quando a Polícia Federal investigou a trama golpista. Seu celular, com o WhatsApp apagado, foi analisado, mas não revelou informações relevantes. O almirante responde por crimes como golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e associação criminosa armada, com penas que podem superar 40 anos.

Figura controversa, Garnier mobilizou tanques em Brasília durante votação da PEC do voto impresso em 2021, recusou a cerimônia de passagem de comando da Marinha em 2023 e não recebeu o ministro da Defesa de Lula, José Múcio Monteiro, na transição de governo. Seu depoimento é o terceiro na fase atual do processo, após Mauro Cid e Alexandre Ramagem, com Anderson Torres, Augusto Heleno, Bolsonaro, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto na sequência.

A investigação segue sob tensão, com a PGR destacando a divisão entre os comandantes militares e a proximidade de Garnier com o círculo bolsonarista, enquanto o STF avalia a gravidade das acusações contra os envolvidos na tentativa de golpe.

Anderson Torres Chama Minuta do Golpe de “Minuta do Google” em Depoimento ao STF

O ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Anderson Torres, declarou na terça-feira, durante interrogatório no Supremo Tribunal Federal (STF), que a chamada “minuta do golpe”, encontrada pela Polícia Federal em sua residência, era uma “minuta do Google”. Em depoimento ao ministro Alexandre de Moraes, Torres minimizou a relevância do documento, afirmando que ele está disponível na internet e foi levado para sua casa por engano.

“Brinquei que não é a minuta do golpe, é a minuta do Google, porque está no Google até hoje. Esse documento foi entregue ao meu gabinete no Ministério da Justiça. Levava diariamente duas pastas para casa: uma com a agenda do dia seguinte e minutas de discursos, outra com documentos gerais. Nem me lembrava dessa minuta até a apreensão pela Polícia Federal. Foi uma surpresa”, disse Torres.

O ex-ministro classificou a presença do documento em sua residência como “uma fatalidade”, alegando que ele deveria ter sido destruído. “Foi colocado para descarte. Nunca tratei disso com o presidente Bolsonaro ou com qualquer pessoa. Chegou ao meu gabinete, minha assessoria organizou, veio num envelope e acabou na minha casa. Nunca discuti esse assunto, não é de minha autoria, não sei quem fez ou mandou fazer”, afirmou.

A minuta, encontrada durante operação da Polícia Federal, propunha um “estado de defesa” contra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para anular o resultado das eleições de 2022, vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Interrogatórios no STF

O STF realiza, desde segunda-feira (9/6/2025), a segunda fase de interrogatórios da ação penal que investiga a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Oito réus do “núcleo crucial” do caso, incluindo Bolsonaro, o delator Mauro Cid e o ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto, estão sendo ouvidos pela Primeira Turma, que reservou cinco dias para os depoimentos.

Moraes Veta Exibição de Vídeos pela Defesa de Bolsonaro em Interrogatório no STF

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou, nesta terça-feira, o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para exibir vídeos durante seu interrogatório na investigação sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022. O depoimento de Bolsonaro, um dos oito réus do “núcleo principal” da trama golpista, está marcado para a retomada da sessão da Primeira Turma do STF.

Os advogados de Bolsonaro solicitaram o uso do telão da corte e outros recursos audiovisuais, mas Moraes rejeitou a demanda, esclarecendo que o interrogatório é destinado à autodefesa, permitindo ao réu apresentar sua versão, contradizer a acusação e responder a perguntas do juiz, Ministério Público e outros réus, sem introduzir novas provas. “O réu pode referenciar provas já nos autos, mas não é o momento para apresentar materiais novos, não juntados e desconhecidos pelas partes”, afirmou o ministro.

Durante a sessão que aceitou a denúncia contra Bolsonaro e outros sete réus, Moraes exibiu um vídeo como “comprovação da materialidade” dos crimes ligados aos atos de 8 de janeiro de 2023, mostrando invasões às sedes dos Três Poderes. “Nenhuma Bíblia ou batom é visto, mas pedidos de intervenção militar, sim”, declarou. A medida gerou críticas das defesas, que alegaram que o material não estava nos autos, dificultando respostas. Moraes defendeu-se, citando o Código de Processo Penal e o Código de Processo Civil, que permitem o uso de “fatos notórios e públicos”.

Bolsonaro, conhecido por declarações golpistas durante sua presidência, questionou a lisura das eleições de 2022, atacou o STF e incentivou acampamentos que culminaram nos atos de 8 de janeiro. Após perder para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), reuniu-se com militares e assessores para discutir uma suposta intervenção no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e anulação do pleito. Saudoso da ditadura militar (1964-1985), ele foi condenado pelo TSE por ataques ao sistema eleitoral e é réu no STF por liderar um golpe. Atualmente, está inelegível até 2030.

Se condenado por crimes como organização criminosa armada, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado, Bolsonaro pode enfrentar pena superior a 40 anos de prisão. A investigação segue sob intensa atenção, com os interrogatórios dos réus marcando uma nova fase no processo.

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