Criança morre após desafio do desodorante no TikTok

Investigação começa após tragédia envolvendo criança.

Um caso trágico envolvendo uma criança de 8 anos chocou o Distrito Federal neste último domingo (13). Sarah Raíssa Pereira foi encontrada desacordada em sua residência em Ceilândia, ao lado de um desodorante aerosol, após supostamente participar de um desafio mortal divulgado na rede social TikTok. A Polícia Civil do Distrito Federal iniciou uma investigação para apurar as circunstâncias da fatalidade, que levanta questionamentos sobre a responsabilidade das plataformas digitais em relação à disseminação de conteúdos perigosos. O avô da criança, que a encontrou caída, acionou imediatamente o serviço médico, mas a menina teve morte cerebral confirmada pouco depois de sua chegada ao Hospital Regional de Ceilândia.

Detalhes e desdobramentos do caso

De acordo com os investigadores, o desafio, conhecido como “desafio do desodorante”, tem sido amplamente disseminado em redes sociais, incentivando participantes a inalar o gás de aerossóis. A prática pode causar sérios danos à saúde, incluindo parada cardiorrespiratória, como foi registrado no caso de Sarah. Durante a coletiva de imprensa, o delegado responsável, Walber Lima, destacou que o celular da vítima foi apreendido para análise pericial, a fim de identificar quem teria enviado o vídeo do desafio ou incentivado a participação da criança. Além disso, tanto o depoimento dos familiares quanto o laudo cadavérico estão sendo considerados elementos cruciais para concluir as investigações.

“Primeiramente temos que ter acesso ao vídeo, verificar se de fato essa criança acessou ou teve acesso ao conteúdo. O depoimento dos familiares vai auxiliar bastante. É lógico que, se a rede social da qual ela teve acesso ao vídeo, nós vamos ter que oficiar a rede social para saber e ter mais informações acerca do criador do conteúdo”, declarou nesta segunda-feira (14) o delegado Walber Lima, responsável pelo caso.

Impactos e reflexões sobre desafios perigosos

Casos como o de Sarah reacendem o debate sobre o papel das redes sociais na proteção de seus usuários, especialmente crianças e adolescentes. Plataformas como o TikTok enfrentam críticas por não conseguirem barrar adequadamente conteúdos que promovem comportamentos de risco. Especialistas destacam a necessidade de maior supervisão parental e de campanhas educativas para alertar sobre os perigos associados a esses desafios. Além disso, o incidente aponta para uma lacuna regulatória que ainda precisa ser preenchida, visando responsabilizar mais efetivamente os criadores e disseminadores desses conteúdos nocivos.

Responsabilidade e medidas futuras

A Polícia Civil declarou que pretende oficializar o TikTok e obter informações sobre o criador do desafio que levou à morte de Sarah. A tragédia demonstra a urgência de ações preventivas por parte das plataformas digitais e autoridades, a fim de evitar novos casos. Para muitas famílias, o caso serve como um alerta para monitorar e educar crianças sobre os riscos que podem encontrar online. Enquanto isso, a comunidade local e nacional se une em reflexão sobre como evitar que outras tragédias semelhantes voltem a ocorrer, reforçando a importância da conscientização e da regulação no ambiente virtual.