Cirurgião de Bolsonaro diz que nova cirurgia pode ser necessária

Equipe médica avalia possível nova cirurgia para Bolsonaro.
Internação e diagnóstico preocupam equipe médica.
O ex-presidente Jair Bolsonaro está internado no Hospital DF Star, em Brasília, após ser transferido com urgência de Natal no último final de semana. A internação ocorreu devido a um quadro de suboclusão intestinal, identificado depois que Bolsonaro relatou intensas dores abdominais enquanto cumpria agenda política no Rio Grande do Norte. Durante coletiva de imprensa, o médico-chefe Cláudio Birolini detalhou que a condição é decorrente das múltiplas cirurgias realizadas desde o ataque sofrido em 2018, que resultaram na formação de aderências no intestino. A equipe médica realizou uma laparotomia exploradora, uma cirurgia complexa e delicada que durou cerca de 12 horas, com o objetivo de liberar essas aderências e reconstruir a parede abdominal.
Desafios da recuperação e riscos de novas intervenções
Após a cirurgia, Bolsonaro permanece na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sem previsão de alta. O pós-operatório é considerado crítico, especialmente nas primeiras 48 horas, segundo o boletim médico divulgado na segunda-feira (14). De acordo com Birolini, o procedimento foi mais complicado devido ao estado da parede abdominal, descrito como “bastante danificado”. Ele alertou que, embora a cirurgia tenha sido um sucesso, o risco de novas aderências e possíveis complicações não está descartado. A reabilitação do ex-presidente dependerá de restrições alimentares e repouso absoluto nos próximos meses, com acompanhamento médico rigoroso para evitar recaídas ou novos episódios de obstrução intestinal.
Histórico médico e o impacto das múltiplas cirurgias
Desde o atentado ocorrido em setembro de 2018, Jair Bolsonaro já passou por sete cirurgias na região abdominal, todas relacionadas às consequências do ataque. Este histórico médico impacta diretamente na complexidade de cada novo procedimento. Segundo a equipe médica, o quadro atual é resultado de um “abdômen hostil”, caracterizado por cicatrizes e fibroses que dificultam intervenções cirúrgicas e aumentam os riscos de complicações. Durante a coletiva, foi ressaltado que o longo período de sintomas, como estufamento e dores frequentes, agravou as condições gerais do ex-presidente, culminando na necessidade da intervenção cirúrgica recente. A expectativa da equipe é garantir que, no decorrer do tratamento, Bolsonaro possa recuperar qualidade de vida sem limitações severas.
Perspectivas de recuperação e monitoramento contínuo
Os próximos passos no tratamento de Jair Bolsonaro incluem monitoramento contínuo na UTI e a adaptação a um rigoroso pós-operatório. Os especialistas destacaram que este período será essencial para a recuperação do funcionamento normal do intestino. Embora o cenário atual seja desafiador, os médicos demonstraram otimismo em relação à evolução clínica do paciente, desde que não ocorram complicações adicionais. As expectativas são de que, com o cumprimento dos cuidados prescritos, o ex-presidente tenha condições de retomar atividades normais em alguns meses. Entretanto, a possibilidade de futuras intervenções médicas não é descartada, dependendo da resposta do organismo às medidas já tomadas.
“`