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China usa IA para avançar em ciberataques nos EUA

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China reforça ofensiva digital com IA e amplia ameaças à infraestrutura dos EUA.

FBI aponta crescimento de ataques sofisticados ligados a Pequim.

Os Estados Unidos enfrentam uma escalada de riscos cibernéticos sem precedentes, conforme alertou o FBI neste início de maio. Segundo a agência, grupos de hackers associados ao governo chinês intensificaram o uso de inteligência artificial para tornar seus ciberataques mais rápidos, precisos e difíceis de detectar, mirando setores cruciais da infraestrutura americana. O alerta foi detalhado por Cynthia Kaiser, vice-diretora assistente do FBI, ao destacar que a tecnologia é empregada em todas as etapas das operações, desde a invasão inicial até o deslocamento interno nas redes. Esses ataques sofisticados vêm ocorrendo nos principais sistemas estratégicos dos EUA, como telecomunicações, energia e redes de abastecimento, utilizando ferramentas de IA que ampliam a capacidade de análise, ocultação de rastros e automação de processos maliciosos. O fato de a ameaça ser silenciosa e persistente preocupa as autoridades, já que o potencial de dano à infraestrutura nacional cresce conforme a IA acelera a atuação dos grupos patrocinados por Pequim.

Contextualizando a gravidade do quadro, especialistas destacam que o cenário de guerra cibernética passou a incorporar algoritmos avançados, redefinindo o perfil dos ataques. O Volt Typhoon e o Salt Typhoon são exemplos de agrupamentos atribuídos ao governo chinês que vêm conduzindo ofensivas com alto grau de complexidade, explorando desde roteadores antigos, sem suporte de fabricantes, até brechas não corrigidas em dispositivos de grandes empresas, como a Cisco. Além disso, a atuação desses grupos evidencia uma mudança de paradigma: enquanto ataques anteriores limitavam-se a métodos tradicionais, agora a IA potencializa o reconhecimento de alvos, identifica vulnerabilidades em massa e facilita a movimentação furtiva dentro das redes. Essa evolução tecnológica faz com que invasores passem longos períodos infiltrados, coletando informações, ganhando terreno e preparando possíveis ações destrutivas, capazes de afetar diretamente o cotidiano da população americana e a segurança nacional.

Em análise mais aprofundada dos impactos, autoridades ressaltam que a crescente dependência do ecossistema digital torna a infraestrutura dos EUA ainda mais vulnerável. Os hackers chineses, em número expressivamente superior aos agentes especializados do FBI, utilizam IA não só para acelerar invasões, mas também para expandir o alcance de ataques e sofisticar técnicas de ataque e defesa. Estudos recentes apontam que a China possui cerca de 50 hackers para cada funcionário dedicado do FBI ao setor de cibersegurança, o que coloca os norte-americanos em desvantagem. Essas ações não se restringem à espionagem, incluindo também a instalação de malwares em redes elétricas, sistemas de abastecimento de água e setores de energia, elevando o risco de interrupções coordenadas em serviços essenciais. O FBI enfatiza que, mesmo com investimentos em ciberdefesa, a necessidade de intensificar esforços é urgente diante do avanço tecnológico e da agressividade dos ataques comandados por Pequim.

O futuro dos conflitos digitais passa pelo fortalecimento das capacidades de defesa cibernética e pelo desenvolvimento de políticas internacionais que coíbam ações ofensivas de atores estatais. O FBI segue monitorando as movimentações dos grupos chineses, alerta para a possibilidade de ataques sincronizados com impacto devastador e pede que empresas de infraestrutura reforcem protocolos de segurança, revisem dispositivos e acelerem a atualização de sistemas vulneráveis. A tendência é de que a inteligência artificial continue no centro da disputa por supremacia tecnológica, com riscos crescentes não só para os EUA, mas para todas as nações que dependem de sistemas digitais críticos. Com a ofensiva chinesa, cresce o debate sobre a necessidade de cooperação internacional e inovação constante em defesa cibernética, evitando que tecnologias emergentes sirvam apenas ao interesse de quem busca minar a segurança global.

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Perspectiva de intensificação dos riscos cibernéticos para os próximos anos

A expectativa é que a tendência de uso de inteligência artificial em ataques cibernéticos avance de maneira acelerada, ampliando os riscos à infraestrutura dos Estados Unidos e exigindo respostas cada vez mais sofisticadas das autoridades. O FBI destaca que a escalada desses ataques não é exclusiva do ambiente digital americano, mas representa o novo padrão de conflitos geopolíticos, onde a tecnologia se torna ferramenta central na disputa entre nações. O aumento do número de dispositivos conectados, aliado à obsolescência de equipamentos e à falta de investimentos em segurança cibernética, cria um ambiente propício para incidentes de grande escala. Diante desse panorama, cresce o consenso internacional de que apenas uma abordagem colaborativa, envolvendo governos, empresas e organismos multilaterais, poderá conter o avanço das ameaças. O caso dos ataques atribuídos a grupos como Volt Typhoon e Salt Typhoon serve de alerta para a necessidade permanente de vigilância, atualização tecnológica e desenvolvimento de estratégias de defesa adaptadas à evolução da inteligência artificial e dos métodos de ataque empregados por atores estatais com recursos quase ilimitados.

 



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