Carla Zambelli critica ordem de prisão e fala em ataque à família

Carla Zambelli condena decisão de Moraes e denuncia ataque à família.
Deputada reage à ordem de prisão e denuncia impactos pessoais.
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) afirmou na quarta-feira, 4, que considera a prisão preventiva decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), “ilegal, inconstitucional e autoritária”. Segundo ela, a decisão representa um ataque não apenas à sua figura parlamentar, mas também à sua família, em especial após o bloqueio de contas e redes sociais de familiares. Moraes determinou a prisão após Zambelli anunciar que deixou o Brasil, em meio a investigações e cumprimento de sentença relacionada à invasão de sistemas e falsidade ideológica. Em nota, Zambelli ressaltou que a Constituição prevê prisão de deputado federal somente em flagrante e por crime inafiançável, o que, segundo sua avaliação, não ocorreu neste caso. Ao criticar o que classificou como decisão monocrática, a parlamentar reforçou que a medida ignoraria garantias institucionais e violaria a democracia, alegando que teve seus direitos violados sem o devido processo legal. O bloqueio de perfis e transferências atingiu também sua mãe, Rita Zambelli, e seu filho João Zambelli, ambos com aspirações políticas, o que teria intensificado o sentimento de injustiça da deputada diante das ações judiciais e policiais recentes. Zambelli considera que a medida atinge diretamente os laços familiares, ampliando o impacto da decisão para além do campo político, e anunciou a intenção de pedir licença do mandato para residir na Europa e denunciar o STF em fóruns internacionais.
Os eventos em torno da prisão preventiva de Carla Zambelli ocorrem em um contexto de crescente tensão entre setores do Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal. O ministro Alexandre de Moraes, baseando sua decisão em pedidos da Procuradoria-Geral da República, apontou risco de reiteração criminosa e tentativa de evitar a aplicação da lei penal pela parlamentar, que foi condenada a dez anos de reclusão por invasão de sistemas oficiais e falsidade ideológica. Como agravante, Zambelli teria anunciado publicamente sua saída do Brasil, alegando estar nos Estados Unidos em tratamento médico e com planos de seguir para a Itália, onde possui cidadania. Moraes também ordenou o bloqueio de contas bancárias, bens, perfis em redes sociais e inclusão da parlamentar na difusão vermelha da Interpol, mecanismos que buscam garantir eventual extradição e execução da sentença. A defesa de Zambelli alega que as ações configuram afronta à imunidade parlamentar e não respeitam os trâmites constitucionais para decretação de prisão de membros do Legislativo.
A repercussão do caso já provoca debates intensos no meio político e jurídico brasileiro. A decisão de Moraes, classificada por Zambelli como autoritária, é vista por aliados da deputada como um precedente perigoso para atuação parlamentar e liberdade de expressão. Parlamentares próximos consideram que a ação extrapola limites constitucionais e instrumentaliza medidas judiciais como forma de pressão política, enquanto defensores da decisão do STF ressaltam a gravidade das condutas atribuídas à parlamentar e o risco à ordem institucional. O bloqueio das redes sociais de familiares, em especial sua mãe e filho, provocou críticas sobre suposta interferência em direitos civis e políticos de terceiros e foi apontado pela própria deputada como uma tentativa de silenciar e constranger sua trajetória pessoal e política. Em manifestações públicas, Zambelli declarou que pretende denunciar o caso em instâncias internacionais e que não irá recuar diante do que chama de perseguição, estimulando a mobilização de seus apoiadores dentro e fora do país, enquanto opositores destacam a necessidade de cumprimento da decisão judicial e o respeito às instituições democráticas.
Desdobramentos e perspectivas após reação de Zambelli
O futuro do caso de Carla Zambelli permanece incerto, com expectativas de novos capítulos tanto no Judiciário quanto no campo político. A ordem de prisão, o bloqueio de bens e perfis, bem como a inclusão da deputada na lista da Interpol, devem gerar consequências jurídicas com potencial internacional, especialmente diante da possibilidade de extradição, já que Zambelli está atualmente fora do Brasil e tem cidadania italiana. A deputada reforçou que pretende pedir licença de seu mandato e usar sua imagem para denunciar o Supremo a lideranças conservadoras no exterior, o que pode acirrar ainda mais o embate institucional. No Congresso, a repercussão da medida suscita questionamentos sobre imunidade parlamentar, competências do Supremo e limites das decisões monocráticas, trazendo à tona discussões sobre o equilíbrio entre os Poderes. Com a família também envolvida nos impactos das medidas judiciais, o caso tende a repercutir no processo eleitoral e nos próximos debates legislativos, mantendo o centro das atenções na relação conflituosa entre Zambelli, o STF e a Procuradoria-Geral da República. A deputada, por sua vez, promete seguir atuando politicamente, mesmo à distância, enquanto a Justiça permanece atenta aos próximos passos da defesa e à eventual cooperação internacional para cumprimento das decisões brasileiras.
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