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Brasileiros têm mais medo da volta de Bolsonaro do que da reeleição de Lula

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Brasileiros temem mais a volta de Bolsonaro do que a reeleição de Lula.

Pesquisa aponta divisão entre eleitores sobre Bolsonaro e Lula.

Uma nova pesquisa da Genial/Quaest, divulgada nesta quinta-feira (3), trouxe à tona a polarização política no país ao revelar que 44% dos brasileiros têm mais medo da volta de Jair Bolsonaro ao poder do que da reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2026. Apesar disso, os números mostram uma divisão acentuada na opinião pública, já que 41% dos entrevistados expressaram maior receio com a continuidade de Lula no governo. A pesquisa foi realizada com 2.004 pessoas, entre os dias 27 e 31 de março, abrangendo uma amostra representativa da população brasileira. A margem de erro é de dois pontos percentuais, o que reforça a proximidade entre as opiniões dos eleitores.

A divulgação dos resultados ocorre em um momento crítico para a política nacional, com Lula enfrentando crescentes questionamentos à sua gestão, enquanto Bolsonaro permanece inelegível até 2030 devido às decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ainda assim, o espectro da volta do ex-presidente parece inquietar uma parcela significativa do eleitorado, tornando essa uma das principais discussões no cenário eleitoral atual. Para 6% dos entrevistados, ambos representam um motivo de preocupação, enquanto 4% afirmaram não temer nenhum dos dois e outros 5% disseram não saber ou não quiseram responder.

Contexto político e implicações das perspectivas eleitorais

A pesquisa também revela nuances importantes sobre o cenário eleitoral de 2026. Enquanto Lula aparece tecnicamente empatado com Bolsonaro nas intenções de voto espontâneas, com 9% e 7%, respectivamente, a rejeição a ambos permanece alta, com índices de 55%. Esses dados indicam que a polarização persiste como um traço marcante da política nacional, com os eleitores divididos entre dois projetos antagônicos. Além disso, o levantamento apontou que 62% dos brasileiros acreditam que Lula não deveria concorrer à reeleição, um aumento significativo em relação à pesquisa anterior, realizada em dezembro de 2024, quando esse índice era de 52%.

No entanto, a pesquisa não se limita à análise dos dois principais nomes da política brasileira. O estudo também investigou quais seriam os possíveis candidatos da direita caso Bolsonaro não possa concorrer. Tarcísio de Freitas e Michelle Bolsonaro lideram as preferências nesse cenário alternativo, com 15% e 14%, respectivamente. Outros nomes como Pablo Marçal, com 11%, e Romeu Zema, com 9%, também aparecem na lista, mas ainda apresentam níveis de reconhecimento mais baixos junto ao eleitorado. Esses dados reforçam que, embora Bolsonaro continue sendo uma figura central, há espaço para outros líderes na disputa política.

Análises e implicações para o futuro político do Brasil

Especialistas avaliam que o aumento do temor em relação à volta de Bolsonaro ao poder reflete não apenas os efeitos das suas políticas anteriores, mas também as recentes condenações no âmbito do TSE, que reforçam a imagem de um político polarizador. O cenário é igualmente desafiador para Lula, que enfrenta uma crescente insatisfação em relação ao seu governo, evidenciada pela queda no apoio à sua possível reeleição. Nesse contexto, o desenho do cenário político para 2026 parece incerto, com uma possibilidade significativa de novos nomes ganharem proeminência à medida que a eleição se aproxima.

A pesquisa também destaca o impacto das redes sociais e do debate público na percepção dos eleitores sobre os principais atores políticos. À medida que questões como corrupção, políticas públicas e direitos sociais continuam a polarizar o eleitorado, o Brasil se prepara para uma eleição que promete ser tão imprevisível quanto decisiva. O futuro político do país dependerá, em grande parte, da capacidade de liderança dos candidatos em unir uma sociedade profundamente dividida e apresentar soluções viáveis para os desafios enfrentados pelos brasileiros.

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