Brasileiros precisam de comida, diversão e arte; Bolsonaro tentou tirar isso de todos nós, afirma Lula em evento cultural

Demandas básicas em pauta.
Em cerimônia realizada na noite de terça-feira (20), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou a centralidade da cultura, da arte e do direito à alimentação popular no processo civilizatório brasileiro, além de criticar expressamente o governo anterior. Durante a entrega da Medalha da Ordem do Mérito Cultural, em evento que contou com a presença de renomados artistas e personalidades, Lula afirmou que “precisamos de comida, diversão, arte”, e que tais elementos fazem parte do cotidiano do povo brasileiro. O presidente contextualizou sua fala ao lembrar que, nos últimos anos, políticas públicas de apoio à cultura, ao entretenimento e à alimentação popular sofreram retrocessos, o que gerou reações de setores diversificados da sociedade. Lula reafirmou o compromisso de seu governo com a valorização dessas áreas, sublinhando que tais direitos não podem ser ignorados ou relegados a segundo plano.
O discurso presidencial esteve diretamente vinculado ao reconhecimento do papel da arte e da cultura como instrumentos fundamentais para a democracia e para a construção de uma identidade nacional. Lula destacou que, em sua gestão, há a preocupação em garantir que os recursos destinados à cultura e à alimentação popular sejam ampliados e distribuídos de maneira equitativa. Segundo ele, a falta de investimento nesses setores, durante o governo anterior, gerou desemprego, precarização do trabalho artístico e dificuldade de acesso a alimentos saudáveis para parcelas significativas da população. O presidente lembrou que a resistência da sociedade civil foi decisiva para evitar o aprofundamento de retrocessos em áreas tão sensíveis. O fortalecimento dos laços entre arte, cultura e alimentação é visto como um eixo estratégico para o desenvolvimento social e econômico do país.
Especialistas apontam que o desmonte de políticas públicas voltadas à cultura e à alimentação popular, ocorrido nos últimos anos, impactou negativamente não apenas artistas e trabalhadores do setor, mas também a população de maneira geral. A redução de investimentos levou ao fechamento de espaços culturais, ao corte de editais e ao esvaziamento de programas de apoio à arte popular e regional. Além disso, medidas como o congelamento de recursos para alimentação escolar e a flexibilização de regras sanitárias em alimentos industrializados foram alvo de críticas de nutricionistas e entidades da sociedade civil. Para Lula, a restauração e ampliação dessas políticas são fundamentais para garantir o direito à cultura e à alimentação de qualidade, previstos na Constituição Federal. O presidente também ressaltou que a valorização da diversidade cultural brasileira é uma das marcas de sua gestão.
Diante do cenário de retomada de investimentos e de fortalecimento das políticas sociais, o governo federal busca garantir que comida, diversão e arte não sejam entendidos como supérfluos, mas sim como direitos basilares. Lula encerrou sua fala reafirmando que, sob sua gestão, não haverá espaço para retrocessos nesses campos. O presidente concluiu que a sociedade brasileira já demonstrou, em diversas ocasiões, a força de sua mobilização e que o país não aceitará mais a retirada de conquistas históricas. O desafio, agora, é consolidar uma nova etapa, em que o acesso à cultura e à alimentação de qualidade sejam realidade para todos os brasileiros, independentemente de sua condição social ou econômica.
Perspectivas para a área cultural e social
O futuro das políticas públicas voltadas à cultura e à alimentação popular no Brasil está diretamente ligado à continuidade de investimentos e ao fortalecimento da participação social. A expectativa do governo é que, nos próximos anos, novas ações e programas sejam implementados, ampliando o acesso de artistas, produtores culturais e pequenos agricultores às políticas de apoio. Além disso, o diálogo com a sociedade civil e a valorização da diversidade cultural nacional são pilares para a construção de um país mais justo e democrático. O resgate de direitos fundamentais, como o direito à comida, à diversão e à arte, é visto como uma condição para a superação das desigualdades sociais e para a consolidação de uma sociedade mais inclusiva e plural.
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