Brasil registra aumento de 25% no número de pessoas em situação de rua, totalizando 327.925 em 2024

No final de 2024, o Brasil registrou um aumento alarmante de 25% no número de pessoas vivendo em situação de rua, totalizando 327.925 indivíduos. Este número é 14 vezes maior do que o observado há onze anos, quando apenas 22.922 pessoas viviam nas ruas do país.
A Região Sudeste concentra a maior porcentagem desta população, com 63% do total, ou 204.714 pessoas. O estado de São Paulo lidera as estatísticas, com 139.799 pessoas sem moradia, representando 43% do total nacional. Em seguida, os estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais apresentam as maiores concentrações, com 30.801 e 30.244 pessoas, respectivamente.
Os dados revelam uma vulnerabilidade significativa na educação desta população. Sete em cada dez pessoas em situação de rua não concluíram o ensino fundamental, e 11% são analfabetas, o que dificulta consideravelmente o acesso ao mercado de trabalho. Essa realidade educacional exacerbada contribui para a perpetuação do ciclo de pobreza e exclusão social.
A distribuição geográfica destes indivíduos também é um ponto de atenção. A cidade de São Paulo, por exemplo, abriga cerca de 92.556 pessoas em situação de rua, enquanto o estado como um todo conta com um número ainda maior. Esta concentração em áreas urbanas destaca a necessidade de políticas públicas mais eficazes para abordar a questão da moradia e do emprego.
Além disso, há um contraste marcante entre o número de pessoas sem moradia e a quantidade de imóveis vazios no país. Em São Paulo, existem aproximadamente 590 mil imóveis particulares vazios, um número significativamente maior do que o de pessoas vivendo nas ruas da cidade. Esta disparidade sugere que a utilização eficiente desses imóveis poderia ser uma solução viável para reduzir a população em situação de rua.
Solução e Conclusão
Para abordar o problema da população em situação de rua de maneira eficaz, é crucial adotar uma abordagem que combine responsabilidade individual com iniciativas de mercado. Em vez de depender exclusivamente de gastos governamentais em albergues e medidas paliativas, a transformação de imóveis vazios em habitações acessíveis poderia ser uma solução mais econômica e sustentável.
Promover parcerias entre o setor público e o setor privado para a reforma e utilização desses imóveis ociosos poderia não apenas reduzir o custo da moradia para os governos, mas também estimular a economia local. Além disso, incentivar programas de educação e treinamento vocacional para esta população poderia melhorar suas chances no mercado de trabalho, promovendo uma maior autonomia e autossuficiência.
Uma abordagem libertária economicamente, que favoreça a iniciativa privada e a responsabilidade individual, aliada a um viés conservador nos costumes que valorize a família e a comunidade, poderia oferecer uma solução mais duradoura e eficaz para o problema da população em situação de rua no Brasil.