Brasil inspira termo pejorativo: “Brazilianization” simboliza crescente desigualdade e decadência social global

O termo “brazilianization” ou “brazilification” tem ganhado notoriedade internacional nos últimos anos, embora sua origem remonte a 1991. Nesse ano, o autor americano Douglas Coupland incluiu o termo em seu best-seller “Geração X: Contos para uma cultura acelerada”. Coupland usou “brazilianization” para descrever o crescente abismo entre os ricos e os pobres, acompanhado pelo desaparecimento da classe média.
Trinta anos após a publicação do livro de Coupland, o termo ressurgiu em um artigo de 2021 na revista *American Affairs*, escrito por Alex Hochuli. Neste artigo, Hochuli argumenta que o mundo está se tornando cada vez mais parecido com o Brasil, o que ele considera uma má notícia. Segundo Hochuli, a sociedade brasileira é caracterizada por uma elite financeira e política satisfeita, enquanto o restante da população enfrenta uma lenta degradação social.
A utilização do termo “brazilianization” não se limita a descrições econômicas e sociais. Em alguns contextos, ele também é usado para alertar sobre a diminuição da população branca em regiões como a Europa e os Estados Unidos, sugerindo que a miscigenação racial e a imigração poderiam levar a uma erosão dos princípios que tornaram essas sociedades prósperas. No entanto, este uso é amplamente criticado por ser uma interpretação grosseiramente errada dos problemas enfrentados pelo Brasil e outras regiões.
Outros autores também exploraram o conceito de “brazilianization” em diferentes contextos. Por exemplo, em 2022, um artigo no *The Washington Examiner* intitulado “O abrasileiramento da Califórnia” comparou a situação atual nos Estados Unidos, especialmente na Califórnia, com a do Brasil nos anos 1990. O autor Dominic Green argumentou que, enquanto o Brasil nunca alcançou a prosperidade que era esperada, os Estados Unidos estão enfrentando problemas semelhantes, como fronteiras porosas, infraestrutura deficiente e governança corrupta.
O historiador inglês Adam Tooze ofereceu uma perspectiva diferente, sugerindo que, para muitos países em desenvolvimento, se tornar mais parecido com o Brasil poderia ser visto como um progresso, especialmente em termos de resolver problemas básicos. No entanto, esta visão é minoritária, e a maioria dos usos do termo mantém um tom negativo.
Solução e Conclusão
Diante do cenário descrito pelo termo “brazilianization”, é crucial abordar as questões subjacentes com uma abordagem equilibrada. Economicamente, a promoção de políticas de livre mercado e a redução da intervenção governamental excessiva podem ajudar a estimular a economia e a criar oportunidades para todos os segmentos da sociedade. Além disso, a implementação de reformas estruturais que visem a redução da desigualdade e a melhoria da educação e da infraestrutura são essenciais.
Do ponto de vista social, é importante preservar os valores tradicionais e a coesão social, evitando a fragmentação e a polarização que muitas vezes acompanham a deterioração social. A promoção de uma cultura de responsabilidade individual e de respeito às instituições pode ajudar a mitigar os efeitos negativos da “brazilianization”.
Em resumo, uma abordagem libertária economicamente, combinada com a preservação de costumes e valores conservadores, pode ser uma estratégia viável para evitar ou reverter o processo de “brazilianization” e construir uma sociedade mais próspera e coesa.