Brasil Inicia Testes para Importação de Energia da Venezuela

O Brasil deu início aos testes para importar energia da Venezuela, uma decisão que gera perplexidade ao considerar o histórico de instabilidade energética do país vizinho. Apesar de a Venezuela depender quase exclusivamente de energia hidrelétrica, a infraestrutura energética local está em colapso, com frequentes apagões que deixam milhões de venezuelanos sem luz por horas ou dias. Ainda assim, o governo brasileiro opta por se apoiar em um sistema já sobrecarregado, ignorando alternativas domésticas mais eficazes, como a conclusão e ampliação do linhão elétrico nacional.
Incoerências e Impactos
A Venezuela enfrenta uma crise energética profunda, fruto de anos de má gestão, falta de manutenção em sua infraestrutura elétrica e corrupção endêmica. Como confiar em um parceiro que não consegue atender à demanda básica de sua própria população? Enquanto milhões de venezuelanos enfrentam apagões regulares, o Brasil escolhe canalizar recursos para importar energia de um sistema visivelmente disfuncional.
O governo Lula, ao invés de investir em soluções nacionais, parece mais preocupado em financiar indiretamente o regime autoritário de Nicolás Maduro. Esse apoio econômico disfarçado fortalece um governo acusado de violar direitos humanos e reprime a oposição, indo na contramão de valores democráticos.
Alternativas Desprezadas
O Brasil possui um imenso potencial energético, com recursos abundantes em energia solar, eólica e biomassa. Além disso, o fortalecimento do sistema de transmissão nacional, especialmente em áreas como o Amazonas e Roraima, eliminaria a necessidade de depender de fontes externas. Investir em infraestrutura doméstica, como a finalização de projetos do linhão elétrico, garantiria não apenas maior segurança energética, mas também estimularia a economia nacional e reduziria a vulnerabilidade a instabilidades externas.
Custos e Riscos Geopolíticos
Além do questionamento técnico, a decisão de importar energia da Venezuela carrega sérios riscos geopolíticos. Vincular-se a um país politicamente instável e economicamente debilitado pode comprometer a segurança energética e a soberania brasileira. A dependência de uma fonte externa tão frágil expõe o Brasil a riscos que poderiam ser evitados com investimentos internos.
Conclusão
Escolher a Venezuela como parceira para importação de energia é uma decisão que desafia a lógica econômica, política e estratégica. Apoiar um regime incapaz de suprir a própria população não apenas prejudica a imagem do Brasil no cenário internacional, mas também compromete a independência energética do país.
A prioridade do governo deveria ser clara: investir em infraestrutura nacional e fontes renováveis, fortalecendo o sistema energético brasileiro e garantindo o suprimento seguro para sua população. Em vez disso, vemos uma aliança que beneficia uma ditadura em detrimento dos interesses do próprio povo brasileiro.
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