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Brasil despenca em ranking de corrupção e atinge pior posição

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Brasil despenca em ranking de corrupção e atinge pior posição desde 2012.

Queda acentuada reflete deterioração da percepção sobre integridade no país.

O Brasil atingiu em 2024 sua pior colocação no Índice de Percepção da Corrupção (IPC), divulgado nesta terça-feira (11/02/2025) pela Transparência Internacional. De acordo com a organização não-governamental, o país ocupa agora a 107ª posição em um ranking que avalia 180 nações, representando uma queda significativa em relação ao ano anterior. Esta posição marca o ponto mais baixo do Brasil desde o início da série histórica comparável, em 2012. O IPC mede a percepção de especialistas e empresários sobre o nível de corrupção no setor público de cada país, atribuindo notas em uma escala de 0 a 100, onde quanto maior a pontuação, melhor é a percepção de integridade. O Brasil obteve apenas 34 pontos, evidenciando uma deterioração preocupante na avaliação internacional sobre a situação da corrupção no país.

A queda do Brasil no ranking reflete uma combinação de fatores que têm contribuído para o enfraquecimento dos mecanismos de combate à corrupção nos últimos anos. Entre os elementos apontados pela Transparência Internacional estão a persistência de práticas corruptas em diferentes esferas do poder público, a percepção de impunidade em casos de grande repercussão e o enfraquecimento de instituições de controle e fiscalização. O resultado coloca o Brasil abaixo da média global (43 pontos) e da média regional para as Américas (43 pontos), distanciando-o ainda mais dos países considerados referências em integridade, como Dinamarca, Finlândia e Nova Zelândia, que lideram o ranking com pontuações acima de 80. A posição atual do Brasil o aproxima de nações como Argélia, Malauí e Tailândia, evidenciando um retrocesso significativo em relação aos avanços obtidos na última década no combate à corrupção.

O desempenho negativo do Brasil no IPC tem implicações que vão além da mera percepção internacional, afetando diretamente o ambiente de negócios, os investimentos estrangeiros e a confiança da população nas instituições democráticas. Especialistas apontam que a queda no ranking pode resultar em maiores dificuldades para atrair investimentos, uma vez que a corrupção é vista como um fator de risco significativo por empresas e investidores internacionais. Além disso, o baixo desempenho no índice pode impactar negativamente as relações diplomáticas e comerciais do Brasil, especialmente em um momento em que o país busca fortalecer sua posição no cenário global. A Transparência Internacional destaca ainda que a corrupção sistêmica afeta diretamente a qualidade dos serviços públicos oferecidos à população, comprometendo áreas essenciais como saúde, educação e segurança. O relatório da organização enfatiza a necessidade urgente de reformas estruturais e fortalecimento das instituições de controle para reverter essa tendência negativa.

Diante desse cenário desafiador, a recuperação da posição do Brasil no Índice de Percepção da Corrupção demandará esforços coordenados e consistentes por parte de todos os setores da sociedade. Especialistas em governança e políticas públicas ressaltam a importância de medidas como o aprimoramento dos mecanismos de transparência, o fortalecimento dos órgãos de controle e fiscalização, e a implementação efetiva de políticas de integridade em todos os níveis da administração pública. Além disso, a sociedade civil e a imprensa têm um papel crucial no monitoramento e denúncia de práticas corruptas. O engajamento cidadão e a pressão por reformas são vistos como elementos fundamentais para impulsionar mudanças positivas. A reversão dessa tendência negativa é considerada essencial não apenas para a imagem internacional do Brasil, mas principalmente para garantir o desenvolvimento econômico sustentável, a justiça social e o fortalecimento da democracia no país.