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Bolsonaro troca mensagens com Michelle durante julgamento no STF

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Bolsonaro promete depoimento extenso: “Se me deixarem à vontade, serão horas”.

Troca de mensagens chama atenção durante audiência.

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi flagrado trocando mensagens com sua esposa, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, durante o julgamento realizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na terça-feira, 10 de junho de 2025. Enquanto respondia às perguntas dos ministros no âmbito do inquérito que apurava a tentativa de golpe após as eleições de 2022, Bolsonaro foi fotografado enviando uma selfie à esposa pelo WhatsApp. Michelle respondeu de imediato com um afetuoso “Oi, amor”, seguido por elogios como “Lindo” e “Meu gato”. Em seguida, Bolsonaro retribuiu com uma sequência de emojis de coração, demonstrando cumplicidade e carinho mesmo durante o tenso interrogatório.

O gesto rapidamente chamou a atenção dos presentes e foi amplamente compartilhado nas redes sociais, levantando discussões sobre o comportamento do ex-presidente durante um momento de grande relevância nacional.

O episódio ocorreu durante a sequência de interrogatórios promovida pela 1ª Turma do STF, iniciada na segunda-feira, 9 de junho, com foco nos réus envolvidos no caso que investigava as ações para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além de Bolsonaro, o grupo de réus incluiu figuras como Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno, Mauro Cid, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto.

Durante a audiência, Bolsonaro manteve uma postura tranquila e, em meio ao clima de tensão política e jurídica, protagonizou esse episódio considerado por muitos como inusitado e até descontraído. A divulgação das mensagens provocou diversas reações e dividiu opiniões entre apoiadores e críticos do ex-presidente.

A repercussão nas redes sociais foi imediata. Enquanto simpatizantes destacaram o lado humano e carinhoso de Bolsonaro, afirmando que o gesto evidenciava uma relação familiar sólida, críticos alegaram que a troca de mensagens desviava o foco do interrogatório e questionaram se a atitude era apropriada para o momento. Algumas análises ressaltaram que o episódio também poderia ser compreendido como uma estratégia de imagem, visando transmitir naturalidade e descontração em meio a uma situação de pressão judicial.

A polarização em torno do político ficou evidente nos comentários públicos, com debates sobre ética, protocolo e o papel das figuras públicas em momentos decisivos para o país.

O caso continuou gerando debates e permaneceu em pauta enquanto os interrogatórios prosseguiam no STF. O desfecho das apurações e o andamento dos processos ainda eram incertos, e não havia previsão precisa para o encerramento das investigações. Especialistas avaliaram que episódios como esse reforçavam a presença de Bolsonaro no imaginário popular e mantinham seu nome em evidência no cenário político brasileiro. A expectativa era de que o julgamento e os acontecimentos paralelos desdobrassem discussões relevantes sobre a postura de autoridades em ambientes institucionais, além de impulsionar novas análises sobre comunicação e imagem pública em tempos de intensa polarização.

Bolsonaro promete depoimento longo e diz que levará vídeos para provar inocência

O ex-presidente Jair Bolsonaro declarou, na terça-feira, ao chegar ao Supremo Tribunal Federal (STF) para o segundo dia de depoimentos dos réus da chamada trama golpista, que estava preparado para falar “por horas” se pudesse se expressar livremente. Ele foi um dos oito réus do “núcleo crucial” investigado, e a Primeira Turma do STF conduziu as audiências naquela semana. Bolsonaro afirmou que pretendia apresentar “11 ou 12 vídeos curtos” de atos e pronunciamentos seus que, segundo ele, comprovariam a inexistência de um golpe. “O golpe não existiu”, declarou, questionando o “humor” dos ministros e da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Bolsonaro, o sexto a depor, criticou as restrições que sofreu, como a proibição de realizar lives no Palácio da Alvorada, e disse ter sido acusado injustamente, inclusive de pedofilia, mencionando o deputado André Janones. Ele também indicou que manteria a estratégia de questionar a segurança das urnas eletrônicas, citando vídeos de figuras como Flávio Dino e Carlos Lupi, que, segundo ele, teriam criticado o sistema eleitoral.

Primeiro dia de depoimentos

As audiências começaram na segunda-feira com o depoimento do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, coronel Mauro Cid, que firmara acordo de delação premiada com a Polícia Federal. Cid confirmou a denúncia da PGR, afirmando ter presenciado, mas não participado dos fatos. Ele reiterou que Bolsonaro revisou e sugeriu alterações na “minuta do golpe”, um documento com medidas autoritárias para reverter o resultado das eleições de 2022. Segundo Cid, o ex-presidente pediu a exclusão de um trecho sobre prisão de autoridades, mas manteve a previsão de detenção do ministro Alexandre de Moraes. Cid também revelou que Bolsonaro pressionou o então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, por um relatório crítico às urnas, exigindo um texto “duro” contra o sistema eleitoral.

O segundo a depor foi o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, atual deputado. Ele afirmou que um documento questionando as eleições era apenas um rascunho pessoal, que não foi entregue a Bolsonaro, e negou envolvimento na disseminação de desinformação ou no uso da Abin para monitorar autoridades.

Interação descontraída entre Moraes e réus da trama golpista provoca críticas nas redes sociais

O tom adotado pelo ministro Alexandre de Moraes durante os interrogatórios de investigados por participação na tentativa de golpe em 8 de janeiro gerou reações nas redes sociais na terça-feira. O secretário da Casa Civil do Ceará, Chagas Vieira, afirmou ter se incomodado com o que classificou como uma atmosfera de leveza entre os depoentes e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Permita-me a franqueza, mas me incomodou o clima de piadas e sorrisos no julgamento de um dos crimes mais graves contra o país, que foi a tentativa de um golpe de Estado. Não dava para sorrir diante de pessoas que tentaram destruir nossa democracia e amam a ditadura. Era sério demais!”, escreveu Chagas, sem mencionar diretamente o nome de Moraes.

O comentário foi publicado após trechos dos interrogatórios ganharem repercussão por mostrarem momentos de descontração entre o ministro e os réus. Em um desses momentos, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou a brincar, sugerindo que Moraes poderia ser seu vice em 2026 — apesar de estar inelegível naquele momento.

A fala causou incômodo entre apoiadores do ex-presidente. Segundo avaliações feitas nos bastidores, o tom da conversa poderia ser interpretado como insensível diante da situação de centenas de pessoas que ainda estavam presas por envolvimento nos atos golpistas.

Embora não fosse filiado ao PT, Chagas Vieira era próximo do ministro da Educação, Camilo Santana, e chegou a ser citado como possível nome para disputar o Senado pelo Ceará nas eleições seguintes.

Repercussão e possíveis consequências do episódio

O episódio envolvendo Jair Bolsonaro e Michelle Bolsonaro durante o julgamento no STF evidencia como momentos de informalidade podem ganhar grande destaque em ambientes tradicionalmente solenes. Embora a troca de mensagens não tenha interferido diretamente no decurso dos interrogatórios, o caso repercutiu de forma significativa entre parlamentares, analistas e público em geral. Diante de uma série de depoimentos de figuras centrais no inquérito, o gesto foi interpretado por parte dos observadores como um sinal de tranquilidade do ex-presidente, enquanto outros o enxergaram como uma tentativa de minimizar a gravidade do momento. Com a continuidade das audiências, espera-se que novas situações possam surgir, trazendo à tona discussões sobre limites do comportamento pessoal em espaços institucionais de decisão. A atuação de Bolsonaro no julgamento e o simbolismo das mensagens trocadas com Michelle certamente seguirão alimentando debates sobre ética, imagem e a relação entre o público e o privado na política brasileira.

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