Bolsonaro troca médico para nova cirurgia

Decisão de Michelle Bolsonaro em cirurgia do ex-presidente.
O ex-presidente Jair Bolsonaro passou por uma delicada cirurgia abdominal no último domingo (13). A nova intervenção, desta vez no Hospital DF Star, em Brasília, foi necessária devido a um quadro de suboclusão intestinal causado pelas aderências acumuladas após diversas operações anteriores. O destaque, no entanto, foi a troca do médico-chefe responsável pela cirurgia. Pela primeira vez desde o atentado sofrido em 2018, o cirurgião Antônio Macedo não liderou o procedimento. A decisão de substituir Macedo por Cláudio Birolini, especialista de São Paulo, partiu, segundo fontes, da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. O procedimento, que durou cerca de 12 horas, foi considerado um dos mais complexos já realizados no ex-presidente, mas teve um resultado satisfatório, conforme relato da equipe médica.
Análise sobre o estado de saúde e fatores envolvidos
O quadro clínico de Bolsonaro vinha sendo acompanhado de perto há semanas, com sinais de agravamento nos dias anteriores ao procedimento. Na sexta-feira (11), durante uma agenda política no interior do Rio Grande do Norte, ele começou a apresentar fortes dores abdominais. Após um atendimento emergencial em Santa Cruz (RN), foi transferido para Natal, de onde seguiu em uma UTI aérea para Brasília. De acordo com os especialistas, a decisão de realizar a cirurgia imediatamente foi tomada após exames indicarem uma obstrução parcial no intestino. A opção por trocar o cirurgião principal, segundo relatos, foi estratégica. Michelle Bolsonaro teria preferido Birolini por considerar a experiência acumulada nos casos recentes de obstrução intestinal do ex-presidente. Durante a coletiva de imprensa, a equipe médica destacou a gravidade do procedimento e os riscos envolvidos, mas garantiu que não houve complicações durante a operação.
Impactos e prognóstico da recuperação de Bolsonaro
Os desdobramentos dessa cirurgia acrescentaram novos desafios ao histórico médico de Bolsonaro. Segundo o médico Leandro Echenique, o ex-presidente enfrentará um longo período de cuidados pós-operatórios, com foco na recuperação da musculatura abdominal e na desinflamação do intestino. Ele já está sendo submetido a fisioterapia e alimentação intravenosa. A equipe médica ainda aponta que as primeiras 48 horas após a operação são cruciais para monitorar possíveis complicações, como infecções ou tromboses. Além disso, o histórico de múltiplas cirurgias anteriores agrava o quadro, demandando acompanhamento contínuo. Apesar disso, Bolsonaro, que já está acordado e em recuperação na UTI, demonstrou bom humor, segundo os médicos. A substituição do cirurgião também gerou repercussões políticas e especulações sobre os motivos da troca, mas, oficialmente, a família afirmou que era apenas uma decisão técnica.
Conclusão e expectativas futuras para o ex-presidente
Com a estabilidade garantida após a cirurgia, a expectativa geral é que Bolsonaro continue em tratamento no hospital por pelo menos mais algumas semanas. Apesar da complexidade do procedimento, a equipe médica segue otimista quanto à sua recuperação total, embora as sequelas das cirurgias anteriores continuem a preocupar. O episódio lança luz sobre a fragilidade da saúde do ex-presidente e os desafios que ele ainda enfrentará. A escolha de Cláudio Birolini marcou um novo capítulo na relação da família Bolsonaro com sua equipe médica, demonstrando maior envolvimento e estratégia no tratamento. Olhando para o futuro, especialistas apontam a importância de um acompanhamento rigoroso para evitar novos episódios. Enquanto isso, a rotina política do ex-presidente segue paralisada, mas com promessa de retomada assim que sua saúde permitir.
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