Bolsonaro apresenta melhora clínica após cirurgia complexa mas segue sem previsão de alta

Equipe médica destaca avanços na recuperação.
O ex-presidente Jair Bolsonaro apresentou evolução clínica relevante após submeter-se a uma cirurgia de 12 horas no hospital DF Star, em Brasília, no domingo, para tratar uma obstrução intestinal. Conforme boletins médicos emitidos desde o procedimento, Bolsonaro permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), com acompanhamento rigoroso dos profissionais de saúde, mas demonstrando sinais positivos de recuperação. De acordo com a equipe médica, o ex-presidente está sem dor, não apresenta sangramentos ou outras complicações, e iniciou sessões de fisioterapia motora, realizando caminhadas assistidas fora do leito hospitalar. Apesar da melhora nos exames laboratoriais e da ausência de intercorrências clínicas, ainda não há previsão para que ele receba alta da UTI. A família e os profissionais de saúde seguem acompanhando de perto o quadro, com restrição total de visitas externas, uma vez que o período pós-operatório ainda requer cuidados intensivos para evitar riscos de infecção e outras complicações típicas de procedimentos complexos. A decisão médica é manter Bolsonaro sob nutrição parenteral, com jejum oral, garantindo que o organismo se recupere gradualmente dos efeitos da cirurgia invasiva, considerada uma das intervenções mais delicadas desde o atentado sofrido em 2018.
‘”O Hospital DF Star informa que o ex-Presidente Jair Bolsonaro permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em acompanhamento pós-operatório. Mantém boa evolução clínica, sem dor e sem outras intercorrências”, diz o boletim médico.
“Mantém melhora laboratorial dos marcadores inflamatórios. Realizou tomografias de controle, sem evidência de complicações ou intercorrências. Segue em jejum oral, com nutrição parenteral exclusiva e com o programa de fisioterapia motora (caminhada fora do leito) e respiratória”, segue a equipe médica.’
O contexto da cirurgia de Bolsonaro remonta às consequências da facada que o atingiu durante a campanha presidencial de 2018, fato que já resultou em múltiplas intervenções abdominais nos últimos anos. Dessa vez, o ex-presidente precisou de uma laparotomia exploradora para desobstruir o intestino delgado, processo dificultado pelas aderências formadas em operações anteriores e pela danificação da parede abdominal. A equipe liderada pelo cirurgião Cláudio Birolini relatou que o abdômen do paciente apresentava sinais de “hostilidade”, com múltiplas cirurgias prévias e aderências, circunstâncias que tornaram o procedimento longo e tecnicamente desafiador. Os médicos enfatizaram que a alimentação não teve relação com o quadro de suboclusão, mas sim as cicatrizes e alterações estruturais da região, provocadas pelas recorrentes intervenções desde o atentado. Os riscos pós-operatórios previstos incluem infecção, trombose e resposta inflamatória acentuada, exigindo monitoramento constante e a adoção de medidas preventivas rigorosas. O desafio é atuar para que novas aderências não comprometam a evolução clínica, ao mesmo tempo em que se busca evitar a necessidade de futuras cirurgias, objetivo declarado pela equipe responsável.
Os desdobramentos do estado de saúde de Bolsonaro mobilizaram manifestações de apoio de familiares, apoiadores políticos e da sociedade civil, especialmente nas redes sociais, onde o ex-presidente compartilhou mensagens e vídeos demonstrando disposição e gratidão. Apesar do quadro delicado, ele se declarou confiante na recuperação e reafirmou sua fé, destacando o papel das orações, da família e do trabalho dos profissionais de saúde nesse processo. No âmbito clínico, a evolução positiva indicada pelos boletins reforça a importância das primeiras 48 horas do pós-operatório, consideradas críticas para evitar complicações e consolidar a reabilitação. O programa de fisioterapia respiratória e motora tem sido fundamental para prevenir a ocorrência de pneumonia e outras intercorrências, comuns em pacientes submetidos a procedimentos extensos e períodos prolongados de imobilidade. O acompanhamento próximo da equipe multidisciplinar garante que eventuais alterações no quadro sejam prontamente identificadas e tratadas, numa estratégia voltada para a estabilidade plena do paciente.
Até o momento, a perspectiva médica aponta para um processo de recuperação gradual e prolongado, sem previsão de transferência para o quarto comum ou de alta hospitalar. A experiência acumulada nas cirurgias anteriores, aliada ao rigor do protocolo adotado pela equipe do hospital DF Star, contribui para mitigar riscos e orientar o tratamento nas próximas semanas. A expectativa é que, superados os desafios iniciais, Bolsonaro possa retomar progressivamente as atividades cotidianas, sempre sob recomendação médica e respeitando os limites impostos pela recente intervenção. Para familiares e apoiadores, a evolução das condições clínicas do ex-presidente representa alívio e esperança, embora o cenário ainda exija cautela e paciência. A equipe médica reforça que a prioridade é garantir a completa recuperação, evitando novos episódios de obstrução ou complicações abdominais, de modo que o paciente possa, em breve, reassumir plenamente seus compromissos e rotina, após mais essa etapa delicada de sua trajetória de saúde.
Recuperação clínica mantém expectativa cautelosa
O quadro clínico do ex-presidente Bolsonaro continua sob avaliação criteriosa dos especialistas, com todos os esforços dedicados à sua reabilitação plena. Apesar dos sinais animadores registrados nos últimos boletins, os médicos mantêm a postura de prudência, considerando o histórico de múltiplas cirurgias e as possíveis complicações típicas desse perfil de paciente. A transparência nos comunicados oficiais reforça o compromisso em informar à sociedade sobre cada etapa do tratamento, reforçando a necessidade de compreensão e respeito ao período de resguardo imposto. O futuro da recuperação de Bolsonaro dependerá não apenas da resposta do organismo à cirurgia, mas também da disciplina na realização das terapias e do suporte contínuo da equipe médica. O momento é de aguardar, com confiança, a consolidação dos avanços clínicos, sem antecipar prazos para alta ou retorno às atividades externas. Permanecem abertas as manifestações de solidariedade, enquanto a observação cuidadosa e o acompanhamento técnico persistem como pilares do processo de restabelecimento do ex-presidente.
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