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Argentina encerra controle cambial com nova política econômica

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Fim do controle cambial e novo rumo econômico.

A Argentina anunciou sexta-feira (11) uma mudança significativa em sua política econômica, marcando o fim do rigoroso controle cambial que estava em vigor desde 2019. O anúncio foi realizado pelo ministro da Economia, Luis Caputo, em coletiva de imprensa na Casa Rosada, e representa uma das principais medidas do presidente Javier Milei para atrair investimentos e promover o crescimento econômico. A partir da próxima segunda-feira (14), o dólar será permitido flutuar entre as faixas de 1.000 e 1.400 pesos, aproximando-se da cotação praticada no mercado paralelo. Essa decisão foi acompanhada pelo compromisso do Fundo Monetário Internacional (FMI) de liberar 15 bilhões de dólares para reforçar as reservas do Banco Central, parte de um empréstimo maior de 20 bilhões de dólares aprovado recentemente.

Conhecido como “cepo cambial”, o controle limitava a compra de dólares pela população e impunha restrições a transações internacionais, buscando conter a desvalorização do peso argentino. Contudo, Luis Caputo destacou que a eliminação dessas amarras, aliada ao suporte financeiro do FMI, permitirá a entrada de investimentos estagnados e proverá um ambiente mais favorável ao crescimento econômico. A medida também busca fortalecer o peso argentino como uma moeda mais estável e confiável, um esforço que já inclui a recapitalização do Banco Central e metas fiscais rigorosas para conter a inflação e o déficit público.

Impactos e futuro da economia argentina

A eliminação do controle cambial representa um marco para a Argentina, que enfrenta desafios financeiros significativos após anos de recessão e instabilidade monetária. Especialistas projetam que a flexibilização cambial e o aporte financeiro do FMI trarão alívio às reservas cambiais e impulsionarão a confiança dos investidores estrangeiros. Este cenário, segundo analistas, poderá resultar em um crescimento econômico de até 5% em 2025, embora acompanhado de uma inflação projetada em 27,5%. O governo Milei também destacou que a liberalização do câmbio facilitará as exportações e permitirá que empresas repassem dividendos ao exterior, incentivando maior integração da economia argentina no cenário internacional.

Apesar do otimismo inicial, a medida levanta preocupações quanto à possibilidade de desvalorização adicional do peso, especialmente no curto prazo. Com a transição para o regime de faixas cambiais, o Banco Central terá a missão de equilibrar a taxa de câmbio sem comprometer ainda mais a competitividade das empresas argentinas ou sobrecarregar os consumidores. Ainda assim, o governo permanece confiante nos resultados da reformulação econômica, enfatizando que as mudanças impulsionarão o setor privado, reduzirão impostos e fomentarão a criação de novos empregos e melhores salários.