Após medidas, Haddad diz que queda do dólar e ‘supersafra’ devem conter preço da comida
Governo anunciou que vai zerar taxas de importação de alimentos como carnes e azeite para conter alta.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou sexta-feira (7) acreditar que o preço dos alimentos no Brasil deve cair com a queda do dólar e a “supersafra” esperada para este ano. A fala ocorre um dia depois de o governo federal anunciar seis medidas para tentar conter a alta do custo da comida, entre elas, zerar o imposto de importação de itens como carnes, café e azeite. A moeda norte-americana fechou na sexta em R$ 5,79, alta de 0,57%.
“Acredito que uma série de produtos mais caros hoje vão ter preços reduzidos com a entrada da safra, que vai ser muito expressiva este ano. Tudo indica que vai ser uma supersafra, ao contrário do ano passado, que não foi tão boa, e do mesmo jeito do ano retrasado, que foi ótima e tivemos redução do preço dos alimentos em 2023. E por aí vai”, destacou Haddad no Flow Podcast.
Haddad anuncia planos para fortalecer Plano Safra contra alta de alimentos. Ministro da Fazenda destaca importância de robustecer programa agrícola
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que a primeira providência do governo para combater o aumento no preço dos alimentos será fortalecer os Planos Safra, tornando-os mais robustos e eficientes. Em entrevista ao ICL Notícias, Haddad ressaltou que nos planos para a produção agrícola de 2023 e 2024, o governo já bateu recordes, e o objetivo é repetir esse feito em 2025. O ministro afirmou que, assim que o Orçamento do próximo ano for aprovado, o novo Plano Safra será lançado, demonstrando o compromisso do governo em impulsionar o setor agrícola e garantir a segurança alimentar do país.
O reforço no Plano Safra vem em um momento crucial, após a suspensão das linhas de crédito com juros equalizados do Plano Safra 2024/2025 devido à não aprovação do Orçamento de 2025. Haddad enfatizou que o governo Lula está preparando seu terceiro grande Plano Safra, buscando superar os recordes estabelecidos nos dois anos anteriores. O ministro expressou confiança na capacidade do Brasil de continuar ampliando sua produção agrícola, destacando a importância desse setor para a economia nacional e para o abastecimento interno. A estratégia do governo visa não apenas aumentar a produção, mas também garantir preços mais acessíveis aos consumidores, equilibrando as necessidades dos produtores e da população.
A iniciativa de fortalecer o Plano Safra se alinha com as projeções otimistas para a safra de grãos 2024/25, que, segundo o 5º Levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), deve atingir 325,7 milhões de toneladas, um aumento de 9,4% em relação à temporada anterior. Esse crescimento é atribuído tanto ao aumento da área cultivada quanto à melhoria na produtividade média das lavouras. Haddad ressaltou que o governo está particularmente focado em estimular a produção de alimentos que compõem a dieta básica dos brasileiros, como arroz, feijão e milho. O ministro também mencionou a importância de políticas de crédito agrícola com juros subsidiados, considerando-as fundamentais para incentivar os agricultores a investirem na produção de alimentos.
Olhando para o futuro, Haddad indicou que o governo já está discutindo medidas de estímulo para o próximo Plano Safra, com ênfase especial nos produtos que chegam diretamente à mesa da população. O ministro destacou a necessidade de aumentar a capacidade produtiva do país, especialmente no que diz respeito à agricultura familiar, responsável por cerca de 70% do que é consumido pelos brasileiros. Ele mencionou planos para investir em tecnologia, financiamento e assistência técnica para pequenas propriedades, visando melhorar sua capacidade produtiva. Com essas medidas, o governo espera não apenas garantir o abastecimento interno, mas também fortalecer a posição do Brasil como um dos principais exportadores agrícolas do mundo, contribuindo para a estabilidade econômica e o desenvolvimento sustentável do setor agrícola brasileiro.
Perspectivas para o setor agrícola e impacto na economia
As ações anunciadas por Haddad para fortalecer o Plano Safra refletem uma estratégia abrangente do governo para impulsionar o setor agrícola e, consequentemente, a economia brasileira como um todo. Com a expectativa de uma safra recorde e medidas de apoio aos produtores, o Brasil se posiciona para consolidar sua liderança global na produção de alimentos, ao mesmo tempo em que busca garantir a segurança alimentar interna e preços mais acessíveis para os consumidores. O sucesso dessas iniciativas será crucial para o desempenho econômico do país nos próximos anos, especialmente considerando os desafios globais relacionados à produção de alimentos e às mudanças climáticas.
