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Após desistência, Gilmar Mendes arquiva pedido de Ednaldo para retornar à presidência da CBF

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Prazo do ministro Gilmar Mendes impulsiona decisão sobre destino da CBF.

Ministro do STF pressiona definição sobre futuro da confederação.

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou um prazo de cinco dias para que diversas entidades, entre elas a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Advocacia-Geral da União (AGU), se manifestem formalmente sobre o pedido de Ednaldo Rodrigues para reassumir a presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O despacho foi protocolado no último domingo, dia 18 de maio, e coloca em xeque a imediata recomposição da cúpula da entidade esportiva após o afastamento de Ednaldo e de toda a diretoria por decisão judicial, fundamentada em suspeitas sobre a validade de um acordo que garantiu sua continuidade no cargo. A ordem judicial foi emitida por Gabriel de Oliveira Zefiro, desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, após análise de laudos que apontaram dúvidas sobre a condição cognitiva do ex-vice-presidente durante a assinatura do documento. Diante do impasse, Ednaldo recorreu ao STF com o objetivo de suspender não apenas o afastamento, mas também a convocação de uma nova eleição para a presidência da CBF, marcada para o próximo dia 25 de maio. O cenário expõe fragilidades nas regras de governança do futebol nacional e gera expectativas para a solução da crise institucional na entidade.

O contexto do imbróglio remete a janeiro de 2025, quando um acordo homologado pelo próprio Supremo Tribunal Federal consolidou a permanência de Ednaldo Rodrigues no cargo. No entanto, dúvidas sobre as condições de saúde e cognitivas de Antônio Carlos Nunes de Lima, o Coronel Nunes, vice-presidente da CBF à época do acordo, motivaram a reanálise da situação pela Justiça fluminense. Laudo médico e perícia grafotécnica apresentados ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro levantaram a hipótese de que o então dirigente não teria condições de validar o documento. Diante dos indícios, o desembargador Zefiro determinou o afastamento dos gestores, abrindo caminho para a intervenção temporária e a convocação de eleições extraordinárias. O mandato de Ednaldo, até então consolidado pelo próprio STF, passou a ser questionado por setores internos e externos à CBF, acirrando disputas pelo comando da entidade e revelando fragilidades na transição e na fiscalização dos processos administrativos do futebol brasileiro. O caso ganhou repercussão nacional e internacional, com clubes, federações e atletas cobrando agilidade e transparência na solução da crise.

Os desdobramentos do processo judicial envolvendo a CBF já ultrapassam a questão meramente esportiva e alcançam esferas administrativas, políticas e jurídicas. A determinação de Gilmar Mendes, ao pedir manifestações de órgãos como a PGR e a AGU, sinaliza a complexidade do tema e a necessidade de alinhamento institucional para evitar decisões apressadas ou conflitantes. O afastamento de Ednaldo e da diretoria abriu espaço para o presidente interino Fernando Sarney, que decidiu convocar eleições já para o próximo domingo, 25 de maio. Entre os candidatos ao cargo está o médico Samir Xaud, presidente eleito da Federação Roraimense de Futebol, que conta com o apoio de mais de duas dezenas de federações estaduais e clubes das principais divisões do futebol nacional. O cenário expõe a urgência em restabelecer a credibilidade da CBF diante da Fifa, patrocinadores e torcidas, que acompanham com apreensão as disputas internas e os riscos de sanções internacionais. O impasse também coloca em xeque as regras eleitorais e de sucessão da entidade, questionadas por setores que defendem mudanças estruturais na governança do futebol brasileiro.

STF arquiva pedido de Ednaldo Rodrigues para retornar à presidência

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou na terça-feira (20/5) os pedidos apresentados pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e pelo presidente afastado da entidade, Ednaldo Rodrigues, que buscavam anular a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) responsável por retirá-lo do cargo. A decisão do ministro ocorre após Ednaldo ter desistido de contestar a determinação da Justiça fluminense, conforme antecipado pela coluna Grande Angular, do portal Metrópoles.

Ednaldo foi afastado da presidência da CBF por decisão do desembargador Gabriel Zefiro na última quinta-feira (15/5) e chegou a apresentar recurso imediato. No entanto, em documento protocolado no STF na segunda-feira (19/5), ele solicitou o cancelamento da própria petição, abrindo mão de tentar reassumir o cargo.

Em seu despacho, Gilmar Mendes destacou que não há mais “qualquer questionamento, no âmbito desta Suprema Corte, a respeito da decisão proferida pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro”.

Na mesma decisão, o ministro revogou a solicitação para que o Partido Comunista do Brasil, o Ministério Público do Rio de Janeiro, a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestassem em até cinco dias sobre o afastamento de Ednaldo.

Ao justificar sua desistência, Ednaldo declarou ter o “profundo desejo de restaurar a paz no futebol brasileiro e, sobretudo, a serenidade de sua própria vida familiar”.

Enquanto isso, o interventor designado pelo TJRJ para a CBF, Fernando Sarney, convocou eleições para este domingo (25/5). O candidato Samir Xaud, apoiado por 25 federações, aparece como o único nome viável na disputa.

 



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