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Advogado é detido após tentativa de atentado com explosivo em terminal de Curitiba

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Suspeito de 28 anos foi capturado após investigação policial minuciosa.

Um advogado de 28 anos foi preso na segunda-feira (12) pela Polícia Civil do Paraná, com apoio da Polícia Militar, sob a acusação de ter planejado e executado uma tentativa de atentado com bomba no Terminal do Boqueirão, em Curitiba. O incidente ocorreu no dia 31 de março, quando um artefato explosivo foi encontrado por uma vigilante do local, que imediatamente acionou as autoridades após notar uma sacola liberando fumaça e contendo o aviso “Cuidado! Risco de Explosão!”, além de panfletos com mensagens de teor político e ideológico. A escolha da plataforma de alta movimentação para a colocação do dispositivo sugere uma clara intenção de causar danos significativos, ampliando o potencial de vítimas, segundo as autoridades. O Esquadrão Antibombas da Polícia Militar confirmou o risco representado pelo artefato e realizou uma explosão controlada para neutralizar a ameaça, evitando assim uma possível tragédia em um dos locais de maior circulação de pessoas na capital paranaense. De acordo com o delegado Adriano Chohfi, responsável pelo caso, as investigações reuniram elementos que demonstram a complexidade e o meticuloso planejamento do crime, apontando fortes indícios de autoria e materialidade delitiva que levaram à prisão preventiva do profissional, que trabalharia também em uma instituição bancária do estado.

A investigação, conduzida pela Delegacia de Explosivos, Armas e Munições da Polícia Civil do Paraná, revelou o elaborado planejamento por trás da tentativa de atentado. O suspeito utilizou diversos mecanismos para dificultar sua identificação, incluindo o uso de disfarces como máscara, luvas, capuz e possivelmente uma peruca. As imagens de câmeras de segurança obtidas no dia do crime mostram o indivíduo com vestimentas escuras e todo o rosto coberto, evidenciando a premeditação do ato. Além disso, o advogado teria utilizado rotas alternativas e realizado trocas de roupa para complicar o trabalho investigativo das autoridades policiais. Um elemento crucial para a identificação do suspeito foi o rastreamento de seus deslocamentos através do sistema de transporte público. Embora tenha tentado ocultar sua identidade utilizando um cartão avulso do transporte coletivo, o trabalho conjunto entre a polícia, a URBS (empresa que gerencia o transporte público de Curitiba) e a Guarda Municipal permitiu reconstituir seu trajeto e vincular o suspeito ao local do crime. A investigação também identificou uma residência no bairro Ganchinho, frequentada pelo advogado, que teria servido como base de apoio e local de planejamento do atentado, onde foi encontrada uma máscara compatível com a utilizada no terminal.

Durante a operação de prisão do suspeito, realizada no bairro Ahú, os policiais encontraram em sua posse dois revólveres e diversos materiais que apontam para seu envolvimento direto no crime, como fitas adesivas e fios de cobre semelhantes aos utilizados no dispositivo explosivo, além de perucas que teriam sido usadas como parte do disfarce. O inquérito policial apura os crimes de tentativa de explosão e exposição da vida e integridade física de pessoas a perigo em local de grande circulação, delitos considerados graves pela legislação brasileira e que podem resultar em penas severas. Segundo informações divulgadas pelas autoridades, a bomba não explodiu por conta própria porque o equipamento de detonação falhou, o que impediu a concretização do que poderia ter sido um atentado de grandes proporções. Os panfletos encontrados junto ao artefato continham mensagens como “abaixo generais golpistas”, “morte aos fascistas” e “viva a guerra popular”, indicando possíveis motivações políticas por trás do ato. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) informou que está acompanhando o caso e esteve presente durante o cumprimento dos mandados judiciais, seguindo os protocolos de garantia das prerrogativas profissionais, mesmo em casos que envolvem advogados sob investigação por crimes graves.

A prisão do advogado representa um importante avanço nas investigações sobre o caso que causou grande comoção e preocupação na população curitibana. As autoridades destacam a eficácia do trabalho investigativo realizado, que envolveu a análise minuciosa de imagens de câmeras de segurança de comércios da região, o rastreamento de deslocamentos por transporte público e veículo particular, além da colaboração entre diferentes órgãos de segurança pública. O episódio levanta questões sobre a segurança em terminais de transporte público e outros locais de grande circulação, que frequentemente são alvos potenciais para ações criminosas de grande impacto. Especialistas em segurança pública apontam para a necessidade de reforçar os protocolos de vigilância e resposta a incidentes em espaços de grande concentração populacional, incluindo o treinamento de funcionários para identificação de comportamentos suspeitos e objetos abandonados. Para as próximas etapas do processo judicial, espera-se que sejam realizadas perícias técnicas detalhadas no material apreendido, além da oitiva de testemunhas e a continuidade das investigações para determinar se o suspeito agiu sozinho ou contou com a participação de outras pessoas no planejamento e execução da tentativa de atentado. A Justiça deverá avaliar não apenas a materialidade e autoria do crime, mas também as motivações por trás do ato, que poderia ter resultado em uma tragédia de grandes proporções no sistema de transporte coletivo da capital paranaense.

Investigação revela planejamento meticuloso e tentativa de ocultação de identidade

A Polícia Civil do Paraná continua investigando todos os aspectos relacionados à tentativa de atentado, incluindo possíveis conexões com outros indivíduos ou grupos. O caso serve como alerta para as autoridades sobre a necessidade de vigilância constante em espaços públicos e o desenvolvimento de protocolos mais eficientes para prevenção e resposta a incidentes desta natureza. O advogado permanecerá detido à disposição da Justiça enquanto o inquérito policial segue seu curso, com a expectativa de conclusão nas próximas semanas, quando deverá ser encaminhado ao Ministério Público para oferecimento de denúncia formal.

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